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História do Brasil: Colônia, Império e República. Conheça cada um desses momentos!

História do Brasil
História
HIstória do Brasil
Redação Brasil Paralelo

A História do Brasil começou antes mesmo do país receber esse nome. Em 1500 os portugueses fizeram uma grande expedição que oficialmente buscava encontrar uma rota comercial para a Índia e propagar a fé cristã.

No meio do caminho esses navios se desviaram da rota oficial e desembarcaram em terras até então pouco conhecidas, onde já existiam povos nativos que eram totalmente estranhos aos europeus.

E esse é o início da história do país que futuramente recebeu o nome de Brasil.  

Professores renomados como Alberto da Costa e Silva, Percival Puggina, Marcus Boeira, Thomas Giulliano e muitos outros foram reunidos para resgatarem a História do Brasil. Assista ao documentário Brasil: A Última Cruzada.

O que você vai encontrar neste artigo?

Como ocorreu o descobrimento do Brasil?

Na virada do século XV para o século XVI o ser humano se jogou em uma nova empreitada: a expansão marítima.

As duas principais motivações para isso eram religiosas e econômicas.

Cristóvão Colombo, o homem que descobriu a América, tinha como uma de suas grandes motivações navegar por novos mundos para encontrar ouro que financiasse a luta da Espanha contra os invasores mulçumanos.

Ele se aventurou em águas até então desconhecidas. Onde vários homens haviam morrido e lendas sobre monstros marinhos eram contadas.

Uma das coisas essenciais para que essa empreitada ocorresse foi o desenvolvimento científico e técnico das embarcações e instrumentos marítimos. Quem ganhou bastante destaque nessa habilidade de navegar foi Portugal. 

Os portugueses chegam ao Brasil

No dia 09 de março de 1500 o comandante Pedro Álvares Cabral liderou uma enorme expedição marítima que tinha como objetivo encontrar uma rota comercial para a Índia. A rota por terra era controlada por outros países e Portugal ficava à mercê de transportar suas mercadorias por territórios pouco seguros, politicamente instáveis e que cobravam altas taxas de impostos, conforme conta o professor Rafael Nogueira. 

Junto ao comandante foram cerca de 1.500 homens. A viagem foi longa e turbulenta. Eles enfrentaram diversas tempestades e um mar nada calmo. Durante a viagem, houve um grande desvio em que as embarcações foram para o território que hoje chamamos de Brasil.

A linha vermelha representa a rota que as embarcações deveriam seguir. Já a linha verde, representa a rota que elas seguiram após o desvio:

rotas de descobrimento do brasil

A descoberta do Brasil foi intencional?

Existe um debate historiográfico sobre se os portugueses sofreram um desvio acidental e vieram parar no Brasil ou se eles o fizeram propositalmente. Historiadores se dividem sobre o tema.

Há indícios de que os portugueses tinham noção da existência desse território, enquanto outros historiadores pontuam que esses indícios não são o suficiente para afirmar intencionalidade na ação.

Outro tema bastante polêmico é em cima do uso do termo “Descoberta do Brasil”, vários são os historiadores que optam por “Achamento do Brasil” ou “Invasão do Brasil”.

A crítica ao termo “Descoberta” vem do fato dele poder dar a ideia de que ninguém havia chegado antes nesse território sendo que já havia uma imensa população de nativos.

Historiadores como Capistrano de Abreu usam o termo descoberta em um sentido sociológico, ou seja, é algo novo para aquele que está descobrindo, isto é, para a Europa.

Para os índios nativos do Brasil o encontro também foi uma novidade. Veja mais no artigo: como foi o primeiro contato entre portugueses e indígenas.

  • Veja uma breve videoaula sobre o motivo de o descobrimento do Brasil ser deturpado:

O que foi o Período Colonial?

O Período Colonial (1500–1808) foi o momento em que os portugueses passaram a empreender no Brasil estratégias de ocupação de espaço e estruturação política do país. Esse período foi marcado por novas experiências de produção econômica, trabalho escravo, e uma relação com os indígenas complexa, onde em alguns momentos foi pacífica, mas em vários outros muito violenta, segundo o historiador Thomas Giulliano.

A partir no ano de 1530 o governo português determinou que começasse um processo de ocupação em território brasileiro para aproveitar as riquezas dessa terra, catequizar os povos indígenas e impedir que inimigos estrangeiros ocupassem o território.

A melhor estratégia encontrada foi a das Capitanias Hereditárias, que já havia sido testada em possessões portuguesas na África.

  • Saiba mais sobre esse período no texto Colonização do Brasil.
  • Veja também a importância das organizações religiosas na história do Brasil:

O que foram as Capitanias Hereditárias?

A partir de 1534 o governo português dividiu o Brasil em várias faixas territoriais. Eram pedaços de terras tão grandes que vários deles eram maiores do que o próprio território de Portugal. Essas terras, denominadas de Capitanias Hereditárias, foram distribuídas para administradores que seriam responsáveis por cuidar e desenvolver o território, os chamados “capitães donatários”.

O projeto das capitanias hereditárias não saiu conforme o planejamento do governo português. Apenas dois territórios foram bem-sucedidos.

Em 1548 o governo português instituiu o Governo Geral, que era uma maneira de centralizar a administração dando apoio aos capitães donatários e melhorando a comunicação com a Coroa.

Como era a Economia do Brasil Colônia? 

A Economia do Brasil teve diferentes fases durante a colônia. Em um primeiro momento o pau-brasil foi o produto principal e era extraído de regiões litorâneas; na segunda fase o açúcar passou a ser produzido nos chamados Engenhos. Após o auge do açúcar, o ouro e o diamante de Minas Gerais chamaram a atenção do mundo e foi apenas em sua decadência que o café passou a ter um protagonismo onde se manteve até depois do Período Colonial.

Saiba mais sobre cada ciclo econômico da colônia no texto: Como foi a Colonização do Brasil.

Didaticamente a economia colonial é dividida em ciclos.

O termo “ciclo” se refere a um período de tempo em que um produto voltado para exportação praticamente determina se o país vai bem ou vai mal economicamente. É ele que tem mais peso na balança comercial.

Não é porque um ciclo acaba que aquele produto perde a importância total. Com a chegada do açúcar o ciclo do pau-brasil foi interrompido, pois o açúcar tomou o protagonismo das exportações, mas o pau-brasil continuou sendo exportado e impactando a economia brasileira. São os ciclos do período colonial:

  • O Ciclo do pau-brasil (1503–1550);
  • O Ciclo do Açúcar (1550–1650);
  • O Ciclo do Ouro (1694–1760);
  • O Ciclo do Café (1825–1930).

A Escravidão no Brasil

O Brasil conviveu com a escravidão desde os seus primórdios. Do seu início até por volta do ano de 1640 os escravos eram de origem predominantemente indígena. Após essa data passou a ter em maior quantidade escravos vindos da África. A legislação ou o debate se deveria ou não escravizar indígenas no Brasil não impediu que na prática colonial o indígena fosse feito escravo.

Escravidão é quando uma pessoa ou um grupo passa a ter posse de outras pessoas.

A Escravidão em sua essência foi um processo de violência, pois ela atribuiu um valor financeiro ao ser humano e retirou a sua liberdade. Mesmo nesse contexto de violência existia uma complexa relação entre senhores e escravos, conforme afirma o sociólogo Gilberto Freyre.

O que foi o Período Imperial?

O Período Imperial (1808–1889) começou com a chegada do príncipe regente Dom João ao Brasil. O Brasil foi o único país na América a ter a presença do próprio rei em seu território. O país que antes era subordinado a Portugal passou a ser o centro do Império português.

Com as guerras napoleônicas a disputa entre Inglaterra e França se tornou cada vez mais intensa. Sem conseguir vencer a Inglaterra nos mares Napoleão adotou uma estratégia chamada “Bloqueio Continental”.

O Bloqueio Continental (1806) era um forma de impedir os países do continente europeu a comercializarem e manterem relações militares com os ingleses. Quem desafiasse essa decisão sofreria pesadas sanções e até uma invasão francesa.

Portugal ficou numa situação muito difícil, a neutralidade não era mais uma opção. Ou cortava todas as relações com os ingleses ou seria invadido pela França. Foi então que Dom João resgatou uma estratégia que já havia sido cogitada em Portugal em outros momentos de crise: mudar a corte para o Brasil.

Esse acontecimento mudou a história do Brasil. Entenda a importância da vinda da família real para o Brasil.

  • Veja um corte do podcast Conversa Paralela no qual o professor Rapahel Tonon fala sobre a proeza de Dom João ao enganar Napoleão e a importância desse fato para a história do Brasil:

O Período Joanino (1808–1821)

O Período Joanino foi quando o Brasil foi governado pelo Príncipe Regente Dom João que se tornou rei em 1818 no Rio de Janeiro. Durante esse período o Brasil recebeu muito investimento em infraestrutura e teve um aumento em sua relevância política.

Os fatos mais marcantes do período joanino foram:

  • 1808: abertura dos portos às Nações Amigas;
  • 1809: o Brasil conquistou a atual Guiana Francesa.
  • 1811: o Brasil conquistou o território que se tornou a província da Cisplatina e atualmente é o Uruguai.
  • 1815: o Brasil foi elevado ao patamar de Reino Unido, isso deu muito mais autonomia política ao país.
  • 1817: estourou uma revolta em Pernambuco que ambicionava criar uma república separatista na região.
  • 1818: o príncipe Dom João foi coroado como o Rei do Império português. A cerimônia foi feita no Rio de Janeiro.
  • 1820: estourou em Portugal uma revolução baseada nos ideais iluministas que exigia a volta de Dom João VI e que ele passasse a governar jurando a uma Constituição.
  • 1821: Dom João VI voltou a Portugal e deixou no Brasil o seu filho como regente, o príncipe Dom Pedro.

Um outro ponto importante do Período Joanino foi a volta da política de guerra contra os indígenas. A escravização desses povos foi permitida outra vez. Esses conflitos eram chamados de guerras justas e se davam contra os índios considerados hostis pela coroa.

A Independência do Brasil

declaração de independecia do Brasil
Quadro do famoso artista brasileiro Pedro Américo, retratando a declaração de independência do Brasil.

O processo da Independência do Brasil começou a se consolidar quando Dom João VI voltou para Portugal, a partir desse momento todo o Império Português precisou se reorganizar.

Políticos brasileiros foram convidados a participarem dos debates que aconteceriam em Portugal. Foram eleitas delegações por estado. Toda a negociação se tornou um impasse nada pacífico.

Os brasileiros acusavam os portugueses de quererem recolonizar o Brasil. Já os portugueses acusavam os brasileiros de promoverem a desordem.

As Cortes enviaram diversos documentos exigindo a volta de Pedro ao país.

No dia 09 de janeiro de 1822 Dom Pedro foi a público dizer que se recusava a obedecer às Cortes e voltar a Portugal. Ele fez isso após receber um abaixo-assinado com mais de 8 mil assinaturas, pressão da imprensa e de políticos brasileiros.

Ele permaneceu no Brasil e conservou a autonomia do país. Essa data ficou conhecida como O Dia do Fico.

Portugal recebeu a notícia como um desafio e isso promoveu uma escalada na tensão que se tornou insustentável. Enquanto estava em uma viagem a São Paulo, Dom Pedro recebeu cartas que alertavam a ele sobre o extremo que a situação chegou. Portugal claramente estava ameaçando o Brasil.

Entre essas cartas estavam a de Dona Leopoldina, esposa de Dom Pedro, e de José Bonifácio, ministro do príncipe. Os dois orientavam Dom Pedro a tomar uma decisão e romper os laços com Portugal, promovendo a Independência do Brasil.

Existe um mito que circula na internet de que a Leopoldina teria decretado a Independência do Brasil, no entanto não há documentação que evidencie isso, conforme diz o professor Rafael Nogueira. Esse decreto nunca foi encontrado e ela sequer teria poder para fazer isso enquanto princesa regente.

A Independência aconteceu às margens do Rio Ipiranga. Dom Pedro proclamou o famoso grito “Independência ou Morte”. A partir de 07 de setembro de 1822 o Brasil conquistou sua autonomia.

Houve guerra entre portugueses e brasileiros nas províncias do: Grão-Pará, Maranhão, Piauí, Ceará, Bahia e Cisplatina. Sendo a Bahia o último lugar a expulsar as tropas portuguesas, em julho de 1823.

O Primeiro Reinado (1822–1831)

O Primeiro Reinado foi marcado pelo desafio de criar uma base política para a nova Nação. Era preciso definir qual seria o regime, quem participaria das decisões políticas, tocar em temas sensíveis como a escravidão e conseguir o reconhecimento internacional da Independência.

Dom Pedro I criou a Constituição de 1824 a partir de uma decisão autocrática, ou seja, ele dissolveu a assembleia e selecionou as pessoas que iriam escrever a próxima Constituição. Após a sua elaboração ela foi outorgada pelo imperador. A Constituição mistura características do Antigo Regime e do liberalismo político.

Diferente das democracias liberais modernas, que instituíram 3 poderes, baseando-se nas ideias de Montesquieu, a constituição brasileira instituiu 4 poderes, sendo um deles superior. Eles eram:

  • Poder Moderador;
  • Poder Executivo;
  • Poder Legislativo;
  • Poder Judiciário;

Moderador

Era exercido pela figura do rei e tinha como função garantir a harmonia e a convivência pacífica entre os poderes.

Executivo

Estava submetido ao imperador, mas era ocupado por diferentes pessoas, feito os ministros. A função do executivo era direcionar a política nacional. No Segundo Reinado Dom Pedro II delegou esse poder às mãos civis criando o cargo de Presidente do Conselho de Ministros, algo semelhante a um Primeiro Ministro.

Legislativo

Era composto por duas casas: câmara e senado. A função desse poder era legislar e aprovar orçamentos.

Judiciário

A composição desse poder variou de acordo com o momento do Império, mas estava incluso nele todo o poder responsável por garantir a interpretação e cumprimento da lei dentro de tribunais e órgãos similares.

Essa estrutura de governo durou durante todo o Império, fazendo com que a Constituição de 1824 fosse a mais longeva da história do Brasil. 

Em 1831, Dom Pedro I chegou ao auge do desgaste que ele vinha tendo com o parlamento e com a imprensa brasileira. Uma série de motivos causaram isso:

  • a questão da Confederação do Equador e a perda da Cisplatina;
  • a dissolução da câmara de deputados;
  • as diversas acusações de autoritarismo;
  • a nacionalidade portuguesa que era vinculada por seus críticos ao suposto favorecimento que ele dava a problemas de Portugal e não do Brasil.

Quando Dom João VI morreu Dom Pedro I era o sucessor legítimo. Ele tomou a difícil decisão de assumir a coroa de Portugal.

O irmão de Dom Pedro I, Dom Miguel, deu um golpe em Portugal e assumiu o poder.

Dom Pedro I abdicou do trono em favor do seu filho, que tinha apenas 5 anos e 4 meses, Dom Pedro II. Na Europa, Pedro foi para a França, onde juntou um exército para enfrentar seu próprio irmão pela coroa portuguesa.

A Constituição brasileira não permitia que o menino imperador exercesse as funções de governança. Foi necessário estabelecer um governo provisório até que o garoto atingisse a maioridade. 

O Período Regencial (1831–1840)

O Período Regencial foi o momento em que o Brasil foi governado provisoriamente por representantes eleitos pelo parlamento, até que Dom Pedro II alcançasse a maioridade. Foi um período marcado por grande instabilidade, formação dos partidos brasileiros e muitas revoltas, segundo o pesquisador Paulo Rezzuti.

A primeira regência a assumir foi a chamada regência trina provisória, composta por três políticos, ela ficou apenas 3 meses no poder. Depois veio a regência trina permanente que governou o Brasil de 1831 a 1835.

Após essas regências vieram as chamadas regências unas. A de Diogo Feijó (1835–1837) e a do Araújo Lima (1837–1840). 

Durante esses períodos ocorreram muitas revoltas. São as 5 principais:

  • Guerra dos Farrapos ou Revolução Farroupilha: ocorreu no Rio Grande do Sul entre 1835 e 1845.
  • Revolta dos Malês: ocorreu na Província da Bahia em 1835.
  • Sabinada: ocorreu na Província da Bahia entre 1837 e 1838.
  • Balaiada: ocorreu na Província do Maranhão entre 1838 e 1841.
  • Cabanagem: ocorreu na Província do Grão-Pará entre 1835 e 1840.

Essas revoltas trouxeram ao debate público uma importante discussão: o Brasil deveria centralizar o poder no governo central, mais precisamente na figura do imperador, ou deveria deixar o poder nas mãos das autoridades locais?

Essa discussão deu origem ao que se tornaram os dois maiores partidos brasileiros:

  • O Partido Liberal defendia que o Imperador tivesse mais limites ao seu poder e que as províncias tivessem mais autonomia.
  • O Partido Conservador defendia a concentração de poder nas mãos do imperador para que ele promovesse uma estabilidade nacional.

Em 1840 os liberais uniram-se em torno do Dom Pedro II para defender que ele fosse considerado capaz de assumir o trono antes dos 18 anos, foi o chamado Golpe da Maioridade.

O Segundo Reinado (1840–1889)

Segundo Reinado - Dom Pedro II
O segundo e último Imperador brasileiro, Dom Pedro II.

O Segundo Reinado foi o período em que Dom Pedro II assumiu como imperador do Brasil. Politicamente o Brasil passou por um processo de estabilização onde foi criada a figura do presidente do Conselho de Ministros, cargo similar ao de Primeiro Ministro. Dom Pedro II adotava uma política de equilíbrio entre poderes, alternando entre liberais e conservadores no cargo.

O governo de Dom Pedro II foi o mais longo da história do Brasil, foram 49 anos de muitas mudanças. São as principais:

  • Criação do Presidente do Conselho de Ministros (1847).
  • Guerra do Paraguai (1864–1870).
  • Abolição da Escravidão (1888).
  • Começo da Industrialização.
  • Expansão Cafeeira.

A questão da escravidão foi uma das pautas que dominou o segundo reinado. Críticos a essa instituição, o movimento abolicionista atuou em diferentes frentes para acabar com ela.

A pauta que mais fragilizou o reinado de Dom Pedro II foi a relação com os militares. Com a influência do positivismo no Brasil, principalmente nas forças armadas, os soldados tinham desejo de participar da política.

Essa crise ficou conhecida como “Questão Militar”.

No dia 15 de novembro de 1889 militares e republicanos colocaram em prática uma conspiração que derrubou a família real do poder. Esse golpe marcou o fim do Império brasileiro.

A Primeira República ou República Velha

A Primeira República foi um período de descentralização do poder. Ela também foi marcada por: 

  • Revoltas;
  • avanço nas questões de saúde pública; 
  • industrialização; 
  • corrupção; 
  • expansão do território brasileiro; 
  • imigração; 
  • relações coronelistas.

Ela se dividiu em dois momentos: República das Espadas (1889–1894) e República Oligárquica (1894–1930).

República das Espadas (1889–1894)

Ela recebeu esse nome pois foi o momento em que o Brasil foi governado por dois militares: Marechal Deodoro da Fonseca (1889–1891) e Floriano Peixoto (1891–1894).

As principais mudanças desses governos foram as propostas pela Constituição de 1891: Estado Laico, Republicanismo, fim do voto censitário.

República Oligárquica (1894–1930)

O termo “Oligárquica” remete a um regime dominado por oligarquias. Oligarquias são pequenos grupos políticos que exercem o domínio político em uma determinada região. Esse nome foi utilizado durante o período porque as autoridades locais ganharam muita força e mantiveram relações corruptas com o governo central, conforme diz o cientista político Bruno Garschagen.

Uma crise começou a impactar esse sistema na década de 20. Os principais causadores disso foram:

  • movimento tenentista;
  • greves operárias;
  • crise econômica.

Os tenentistas defendiam uma política nacionalista e centralizadora que teria os militares como protagonistas.

Para eles, após a República das Espadas os militares foram jogados para o escanteio e isso fez com que o país desandasse.

Com o desgaste da Primeira República, os tenentistas se aliaram ao movimento que derrubou o presidente que representava a oligarquia paulista. Esse golpe foi liderado por Getúlio Vargas, e deu início à chamada Era Vargas.

Foram os presidentes da Primeira República:

  • Deodoro da Fonseca (1889–1891);
  • Floriano Peixoto (1891–1894);
  • Prudente de Morais (1894–1898);
  • Campos Sales (1898–1902);
  • Rodrigues Alves (1902–1906);
  • Afonso Pena (1906–1909);
  • Nilo Peçanha (1909–1910)
  • Hermes da Fonseca (1910–1914);
  • Venceslau Brás (1914–1918);
  • Delfim Moreira (1918–1919);
  • Epitácio Pessoa (1919–1922);
  • Artur Bernardes (1922–1926);
  • Washington Luís (1926–1930).

Ler mais: Entenda a República Brasileira e seus principais acontecimentos

A Era Vargas (1930–1945)

A Era Vargas contempla os 15 primeiros anos em que Getúlio Vargas esteve no poder. Ela é dividida em três momentos: Governo Provisório, Governo Constitucional, e Estado Novo.

Governo Provisório (1930–1934)

Foi o período em que Vargas governou sem uma Constituição, já que ela estava sendo elaborada. Sem os freios constitucionais, Vargas teve liberdade para construir aquilo que seria a estrutura de seu governo e perseguir os seus opositores.

Governo Constitucional (1934–1937)

A partir de 1934 Vargas governou o Brasil submetido à nova Constituição. Existem vários registros de Getúlio reclamando dos freios impostos pela Constituição. Além de limites ao poder do presidente, ela trouxe o voto feminino e mudanças na legislação trabalhista.

Estado Novo (1937–1945)

O Estado Novo veio a partir de um golpe dentro do golpe. Getúlio arquitetou um plano para denunciar uma falsa ameaça comunista. Sob a pretensa ameaça o presidente legitimou a quebra constitucional. Uma nova ditadura se iniciou no Brasil.

As principais características do governo de Getúlio Vargas foram:

  • centralização do poder e simpatia pelo Fascismo;
  • política trabalhista;
  • propaganda política;
  • censura;
  • capacidade de negociação política;
  • controle dos sindicatos;
  • investimento em infraestrutura.

Leia mais: O que foi a Era Vargas.

República Populista (1945–1964)

Também conhecida como Quarta República ou República Democrática, a República Populista começou depois que Getúlio Vargas deixou o poder. Em 1946 foi aprovada uma nova Constituição que limitava o poder do presidente e tornava o regime democrático algo mais sólido.

Durante esse período, houve um grande aumento do investimento governamental na infraestrutura do país. Destaca-se a fundação da Petrobrás, a Construção de Brasília e a ampliação das rodovias.

O nome “República Populista” vem da característica dos governantes que abusavam da propaganda para fortalecer a sua imagem como líderes populares. Destacam-se Juscelino Kubitschek e Getúlio Vargas. Segue a lista dos governos:

  • José Linhares (1945–1946).
  • Eurico Gaspar Dutra (1946–1951).
  • Getúlio Vargas (1951–1954).
  • Café Filho (1954–1955).
  • Carlos Luz (1955).
  • Nereu Ramos (1955–1956).
  • Juscelino Kubitschek (1956–1961).
  • Jânio Quadros (1961).
  • Ranieri Mazzilli (1961).
  • João Goulart (1961–1964).

Leia mais: O Processo de Construção de Brasília

Ditadura Militar (1964–1985)

Em 1964, no contexto da Guerra Fria, o Brasil sofreu um golpe civil-militar que derrubou o Governo do presidente João Goulart. Esta ação teve apoio de parte da mídia brasileira, de parte da população, de empresários e dos próprios militares que denunciavam a influência da esquerda internacional no Brasil.

A oposição ao governo de Goulart não significava, necessariamente, apoio ao golpe. Por isso, desde o início o Governo Militar enfrentou forte oposição.

A maior parte dessa oposição era composta por pessoas que defendiam a realização das eleições previstas para 1965, onde os dois candidatos mais fortes eram Carlos Lacerda e Juscelino Kubitschek.

Havia também grupos que apoiavam uma ditadura à esquerda que se aproximasse ao modelo cubano e soviético. Dessa linha mais radical surgiu a resistência armada.

Foram os presidentes durante a Ditadura Militar:

  • Castelo Branco (1964–1967);
  • Costa e Silva (1967–1969);
  • Emílio Médici (1969–1974);
  • Geisel (1974–1979);
  • Figueiredo (1979–1985).

No Governo Figueiredo o movimento a favor do fim da Ditadura ganhou força. Várias manifestações políticas, denominadas “Diretas Já”, deram o suporte para que a política partidária voltasse. Esse processo ficou conhecido como redemocratização.

  • Para estudar mais: Ditadura Militar ou Regime Militar? Entenda o Golpe de 1964 e tenha acesso ao documentário “1964 - O Brasil Entre Armas e Livros”.

Nova República (1985 – atualmente)

A Nova República começou com o fim da Ditadura Militar e teve como seu marco principal a Constituição de 1988. Esse documento garante liberdade política, de expressão e de culto. Os direitos individuais são um tema central do texto.

Muitos intelectuais, como Roberto Campos e Olavo de Carvalho, criticavam a Constituição pelo excesso de regulamentação da vida do cidadão e por tentar legislar sobre todas as coisas, tornando-se um documento tão complexo que praticamente não é lido integralmente por nenhum cidadão.

Ao mesmo tempo, ela é frequentemente elogiada por essa capacidade de criar um regime mais estável e democrático, que permite aperfeiçoamento passando pelas casas legislativas.

O início da Nova República foi marcado por graves crises econômicas que geraram a chamada hiperinflação. Além disso, o primeiro presidente eleito pelo povo renunciou ao cargo quando estava prestes a sofrer um impeachment.

Não foram poucos os escândalos de corrupção, as mortes suspeitas, a instabilidade política e a crise entre poderes durante a Nova República. A estabilidade prometida pela Constituição, muitas vezes, ficou apenas no papel.

Foram os presidentes da Nova República:

  • José Sarney (1985–1990);
  • Fernando Collor de Mello (1990–1992);
  • Itamar Franco (1992–1995);
  • Fernando Henrique Cardoso (1995–2003);
  • Luiz Inácio Lula da Silva (2003–2011);
  • Dilma Rousseff (2011–2016);
  • Michel Temer (2016–2019);
  • Jair Bolsonaro (2019– atualmente).

A História do Brasil é extensa e complexa, muitos já se dedicaram a estudar e escrever sobre o tema. Essas obras estão dentro do que é conhecido como Historiografia Brasileira.

Um trabalho histórico é a união entre interpretações dos autores, seleção de fontes e análise delas. Esses autores tiveram que dedicar a vida para estudar a História do Brasil. Talvez até uma vida seja pouco tempo para tamanha empreitada; são mais de 500 anos de história.

Caso você seja uma dessas pessoas que gosta de História e tem interesse em aprender cada vez mais, conheça a Brasil Paralelo.

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