Como ser mais inteligente? Descubra o passo a passo da vida intelectual
Aprenda como ser mais inteligente desenvolvendo sua vida intelectual. Veja as melhores técnicas de estudo e indicações de livros para começar e se aprofundar.
A ignorância não é o ideal de vida. Descobrir como ser mais inteligente é entender como estudar do jeito certo. Alguns passos precisam ser seguidos para atingir esse objetivo
Hábitos, técnicas de estudo, referências aos clássicos… tudo isso precisa ser aprendido ou aprimorado por quem procura ser mais inteligente. Acompanhe esse artigo para aprender dicas práticas e fáceis!
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A vida intelectual não depende de uma profissão específica, nem de ocupações sociais ou hobbies. Não é necessário ser professor, escritor, ter diploma ou semelhantes.
É curioso notar também que cultivar a vida de estudos não é se fechar em um quarto apenas com a companhia dos livros.
“Todos os homens tendem, por natureza, ao conhecimento”.
A frase acima é de Aristóteles e está no Livro I da Metafísica.
É possível se tornar mais inteligente?
Sim, é possível. Todo ser humano normal possui a faculdade da inteligência. Para aprimorar essa capacidade basta treiná-la e fortalece-la, assim como todos podem se tornar fortes se malharem e comerem bem.
Como estudar melhor e ser mais inteligente? Veja essas 19 dicas
Estantes de livros.
1 – Não se feche em livros
Parece incoerente sugerir isto a quem busca ser mais inteligente. Seria de se esperar que, na busca da vida intelectual, perder-se em livros fosse a lei. Mas não.
Os livros cristalizam a realidade intelectual que foi vivida em outro momento. É como uma partitura.
O início está na experiência e o verdadeiro intelectual não se fecha para a realidade, para o mundo ao seu redor. A recomendação, portanto, é viver o mundo de verdade, sem criar um castelo mental desvinculado de todo o resto.
2 – Medite o conteúdo estudado
Este é um ponto muito importante do método de estudo vitoriano. A primeira coisa é ler. Na sequência, um resumo é elaborado e memorizado. Com o conteúdo em mente, pode-se meditar sobre o que foi lido.
A consumação da leitura se dá na meditação. É preciso refletir sobre o que foi recebido pela inteligência. Meditar um conteúdo é como degustá-lo, saboreá-lo e olhá-lo como quem olha para um belo quadro na parede.
3 – Questione
Questionar não é ser crítico em relação a tudo. Mesmo antes de criticar, é necessário estudar muito o assunto. Para Mortimer Adler, em Como Ler Livros, não se pode dizer concordo ou discordo antes que se possa dizer “eu entendo”.
No início da vida intelectual, o mais criticado deve ser o próprio estudioso. Questione a si mesmo sobre a própria ignorância.
A honestidade intelectual consiste em dizer que sabe o que realmente se sabe. Por outro lado, é também confessar que não sabe o que de fato não se sabe.
A ignorância do conhecimento é inimiga do intelectual; inimiga, portanto, de quem quer saber como ser mais inteligente.
4 – Leia notícias
Esta dica pode não ser tão simples, pois não é fácil encontrar jornais não-tendenciosos, já vinculados a partidos e ideologias. Muitas vezes, é necessário preservar-se de matérias que mais desinformam do que informam.
Entretanto, saber o que acontece no mundo é fundamental. Busque fontes que julgue confiáveis e entenda o cenário global. Já estando acostumado com o estudo da história, será mais fácil entender o presente.
5 – Assine newsletters de confiança
Receba em seu e-mail o conteúdo dos portais que você escolher. Normalmente, sites de conteúdo oferecem um resumo do que foi publicado, uma seleção das melhores notícias e comentários dos colunistas.
Acompanhar esta diversidade de conteúdos e opiniões ajuda na busca de uma vida de estudos. A newsletter do Resumo BP traz as principais notícias e informações culturais do Brasil sem viés ideológico! Toque aqui para assinar.
6 – Crie uma lista de livros clássicos para ler
Um livro é considerado clássico por já ter abordado um assunto universal de forma excelente. São pontos altos da literatura reverenciados para além do tempo e cultura em que foram escritos.
Os clássicos transcenderam barreiras por abordarem conteúdos que tocam o âmago humano. Lê-los integra o aspirante a intelectual ao imaginário forte dos mestres da literatura.
Sugestões:
Odisseia e Ilíada, de Homero;
Divina Comédia, de Dante Alighieri;
Os Lusíadas, de Camões.
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7 – Converse com outras pessoas sobre os estudos
Uma das melhores maneiras de interiorizar o que se aprende é ensinar. Ter círculos de pessoas interessadas em aprender a ser inteligente é fundamental.
Muitos criam o clube do livro. Leem a mesma obra e debatem sobre ela. É frutífero, pois exercita a habilidade de ouvir e de falar, também necessária ao intelectual.
Ao mesmo tempo, aumenta-se a cultura geral ao ouvir o que diferentes pessoas têm a dizer sobre diferentes assuntos.
8 – Reserve um tempo específico de leitura diária
Sem isso, não é possível ser intelectual. Defina, de acordo com sua realidade, quanto tempo por dia você poderá dedicar à leitura.
Se não reservar um tempo específico para isso, o risco de terminar o dia sem ter feito leitura será enorme. Muitas outras atividades do dia ocuparão o tempo de estudo e servirão de desculpa para deixar o livro de lado.
9 – Ao ler, termine o capítulo
Antes de ler um livro, veja quantas páginas o capítulo tem e se seu tempo é suficiente para ir do começo ao fim. O conjunto de entendimento que um capítulo oferece deve ser compreendido em sequência.
Ler um capítulo em várias etapas pode fragmentar o entendimento e prejudicar a compreensão da ideia final. Por isso, sempre que possível, priorize a leitura de um capítulo do início ao fim.
10 – Resuma o que você leu à mão
Desta forma, o cérebro assimila melhor o conteúdo. A atividade mecânica reforça a atividade mental. Escrever as palavras, formar frases, dizer de outra forma o que foi entendido, tudo isso fortalece a memorização.
Na sequência, haverá mais frutos na meditação, como abordado na segunda dica. Além disso, uma sugestão de Adler para ler melhor e tirar proveito dos estudos é anotar no livro.
Grife, sublinhe, circule palavras-chave, escreva nas bordas, no sumário, etc.
11 – Tenha sempre à mão um caderno de anotações
Grandes escritores tinham sempre papel e lápis consigo. Se surgisse uma ideia ou uma frase, anotavam para não esquecê-la. Escrever novas ideias diariamente favorece a criatividade, que também é fundamental para quem quer ser mais inteligente.
12 – Busque acompanhamento com professores renomados na área que você quer estudar
Qual nome é referência em seu principal tema de estudo? Assista às suas aulas, palestras e cursos. Esta etapa da vida intelectual está vinculada à herança que se recebe dos que estudaram antes de nós e por mais tempo.
Se seu autor preferido já faleceu, busque pelos professores atuais que são especialistas em sua obra. Também é recomendável assistir a especialistas em assuntos diversos, discursando sobre suas áreas.
13 – Explore novas áreas
Mesmo tendo selecionado um autor específico para aprofundamento, é aconselhável ter assuntos secundários no escopo de leitura. Se o assunto escolhido for complexo, reserve tempo para a literatura como lazer.
Romances, ficções investigativas, poesias, contos e crônicas podem cumprir este papel.
14 – Melhore habilidades distintas como foco, memória, agilidade, linguagem e resolução de problemas
Se você é do tipo que gosta de jogar no smartphone, alguns aplicativos podem ser úteis. Um deles é o Peak, com jogos para fortalecer as habilidades mencionadas acima.
Outro exemplo é o Lumosity, considerado um programa de treinamento do cérebro. Seus jogos envolvem lógica, matemática, pensamento crítico, memória e resolução de problemas.
15 – Alimente-se bem
Há alimentos e suplementos que são recomendados por nutricionistas para ajudar na concentração e memorização.
Em geral, é necessário primeiro ter uma alimentação saudável, para dar conta de uma rotina e de estudar. Se for extremamente difícil se concentrar, alguns suplementos podem ser úteis.
Por exemplo, o psiquiatra Italo Marsili recomenda alguns tipos que não possuem contraindicação. Eles ajudam a ter energia, concentração e memória: MCT; Whey Protein do tipo isolado com baixo teor de carboidrato, associado ao MCT; Q10 e D-Ribose.
16 – Faça exercícios físicos
Fortaleça o corpo também. Os benefícios dos exercícios físicos para a saúde, estímulo do organismo, favorecem a disposição e o bem-estar para o estudo.
A sugestão é criar uma rotina. Levante-se sempre ao mesmo horário, faça a refeição adequada ao seu tipo, exercite-se (se possível) e comece os trabalhos e estudos. Faça isso durante um mês e você já notará muita diferença.
Exemplos básicos:
Caminhada;
Corrida;
Vôlei;
Natação;
Artes marciais;
Basquete;
Futebol.
17 – Aprenda um instrumento
Esta é uma opção para aqueles que querem não só ser mais inteligentes e cultivar a vida intelectual. Algumas pessoas buscam novas habilidades, que exercitem diferentes áreas do cérebro.
Envolver-se com a música é uma excelente escolha para entender as emoções, treinar a inteligência, a imaginação e as habilidades motoras.
18 – Aprenda novos idiomas
Esta é outra maneira de exercitar diferentes áreas do cérebro. Aprender uma outra língua enriquece o vocabulário da própria língua nativa, favorece a intertextualidade e ainda oferece o benefício de poder ler obras importantes na versão original.
19 – Ouça podcasts
Quanto tempo você utiliza no trânsito? Neste intervalo entre um lugar e outro você poderia ouvir podcasts de seu interesse. Ouça os áudios das aulas, palestras e cursos. Esta é uma forma de alimentar o cérebro com informações relevantes, mais conhecimento e novidades.
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Como ser intelectual?
É preciso buscar a autoformação da personalidade através da busca do conhecimento, ampliação da cultura e da qualificação para tarefas científicas, filosóficas e artísticas.
Quem quer ser mais inteligente busca conhecer o sentido da vida além de buscar dinheiro e status social. É preciso usar a inteligência para aprender a verdade.
Ao negar a vida intelectual, nega-se o conhecimento de si mesmo, a família enfraquece, a vida perde o sentido e a carreira profissional paralisa.
Por tudo isso, a resposta é que a vida intelectual é para todos os que querem saber qual vida vale a pena ser vivida.
Relação do ser humano com o conhecimento
Mesmo que uma pessoa não saiba, ela busca o conhecimento. Saber é ter a posse intelectual das coisas. Mas o desejo de sabedoria não possui uma instrução, algo como um caminho definido. De forma análoga, a fome não indica qual alimento específico trará saciedade.
Como regra básica, o ser humano procura saber por que deseja viver melhor. Aquele que busca ser mais inteligente, quer, na verdade, melhorar sua vida de alguma forma.
Introdução à vida intelectual
Não é possível saber como se tornar mais inteligente sem considerar a história. Quem busca a vida intelectual precisa consultar o passado, aprender com os mestres, com aqueles que já se dedicaram a um tema.
Para Hannah Arendt, filósofa política alemã, a educação é um processo histórico. É conservadora e revolucionária ao mesmo tempo. Ao aprender, o aspirante à vida intelectual, ou seja, a pessoa que quer ser mais inteligente, conserva algo do passado e depois poderá propor algo para o futuro.
Além disso, Arendt cita René Char, um poeta francês. De acordo com ele, a tradição cultural é como uma herança recebida, mas sem testamento. É preciso aprender como usar o que foi transmitido pelos mestres do passado.
A educação preserva a tradição herdada e, através da criatividade e de novas realidades, pode iniciar uma nova tradição.
A realidade de quem quer começar a vida intelectual e não sabe por onde, é como:
Ter a herança do conhecimento e não saber como usufruí-la;
Ter os ingredientes para um bolo e não saber como fazê-lo.
Na Brasil Paralelo, quem guiou o caminho dos alunos na busca pelo conhecimento foi o Professor Bruno Magalhães, com base no livro A Vida Intelectual, de A. D. Sertillanges. Este artigo é baseado em seu conteúdo, cujas aulas completas estão disponíveis no Núcleo de Formação.