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História
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Quem foi Santos Dumont? Descubra a história do brasileiro que inventou o avião

Conheça a história de uma das maiores mentes da história e pioneiro que revolucionou a tecnologia aérea. Entenda quem foi Santos Dumont: o inventor do avião.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
11/12/2025 15:32
A redescoberta de Santos-Dumont / Estadão

Santos Dumont saiu de uma fazenda no interior de Minas Gerais para se tornar o maior projetista de aeroplanos que Paris já conheceu. O inventor ganhou prêmios e suas conquistas revolucionaram a tecnologia aérea. 

O supersticioso Santos Dumont construiu um legado e colocou seu nome em ruas e cidades por todo o país graças a seus feitos inéditos. Contudo, seu fim foi trágico ao ver seus aviões sendo usados como armas na Primeira Grande Guerra.

Nesse artigo, será contada a história de quem foi Santos Dumont, o inventor brasileiro que acreditava que o homem podia voar.

O que você vai encontrar neste artigo?

Conheça a biografia de Santos Dumont

Alberto Santos Dumont nasceu em 20 de julho de 1873 na Fazenda de Caganbu, no interior de Minas Gerais. Seu pai, Henrique Dumont, era um engenheiro e cafeicultor francês com fazendas no estado de São Paulo, onde seu filho estudou. Santos Dumont aprendeu a ler com a irmã e estudou no Colégio Culto à Ciência em Campinas.

Desde criança Dumont era fascinado pela ideia de voar. Suas leituras quando adolescente eram Júlio Verne e livros de engenharia. Ele já projetava pequenos balões nessa idade. Com 14 anos, visitou a França pela primeira vez. Lá ele conheceu seu primeiro amor: o motor à combustão.  

Dumont mudou-se para Paris em 1892 após receber herança do pai. Ele começou a estudar mecânica e conheceu o baloeiro Albert Chapin, que se tornaria mecânico de seus inventos. 

Primeiros projetos de Dumont

O primeiro balão de Dumont foi construído em 1898. Era um cilindro inflado com hidrogênio que pesava cerca de 15 quilos e dependia do vento para se mover. Dumont o chamou de “Brasil”. 

O segundo balão de Dumont flutuou por mais de 23 horas e isso lhe garantiu o título de vencedor da competição de balões do Aeroclube da França. O nome do balão era Amérique, mas Dumont ainda não tinha atingido seu objetivo de conseguir controlar o fluxo do voo.

Na perseguição dessa meta, Santos Dumont criou a série de “Charutos Voadores”, que eram balões cilíndricos motorizados. Os testes começaram em 20 de setembro de 1898, quando Dumont levantou voo com o “balão n.º 1”, ainda preso com uma corda

O balão n.º 2 já realizava manobras simples. O terceiro balão já levava o motor à gasolina, o que resolvia o problema de dirigir o balão, mas ainda de maneira instável

O n.º 5 foi o balão que quase tirou a vida de Santos Dumont em um acidente

Dumont vence o prêmio Deutsch

Na mesma época de Dumont, o magnata Émile Deutsch de La Meurthe queria incentivar o desenvolvimento dos motores à gasolina. Para isso, ele criou uma competição chamada Prêmio Deutsch.

O balão que levantasse voo do Parque Saint-Cloud, contornasse a Torre Eiffel e voltasse em 30 minutos seria o vencedor. Era a oportunidade perfeita para Dumont testar o balão n.º 6

No dia 19 de outubro de 1901, Dumont começou o percurso às 14 horas e 42 minutos. A aeronave completou o desafio em 20 minutos e 30 segundos

O prêmio do concurso foi de 129 mil francos (359,2 milhões de reais na inflação atual) que Dumont doou à sua equipe e à caridade. O nome do inventor se tornou globalmente famoso e depois disso voltou a perseguir seu objetivo. 

O nono balão da série trouxe a inovação de transportar pessoas. Nele, estava a cubana Aída de Acosta, que se tornou a primeira mulher a voar. Foi o balão de Santos Dumont que mais realizou voos e ganhou o apelido de Le Petit Santos (O pequeno Santos). 

O n.º 10 foi o maior balão que Santos Dumont fez até então. Ele o chamou de “dirigível ônibus”. 

Santos Dumont inventa o avião

Cinco anos após o Prêmio Deutsch, Dumont participou de mais duas competições com testemunha de especialistas do Aeroclube da França. O que ele tinha que fazer era projetar uma aeronave que levantasse voo somente com meios próprios, voasse 100 metros e pousasse também apenas com meios próprios. 

Em 12 de novembro de 1906, Dumont decolou do Parque das Bagatelle, em Paris, no avião 14 Bis. Ele voou 220 metros a 6 metros de altura. Ao aterrissar sem depender da velocidade do vento, a asa direita sofreu algumas avarias. 

Polêmica sobre a criação do avião

Os irmãos Orville e Wilbur Wright enviaram um telegrama ao Aeroclube da França afirmando que eles voaram em uma aeronave construída por eles em 17 de dezembro de 1903, antes de Santos Dumont mostrar o 14 Bis ao mundo. 

Os franceses lhes ofereceram 50 mil francos para que comprissem o desafio em público, mas eles recusaram. As únicas testemunhas do feito seriam a irmã deles e seus funcionários. 

O aparelho dos irmãos Wright também não cumpria os critérios estabelecidos pelo clube francês. A máquina dos Wright não decolava com meios próprios. Ela precisava de um vento de pelo menos 40 Km/h ou uma catapulta para iniciar voo. 

Demoiselle: o avião modelo 

No ano seguinte ao voo do 14 Bis, Santos Dumont projetou o Demoiselle, um dos menores e mais baratos aviões da época. Santos construiu cada parte dele, incluindo o motor. Ele foi replicado em várias oficinas e se tornou modelo para todos os projetistas que vieram depois de Dumont

Em 1910, o Demoiselle roubou as atenções na primeira exposição de Aeronáutica do Grande Palácio de Paris. Esse foi o último sucesso de Santos Dumont antes de ele sofrer um acidente voando em um Demoiselle que o levou à aposentadoria. 

O final da história de Santos Dumont

Santos Dumont voltou ao Brasil para tratar de uma doença. Na época ele foi diagnosticado com esclerose múltipla, mas não é um consenso entre pesquisadores. O que se tem certeza é que Dumont teria desenvolvido depressão

O inventor ficou muito infeliz ao ver sua invenção ser usada para bombardear a cidade alemã de Colônia durante a Primeira Guerra Mundial. Ele chegou a pedir à Liga das Nações que proibisse o uso de aviões em guerras, mas sem resultados. 

O governo brasileiro também usou seus aviões para reprimir os manifestantes da Revolução Constitucionalista de 1932. 

Ele se enforcou com a própria gravata no banheiro do Grand Hotel de La Plage, no Guarujá, no dia 23 de julho de 1932. O governo tentou forjar a história de que ele teria sofrido um infarto para preservar sua imagem. 

Sua casa de verão na Rua do Encanto, n.º 22, Petrópolis, no Rio de Janeiro foi transformada em um museu em que suas mobílias, escritos, objetos e vários pertences antigos do inventor do avião podem ser visitados.  

Além do avião, ele também deixa como legado o relógio de pulso e o chuveiro de água quente, invenções atribuídas a ele. Ele se tornou tão importante que sua cidade natal, João Gomes, foi rebatizada com o nome de Santos Dumont.

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