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História
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Conheça 5 brasileiros que quase ganharam o Prêmio Nobel

Um cientista nascido no país chegou a ganhar, mas ele teve sua cidadania retirada.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
4/7/2025 19:06
CNN Brasil

Cerca de 29 brasileiros já receberam nomeações para o Prêmio Nobel entre 1901 e 1971

Os dados foram disponibilizados pela Fundação Alfred Nobel, que mantém os indicados em segredo por meia década

No entanto, nenhum dos sete brasileiros que receberam essas indicações acabou laureado

Conheça a história de 5 brasileiros que foram indicados.

Adolpho Lutz 

Suiços do Brasil - Adolpho Lutz
Foto de Adolfo Lutz. Imagem: Suíços no Brasil.

Nascido no Rio de Janeiro em 1855, Adolpho Lutz foi um dos maiores sanitaristas da história do Brasil e um pioneiro da medicina tropical. 

Ele passou um período no exterior, estudando em cidades como Leipzig, Estrasburgo, Praga, Viena, Londres e Paris. 

Sua curiosidade científica o trouxe de volta ao Brasil em 1892, onde se estabeleceu em São Paulo e passou a investigar epidemias

Ele não apenas assumiu a direção do Instituto Bacteriológico, mas também confirmou o papel do mosquito Aedes aegypti na transmissão da febre amarela.

O médico chegou a usar a si mesmo como cobaia em experimentos, sendo picado por mosquitos para provar a relação entre o inseto e a doença

Sua dedicação o levou a expedições por todo o país, pesquisando doenças como cólera, peste bubônica, febre tifoide, malária e hanseníase

Apesar de sua importante contribuição para a saúde pública, Adolpho Lutz não foi premiado pelo Nobel de Medicina em 1938, ano em que concorreu.

O prêmio daquele foi concedido ao fisiologista belga Corneille Jean François Heymans.

Antônio Cardoso Fontes 

Antonio Cardoso Fontes | Portal Fiocruz
Foto de Antônio Cardoso Fontes. Imagem: Fundação Oswaldo Cruz.

Nascido em Petrópolis (RJ), em 1879, Antônio Cardoso Fontes foi aluno de Oswaldo Cruz, dedicando sua vida à medicina e à saúde pública.

Ele se aprofundou no estudo do bacilo (Mycobacterium tuberculosis), bactéria responsável pela tuberculose.

Sua atuação também foi essencial nas campanhas de erradicação da febre amarela e da peste bubônica no início do século XX.

Além disso, ele ajudou a fundar a Faculdade de Ciências Médicas do Rio de Janeiro (UERJ), da qual foi o primeiro diretor. 

Ele foi indicado ao Nobel de Medicina em 1934, mas perdeu para o trio George Hoyt Whipple, George Richards Minot e William Parry Murphy, que estudavam anemia perniciosa.

Carlos Chagas

Doença de Chagas: um feito inédito da ciência brasileira - Casa de Oswaldo  Cruz
Foto de Carlos Chagas. Imagem: Fiocruz

Ele foi a primeira e única pessoa a descrever completamente uma doença infecciosa em todo o seu ciclo

Em 1909, ele detalhou não apenas o causador da doença de chagas, o Trypanosoma cruzi, mas também identificou o inseto que transmite e todas as manifestações da enfermidade

Além dessa descoberta, Chagas liderou a primeira campanha bem-sucedida do país contra a malária em 1905 e reorganizou todo o sistema sanitário brasileiro, como diretor-geral de Saúde Pública.

Chagas foi indicado duas vezes ao Prêmio Nobel de Medicina, em 1913 e 1921 , mas nunca foi laureado. 

César Lattes 

Quem foi César Lattes? Conheça a história do físico brasileiro | CNN Brasil
Foto de César Lattes. Imagem: CNN Brasil

Nascido em Curitiba (PR) em 1924, César Lattes foi um dos físicos brasileiros mais importantes do século XX

Aos 19 anos, ingressou na USP e se tornou aluno do professor ucraniano Gleb Wataghin

Sua maior façanha aconteceu em 1947, quando desvendou uma nova partícula subatômica conhecida como méson pi (píon). 

Essa partícula é responsável por unir prótons e nêutrons, explicando como se forma o núcleo do átomo.

A descoberta, publicada na prestigiada revista Nature, é considerada fundamental para a compreensão do núcleo do átomo e inaugurou um novo campo de estudos na física.

O Prêmio Nobel de Física de 1950 foi concedido a Cecil Frank Powell, chefe do laboratório onde Lattes trabalhava. 

O brasileiro não foi laureado, porque até 1960, a regra do Comitê do Nobel era premiar apenas o líder da equipe de pesquisa e não todos os seus integrantes.

Apesar de não ter o Nobel, Lattes se tornou um nome importante para a ciência brasileira, atuando na criação do Centro Brasileiro de Pesquisas Físicas, do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico e do IMPA Instituto de Matemática Pura e Aplicada. 

  • Clique aqui e entenda as origens do programa nuclear brasileiro com a matéria “O Brasil tem bomba atômica? Conheça a história do programa nuclear brasileiro”

A plataforma Lattes, que reúne currículos acadêmicos de pesquisadores, é uma homenagem à sua contribuição.

Manoel Dias de Abreu

Manuel Dias de Abreu – Wikipédia, a enciclopédia livre
Foto de Manoel Dias de Abreu. Imagem: Wikipédia.

Nascido em São Paulo em 1891, o médico radiologista Manoel Dias de Abreu foi o criador da abreugrafia, um método para diagnosticar tuberculose no pulmão

Atuando no Rio de Janeiro em meio a uma epidemia da doença, ele percebeu que as pessoas só procuravam tratamento em fases já avançadas.

Sua invenção, uma técnica de radiografia, permitia o diagnóstico precoce e em massa da tuberculose de forma rápida e barata

A abreugrafia se tornou um pré-requisito para ingresso em escolas, alistamentos e empregos, sendo essencial para reduzir os casos fatais da doença. 

Pelo seu invento, Manoel de Abreu foi indicado três vezes ao Prêmio Nobel de Medicina e Fisiologia, em 1946, 1951 e 1953. No entanto, nunca ganhou.

O único brasileiro que ganhou perdeu a cidadania

Peter Brian Medawar nasceu na cidade de Petrópolis, em 1915, filho de um brasileiro de origem libanesa e uma britânica.

Aos 13 anos de idade, Medawar se mudou para o Reino Unido, onde estudou com sua irmã na Marlborough College

Em 1935, ele se formou em zoologia no Magdalen College, da Universidade de Oxford e fez doutorado na mesma universidade, focando em áreas relacionadas à biologia e patologia.

Durante a Segunda Guerra Mundial ele começou a estudar a rejeição de implantes usados no tratamento de queimaduras.

Suas pesquisas o levaram a investigar o sistema imunológico, descobrindo como era possível fazer o corpo deixar de rejeitar os transplantes.

Os estudos foram responsáveis pelo desenvolvimento do soro antilinfocitário, usado para controlar a rejeição pós transplante.

Apesar de ter nascido no Brasil, é considerado um cientista britânico, porque perdeu a cidadania ao não se alistar para as forças armadas aos 18 anos.

Na época, o governo considerava que uma pessoa não poderia ser considerada cidadã se não comparecesse ao alistamento militar.

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