O Departamento de Estado dos EUA revogou vistos de autoridades ligadas ao programa Mais Médicos, acusado de ser um esquema de “exploração de mão de obra” do regime cubano.
A decisão foi divulgada através de um documento do oficial emitido pelo Departamento, no qual o governo americano afirma que:
“Esses funcionários foram responsáveis pela cumplicidade com o esquema coercitivo de exportação de mão de obra do regime cubano ou se envolveram nisso, o que explora profissionais médicos cubanos por meio de trabalho forçado. Esse esquema enriquece o corrupto regime cubano e priva o povo cubano de cuidados médicos essenciais.”
A nota segue afirmando que o governo brasileiro violou suas próprias leis e as sanções contra Cuba com o programa:
“Essas autoridades usaram a Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) como intermediária com a ditadura cubana a fim de implementar o programa sem seguir os requisitos constitucionais brasileiros, driblando as sanções americanas a Cuba e, deliberadamente, pagando ao regime cubano o que era devido aos profissionais de saúde cubanos.”
O secretário de Estado, Marco Rubio, reforçou a acusação em uma postagem no X:
"O programa Mais Médicos foi uma fraude diplomática inconcebível de ‘missões médicas’ estrangeiras."
Cuba é uma das últimas ditaduras comunistas do mundo e vive sob embargo comercial dos EUA desde 1962.
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Quem foram os sancionados?
Até o momento, dois brasileiros e suas famílias perderam os vistos para entrar nos EUA:
- Mozart Júlio Tabosa Sales: chefe de gabinete do ministério da Saúde de 2011 até 2012 e secretário Nacional de Gestão do Trabalho e Educação na Saúde entre 2012 e 2014. É considerado um dos principais idealizadores do Mais Médicos.
- Alberto Kleiman: foi diretor do Departamento de Relações Internacionais do Ministério da Saúde entre 2012 e 2015. Também foi diretor da Organização Pan-Americana da Saúde (OPAS) por sete anos.

Segundo o Departamento de Estado, eles foram os responsáveis pelo planejamento e implementação do programa.
Mozart Sales defendeu a importância do programa e disse que trata-se de uma questão fundamental para a saúde pública:
“O programa Mais Médicos pelo Brasil é uma iniciativa primordial do governo federal para garantir o necessário atendimento de saúde a milhões de brasileiros e brasileiras em todas as regiões do país.”
Ele também destacou que o Brasil não foi o único país a utilizar médicos cubanos através de programas de cooperação:
“Médicos cubanos já prestavam esse atendimento a 58 países de diferentes orientações político-ideológicas, por meio de mecanismos de cooperação internacional.”
Por fim, o médico criticou as sanções e disse que elas não o fazem deixar de apoiar a política:
“Essas sanções injustas não tira minha certeza de que o Mais Médicos é um programa que defende a vida e representa a essência do SUS, o maior sistema público de saúde do mundo-universal, integral e gratuito.”
O ministro da Saúde, Alexandre Padilha, que foi chefe de Mozart Sales, também comentou sobre o caso.
Em uma postagem no X, ele disse que os ataques contra o programa são “injustificáveis” e disse que o programa continuará:
"O Mais Médicos, assim como o PIX, sobreviverá aos ataques injustificáveis de quem quer que seja. O programa salva vidas e é aprovado por quem mais importa: a população brasileira."





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