História do Brasil
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Desde que a República brasileira começou, em menos de 100 anos já foram 6 governos e 6 constituições diferentes…

Confira um resumo completo da República Brasileira. De forma rápida e didática, o artigo apresenta a República Brasileira para o Enem e para quem Entenda a República brasileira! Foram 6 governos e 6 constituições diferentes.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
1/3/2022 9:47
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A República brasileira tem uma trajetória centenária. Começou com o movimento dos militares em 1889 e perdura até os dias de hoje. Sucessivos presidentes assumiram o comando do país e também algumas ditaduras ocorreram pelo caminho.

O que você vai encontrar neste artigo?

Como aconteceu o início da República no Brasil?

Foi a aliança de uma boa parcela do exército com os proprietários de terra, que eram os donos do Congresso. Todos os senadores e deputados que lá estavam eram filhos de senhores de terra. Ficaram todos contra a monarquia porque estavam contra a abolição da escravatura. E teve a questão ideológica que foi importantíssima, a influência de Augusto Comte no Brasil” (Olavo de Carvalho, na série Brasil – A Última Cruzada).

A queda da monarquia no Brasil é fruto de uma conexão de diversos processos históricos e fatores que ocorreram durante o segundo reinado.

Os militares estavam descontentes com D. Pedro II. Voltaram da Guerra do Paraguai ressentidos com o pouco status que tinham entre os brasileiros. Não havia promoções nem aumentos salariais.

Além destes, os donos dos escravos estavam descontentes com a abolição da escravidão. A eles se uniram os fiéis católicos e uma parte considerável do clero contra o imperador.

Todos esses fatores conspiraram para a queda da monarquia no Brasil. Assim se iniciou o processo de instalação da República brasileira.

O positivismo francês entrou no Brasil através dos militares e ganhava espaço junto com o federalismo de inspiração norte-americana. Havia a defesa do fim das tradições monárquicas, pois a sociedade deveria ser racional, científica e planejada por tecnocratas.

Sua vontade era a de apagar o passado.

Os republicanos, os positivistas, disseminavam suas ideias o máximo que podiam. A população, no entanto, não aceitava, e nem eles conseguiam se eleger.

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A única forma que pensavam para conseguir chegar ao poder era através de um golpe militar. O que podia impedi-lo seria a marinha, fiel à monarquia. Naquele momento, a esperança foi transferida para o Marechal Deodoro da Fonseca.

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Quando começou a República no Brasil?

O Major Sólon Ribeiro fez circular uma história falsa com o propósito de convencer Deodoro a se rebelar. Era preciso esta artimanha, pois ele era amigo pessoal de D. Pedro II.

A mentira era dizer que o imperador tinha mandado prender o marechal e Benjamim Constant. Os boatos funcionaram e as tropas se rebelaram.

O Marechal Deodoro da Fonseca desmontou o gabinete de Visconde do Ouro Preto. O exército, sem apoio popular, tirou um ministro do cargo. Queria que o golpe fosse rápido, para aproveitar a insatisfação existente por causa da abolição da escravatura.

Entretanto, Deodoro voltou para casa e não se falava nem mesmo da queda da monarquia no Brasil.

Deodoro desconhecia as verdadeiras intenções dos militares. Antes de exigir a derrubada do ministro Visconde do Ouro Preto, o general gritava “Viva o Império”.

Os revolucionários escreveram uma Moção da Proclamação da República com o marechal sendo o chefe do governo provisório. Todavia, ele não queria assiná-la por ser amigo de D. Pedro II.

Os revolucionários contaram mais uma mentira. Disseram-lhe que o imperador havia escolhido Silveira Martins para ser o novo Presidente do Conselho de Ministros.

O Marechal Deodoro da Fonseca não aceitaria este ministro porque havia perdido para ele um afeto amoroso.

Quem proclamou a República no Brasil?

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Deodoro da Fonseca, o primeiro presidente da República Brasileira.

Foram à câmara municipal e fizeram uma declaração pública e solene. Assim, em 15 de novembro, foi proclamada a República brasileira e a queda da monarquia pôs fim ao Segundo Reinado.

No início, a bandeira republicana parecia com a dos Estados Unidos, mas em verde e amarelo. O hino entoado não era alguma canção popular republicana, mas o hino revolucionário da França, A Marselhesa.

Os militares se reuniram, proclamaram a República e decretaram a expulsão de Dom Pedro II.

O Imperador estava em Petrópolis quando recebeu a ligação com as notícias. Os republicanos lhe deram apenas 24 horas para que deixasse o país. Mesmo assim, temendo o apoio do povo, seu embarque foi antecipado.

A família real retornou a Portugal de madrugada. E assim se tem a queda da monarquia no Brasil.

A Proclamação da República nasceu sem o apoio do povo brasileiro, da qual nem sequer se deu conta. Um jornalista da época, Aristídes Lobo, retrata o sentimento da população no momento:

“O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava.
Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada.
Era um fenômeno digno de ver-se.
O entusiasmo veio depois, veio mesmo lentamente, quebrando o enleio dos espíritos.”

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