Os médicos brasileiros irão eleger online novos conselheiros para o Conselho Federal de Medicina (CFM) nos dias 6 e 7 de agosto. Todos os médicos com cadastro atualizado e sem pendências podem votar. O pleito está atraindo a atenção de diversos grupos, pois impacta questões como a legalização do aborto e a autonomia dos médicos com realção a alguns tratamentos de saúde.
O manifesto “Muda CFM” defende tais pautas e foi elaborado por entidades como Associação Brasileira de Médicos e Médicas pela Democracia (ABMMD), que pede aos associados que votem em chapas alinhadas com suas ideias. O documento critica a postura do CFM durante a pandemia de Covid-19, especialmente por não ter proibido o chamado “tratamento precoce”, que consistia no uso de medicamentos como hidroxicloroquina, ivermectina e azitromicina para combater os sintomas da doença. Também é contra a decisão do conselho em realizar uma consulta pública sobre a vacinação de crianças contra a Covid-19.
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Menos autonomia médica
No período de da pandemia, o CFM reafirmou a autonomia médica. Os profissionais tinham permissão para prescreveram tratamentos que considerassem adequados dentro dos limites da ética médica e com o consentimento do paciente. Essa postura foi criticada por grupos de esquerda, que exigiam a proibição de tratamentos como o uso da hidroxicloroquina, amplamente promovido pelo ex-presidente Jair Bolsonaro.
A especialista em ginecologia e obstetríciaAugusta Moreira se declarou preocupada com a possibilidade de que novos conselheiros tentassem impor práticas com interesses pouco claros e ameaçar aqueles que questionassem as denominadas “evidências científicas”. Moreira acredita que o objetivo desses grupos seja evitar pensamentos divergentes na diretoria do CFM, gerando a predominância de pensamento majoritário e eliminando o debate.















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