O barco de Madleen foi interceptado por Israel enquanto tentava se aproximar da Faixa de Gaza.
Dentro da embarcação, estavam o brasileiro Thiago Ávila e a ativista sueca Greta Thunberg, junto com outros nove tripulantes.
A ação da marinha israelense, que levou à detenção de todos a bordo, marca o mais recente capítulo do ativismo de Greta.
Ao longo dos últimos anos, ela trocou o foco no clima pela militância na causa palestina.
O governo de Israel anunciou que os ativistas estão sob custódia e serão levados para a cidade portuária de Ashdod.
Segundo a imprensa israelense, o plano das autoridades é exibir aos detidos vídeos dos ataques do grupo terrorista Hamas de 7 de outubro de 2023, antes de iniciar o processo de repatriação.
O Ministério das Relações Exteriores de Israel ironizou a missão, classificando a embarcação como um "iate de celebridades para selfies" e a iniciativa como uma "provocação midiática".
Todos os ativistas detidos deverão ser repatriados para seus países de origem, informou o governo israelense.
Greta Thunberg se tornou uma figura mundialmente conhecida ainda na adolescência. Aos 15 anos, começou um protesto em frente ao parlamento sueco.
Ela faltou às aulas todas as sextas-feiras para exigir ações mais duras dos políticos contra as mudanças climáticas.
Sua "Greve escolar pelo clima" viralizou, dando origem ao movimento Fridays for Future, que levou milhares de jovens às ruas em diversos países.
Com 16 anos, ela foi convidada a discursar na ONU e no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, Greta Thunberg tem se dedicado à causa palestina.
Em uma postagem feita no dia 20 de outubro daquele ano, ela apareceu com cartazes em solidariedade a Gaza:
“Hoje estamos em greve em solidariedade à Palestina e Gaza. O mundo precisa se manifestar e pedir um cessar-fogo imediato, justiça e liberdade para os palestinos e todos os civis afetados.” dizia a publicação.
Depois disso, ela começou a usar seu perfil nas redes sociais para defender a causa palestina.
Em diversas ocasiões, ela acusou Israel de cometer "genocídio" e "crimes de guerra" na Faixa de Gaza.
Passou a ser figura constante em protestos pró-palestinos, sendo presa diversas vezes em cidades como Copenhague e Estocolmo.
Em uma das ocasiões, foi detida com outros manifestantes dentro da biblioteca da Universidade de Estocolmo.
A ativista e seus colegas exigiam que a instituição cortasse laços com universidades israelenses.
Em um protesto na Conferência do Clima da ONU em Bonn, na Alemanha, Greta e outros organizadores, pediram que as empresas de petróleo e gás fossem responsabilizadas por "permitir o genocídio em Gaza".
Em outubro do ano passado, ela acusou a Alemanha de "silenciar ativistas" da causa palestina.
A polícia alemã chegou a classificá-la como "participante potencialmente violenta", mas depois retirou a afirmação, alegando "erro interno".
A mudança de foco tem gerado críticas. O governo de Israel já se referiu a ela como "antissemita" e "porta-voz da propaganda do Hamas".
Críticos apontam que ela assumiu uma posição pró-palestina, sendo frequentemente vista em seus protestos usando o keffiyeh, o lenço que se tornou um símbolo da causa.
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