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1984: Conheça a distopia de George Orwell que serve de alerta sobre os riscos do totalitarismo

A obra de George Orwell que buscava criticar o regime socialista soviético causa grande impacto até os dias de hoje.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
29/4/2024 20:13
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Pense em um mundo onde seus atos são constantemente assistidos e gravados, sua localização sempre é conhecida e uma palavra ou gesto pode causar problemas inimagináveis.

Pode parecer uma realidade até familiar, mas esta é a sociedade descrita pelo jornalista e escritor George Orwell em uma de suas obras mais notórias, 1984.

Antes de tratar diretamente sobre a obra, é importante contextualizar a história de Orwell e o momento histórico em que o autor viveu.

Nascido em 1903, com o nome Eric Arthur Blair, em uma família inglesa na Índia britânica, George Orwell se mudou para a Inglaterra antes de completar um ano.

Em 1922, Blair começou a trabalhar na Polícia Imperial Indiana em Burma, função que exerceu até o ano de 1927.

Apenas em 1933, Eric Arthur Blair passou a assinar pelo pseudónimo George Orwell, em homenagem ao então rei da Inglaterra George VI e a um rio local.

Em 1937, a visão de mundo do autor britânico o levou a se voluntariar para lutar na Guerra Civil Espanhola, conflito que opôs as forças nacionalistas lideradas pelo general Francisco Franco às tropas republicanas compostas por milícias anarquistas e comunistas.

Orwell acreditava em uma corrente democrática do socialismo, que defende  a livre eleição de lideranças políticas e o controle popular da economia e dos recursos.

Ainda na Guerra Civil Espanhola, Orwell criou uma visão crítica sobre o socialismo soviético liderado por Josef Stalin, que, na ótica do autor, usou da ideologia marxista para alcançar o poder e criar uma ditadura da burocracia partidária sobre o operário.

As críticas a Stalin são recorrentes nas obras de Orwell e é com o intuito de tratar da dureza do sistema soviético que o autor escreveu o livro 1984.

A obra se inicia com o protagonista Winston Smith escrevendo um diário no canto da sala, a data é 4 de Abril de 1984.

Escrever narrativas contrárias à do governo é considerado crime e, portanto, Winston precisa fugir da visão da “teletela”, uma ferramenta que reproduz propagandas políticas e vigia a população.

Na distopia de Orwell, o partido controla todos os aspectos da vida em sociedade e manipula a percepção da realidade de acordo com as necessidades políticas.

Winston vive em Oceania, um dos três super Estados que disputam espaço em um mundo devastado por um holocausto nuclear.

A sociedade de Oceania é dividida em três castas:

  • Partido interno, composta pelos líderes do partido que usam roupas pretas e gozam de privilégios inimagináveis para a população geral;
  • Partido externo, a casta de Winston é composta por burocratas do Estado que utilizam roupas azuis;
  • Proletários, maior parcela da população sem instrução e embrutecida pelo trabalho.

Os cidadãos de Oceania são constantemente vigiados pela Polícia do Pensamento, um serviço secreto encarregado de punir falas e gestos que fujam das normas do partido.

Aqueles que desagradam as lideranças são chamados de “despessoas”, ou seja, alguém que foi eliminado pelo Estado e teve seus registros apagados, como se nunca tivesse existido.

Este cenário de medo e paranoia foi inspirado pela realidade soviética, onde as delações de pessoas próximas eram muito comuns e retratadas como atos nobres.

O poder do partido na Oceania também está em controlar a linguagem e o imaginário coletivo da população, de modo que palavras são apagadas ou distorcidas para limitar a capacidade de comunicação ideias contrárias ao status quo.

O governo totalitário na obra também tem a capacidade de alterar a história dentro de um processo chamado de retificação, no qual todos os registros são alterados ou apagados e a nova narrativa se torna a única permitida.

A ameaça constante representada pelos outros Estados é instrumentalizada pelos líderes do partido para justificar o endurecimento do regime e as medidas autoritárias, assim o partido impõe um momento diário para que o povo demonstre seu ódio e relembre a necessidade da situação.

Apesar da sociedade narrada por Orwell em 1984 ser muito diferente do mundo contemporâneo, os avanços tecnológicos e a polarização política ajudam a formular uma sociedade com cada vez menos privacidade e mais vigilância.

Apesar da obra ser uma analogia com o regime da URSS, que deixou de existir em 1991, ela serve como um alerta para relembrarmos a importância da liberdade de expressão e de pensamento.

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