Assine por apenas R$ 7,90/mês
Últimas horas | Acaba em:
00
D
00
H
00
M
00
S
November 24, 2025
Garantir oferta
História
3
min de leitura

O que significou a queda do Muro de Berlim? Entenda um dos principais eventos do mundo moderno

A queda do muro de Berlim significou mais do que o abalo do comunismo e do socialismo. Este evento histórico emite mensagens válidas hoje. Entenda

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
9/11/2021 16:51

A queda do muro de Berlim significou diversas realidades humanas, não apenas a falha do socialismo e a vitória do livre mercado. Após anos de batalha sangrenta entre alemães orientais versus soviéticos, o muro foi enfim rompido, e a Alemanha se unificou novamente. A geografia e a geopolítica global foram alteradas. O significado da queda do muro de Berlim ecoa até hoje das mais variadas maneiras, possuindo sentido até mesmo para o Brasil contemporâneo.

O que você vai encontrar neste artigo?

A construção do muro de Berlim

povo-separado-pelo-muro-de-berlim
Alemães orientais presos no lado comunista contra sua vontade.

O muro de Berlim foi construído na madrugada de 13 de agosto de 1961. Foi derrubado em 1989.

Após o fim da Segunda Guerra Mundial, a aliança existente entre EUA e União Soviética transformou-se no completo oposto. 

Perto do fim da guerra, os dois países já emergiram como as maiores potências do mundo recém-globalizado. 

As tensões entre os dois blocos ficaram claras quando o principal território da época foi conquistado: a Alemanha.

Eis o início da Guerra Fria.

Na confusão pós segunda guerra mundial, cada país administrava suas conquistas como bem quisesse, sem responder a ninguém.

A Alemanha deixou de ser um país autônomo, passando a ser metade da União Soviética e metade dos EUA, França e Inglaterra.

Durante o pós-guerra, os EUA e aliados investiram na reconstrução da Europa através do plano Marshall.

Já a União Soviética fez o oposto. Os comunistas aproveitaram a riqueza mineral e intelectual da Alemanha e a utilizaram para reconstruir a Rússia. 

Rapidamente, a diferença administrativa começou a ficar clara. 

Em pouco tempo, a Alemanha Ocidental já demonstrava pujança, uma vida boa com paz e liberdade, enquanto o lado oriental demonstrava o oposto.

Nos anos 60, a Alemanha Ocidental já possuía a 3ª maior economia do mundo.

A Alemanha Oriental estava sob o jugo totalitário da URSS. Érica Rieamann foi presa aos 14 anos, em 1945, por haver desenhado um laço na imagem de Stalin, exposta na sua escola.

Ela foi sentenciada a 10 anos de prisão em um antigo campo de concentração.

Esse não era um fato isolado, mas era prática comum do regime comunista.

Essa realidade é apresentada no documentário da BBC, A Alemanha Oriental — A vida por trás da cortina de ferro

Diante desse cenário, os alemães do oriente passaram a ir em massa para o lado ocidental.

Entre 1950 e 1961, aproximadamente 3,5 milhões de pessoas migraram da Alemanha Oriental para a Ocidental.

Esse cenário prejudicava a União Soviética. Sem muitas opções, os comunistas começaram a construir o muro no meio da madrugada, justamente para evitar outro deslocamento em massa já no dia seguinte. 

Esse é um dos principais significados do muro de Berlim: impedir os cidadãos de regimes comunistas a migrarem para sistemas capitalistas.

Revoltas populares e derramamento de sangue

Após a madrugada de 13 de agosto de 1961, muitas famílias ficaram separadas por mais de 20 anos.

Durante a construção do muro, havia a “linha da morte”: aqueles que tentassem atravessar a fronteira, eram prontamente baleados por um soldado soviético.

Rapidamente, o muro ficou pronto e foi sendo reforçado até a sua queda.

Em 1962, o muro já possuía 155 quilômetros de extensão e rodeava toda a Berlim Ocidental. 

Berlim ficava por inteira na área soviética; portanto, a parte ocidental era uma ilha capitalista.

mapa-muro-de-berlim
Mapa de Berlim na época da divisão entre comunismo e capitalismo.

Neste mesmo ano, um segundo muro foi construído com distância de 100 metros para com o segundo, formando uma área cheia de guaritas com soldados armados, tornando impossível a travessia. 

Durante todo o tempo no qual o muro de Berlim ficou de pé, houve protestos dos habitantes da Alemanha Oriental.

Nesses 39 anos, mais de 100.000 tentaram ir para o lado ocidental, mesmo com o gigantesco muro.

Mais de 300 pessoas foram assassinadas durante as tentativas, aponta o site: memorial do muro de Berlim.

Outras 2000 pessoas foram encaminhadas para interrogatórios e nunca mais foram vistas. 

O povo unido derruba o muro

povo-unido-derruba-o-muro-de-berlim
Alemães destruindo o muro de Berlim por conta própria.

A partir de 1989, o bloco comunista passou a sofrer grandes crises econômicas e sociais. 

  • Para conhecer mais sobre o período da queda do muro de Berlim, confira o vídeo do canal Hoje no Mundo Militar

O governo comunista já não conseguia sustentar suas próprias estruturas, principalmente seu sistema de repressão social.

A crise econômica diminuiu o poder de controle da União Soviética, levando à queda da Polônia e da Hungria.

Os povos destes países já estavam se manifestando desde alguns anos anteriores, fazendo crescer o movimento anticomunista cada vez mais.

Em 1989 o povo consegue derrubar a ditadura soviética na Polônia, e os húngaros destroem a cerca que os separava da Áustria, fugindo aos milhares para a Europa ocidental. 

Cada vez mais os povos dominados pelo totalitarismo soviético se rebelavam, até o movimento anticomunista chegar com força total na Alemanha em 1989. 

No final de 1989, em setembro, os alemães orientais passaram a organizar eventos proibidos pela União Soviética.

Uma Missa campal foi realizada, atraindo milhares de fiéis. Um dos significados da queda do muro de Berlim foi religioso.

Relacionados

Todos

Exclusivo para membros

Ver mais