Como Greta começou
Greta Thunberg se tornou uma figura mundialmente conhecida ainda na adolescência. Aos 15 anos, começou um protesto em frente ao parlamento sueco.
Ela faltou às aulas todas as sextas-feiras para exigir ações mais duras dos políticos contra as mudanças climáticas.
Sua "Greve escolar pelo clima" viralizou, dando origem ao movimento Fridays for Future, que levou milhares de jovens às ruas em diversos países.
Com 16 anos, ela foi convidada a discursar na ONU e no Fórum Econômico Mundial, em Davos.
A guinada para a causa Palestina
Desde o início da guerra entre Israel e o Hamas, em outubro de 2023, Greta Thunberg tem se dedicado à causa palestina.
Em uma postagem feita no dia 20 de outubro daquele ano, ela apareceu com cartazes em solidariedade a Gaza:
“Hoje estamos em greve em solidariedade à Palestina e Gaza. O mundo precisa se manifestar e pedir um cessar-fogo imediato, justiça e liberdade para os palestinos e todos os civis afetados.” dizia a publicação.
Depois disso, ela começou a usar seu perfil nas redes sociais para defender a causa palestina.
Em diversas ocasiões, ela acusou Israel de cometer "genocídio" e "crimes de guerra" na Faixa de Gaza.
Passou a ser figura constante em protestos pró-palestinos, sendo presa diversas vezes em cidades como Copenhague e Estocolmo.
Em uma das ocasiões, foi detida com outros manifestantes dentro da biblioteca da Universidade de Estocolmo.
A ativista e seus colegas exigiam que a instituição cortasse laços com universidades israelenses.
Em um protesto na Conferência do Clima da ONU em Bonn, na Alemanha, Greta e outros organizadores, pediram que as empresas de petróleo e gás fossem responsabilizadas por "permitir o genocídio em Gaza".
Em outubro do ano passado, ela acusou a Alemanha de "silenciar ativistas" da causa palestina.
A polícia alemã chegou a classificá-la como "participante potencialmente violenta", mas depois retirou a afirmação, alegando "erro interno".
A mudança de foco tem gerado críticas. O governo de Israel já se referiu a ela como "antissemita" e "porta-voz da propaganda do Hamas".
Críticos apontam que ela assumiu uma posição pró-palestina, sendo frequentemente vista em seus protestos usando o keffiyeh, o lenço que se tornou um símbolo da causa.
Leia também:
O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros
Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa.
Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos.
Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo.
Clique aqui.