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Filosofia
3
min de leitura

Por que o socialismo não funciona? Conheça o infalível argumento econômico

Ludwig von Mises provou que o socialismo não funciona com argumentos econômicos. Além disso, o socialismo é impossível intelectualmente.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
1/9/2021 19:25
Capa: revolucionários russos.

“Sou a favor da ideia socialista. Mas uma vez disse a meu pai: se isso é socialismo, eu sou contra o socialismo”. Esta fala é do historiador Yuri Ribeiro Prestes, filho de Luiz Carlos Prestes. Não é difícil entender porque o socialismo não funciona, bastando apenas algumas análises.

Em 1920, um dos maiores expoentes da Escola Austríaca de Economia, Ludwig von Mises, lançou o livro O cálculo econômico em uma comunidade socialista, para provar que o socialismo não dá certo.

Intelectual e economicamente, ficou provada a impossibilidade do socialismo. Os principais argumentos serão explicados neste artigo.

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O que você vai encontrar neste artigo?

O socialismo não dá certo

O socialismo é um regime autocontraditório. Para haver uma economia planificada, é preciso ter controle de preços. Entretanto, não havendo um mercado para os preços se formarem, o governo precisa inventar os preços. Se são inventados, o governo não sabe o que está se passando.

A economia torna-se fictícia no mesmo instante em que é planificada. A economia totalmente controlada significa exatamente uma economia totalmente descontrolada.

Os socialistas inventaram a anarquia do capital.

O que é preço?

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Preço é uma quantia estipulada para a aquisição de uma mercadoria ou serviço. Não é um valor estático e não leva em consideração apenas a mercadoria em si, mas tudo o que envolve sua produção, as etapas intermediárias até que se chegue a um resultado final e o comportamento do mercado.

Para explicar por analogia, o preço é uma compactação, um resumo de um processo longo e complexo. Em um único preço, há um grande conjunto de dados.

Para entender porque o socialismo não funciona, é fundamental compreender a dinâmica que envolve a precificação dos bens. Os bens de capital são usados para produzir outros bens, e os de consumo estão voltados diretamente à satisfação da pessoa que os compra.

Se um café é vendido por R$ 2,50, por exemplo, é porque aconteceu uma história envolvendo muitas pessoas.

Estes dois reais e cinquenta centavos levam em consideração todas as compras de cafés já feitas no mundo, todas as tentativas de vender café por preços que as pessoas não pagaram e todas as tentativas de vender um café que não deu lucro, levando pessoas a fecharem as portas de suas empresas.  

O preço carrega um histórico da tentativa de vender café em cada região, em cada local, com cada tributo de qualidade.

Quando ele é congelado e definido, seu histórico é rompido. Quando um preço e um produto são definidos pelo Estado, a livre escolha das pessoas também encontra seu fim.

Todo o histórico do café está compilado para que algum vendedor possa dizer:

“Este café eu consigo vender a R$ 2,50, este a R$ 18,00, este outro a R$ 14,00”.

É por isso que se diz que um preço é um conjunto de informações concentradas. Antes que algo receba seu preço, muitos testes aconteceram. O preço é julgado pela democracia do consumidor, que é quem decide se quer pagar ou não pelo produto, julgando se vale a pena.

Se as pessoas entenderem que não vale a pena pagar este preço, o produto não vende.

De acordo com o cálculo desenvolvido por Mises, a origem destes dados que compõem o preço são as decisões de tentar vender, por exemplo, café na Amazônia por R$ 22,00 e no Rio Grande do Sul por R$16 ,00.

Estas decisões tiveram êxito ou fracasso. O histórico delas é considerado. Além disso, máquinas, caminhões, gasolina, trabalhadores, investimentos, adversidades, concorrência, tudo isso é considerado.

A conclusão precisa ser clara: o preço não é apenas um número arbitrariamente escolhido. É a concentração de centenas de outros processos, da competição do mercado, da cooperação das empresas e da decisão de milhares de consumidores. Nada disto é estático; está em constante mudança.

O socialismo não considera esta lógica da economia.

Qual é a lógica do socialismo?

A essência do socialismo é a atenuação ou eliminação das diferenças de poder econômico por meio do poder político. No entanto, para arbitrar esta diferença é preciso que o poder, neste caso, esteja concentrado nas mãos do Estado.

Para impor a igualdade na economia, o socialismo cria uma forte desigualdade no poder político. A riqueza dos ricos é absorvida pelos escolhidos do governo, uma vez que este poder não se sustenta gratuitamente.

A promessa socialista é a de uma sociedade baseada na igualdade, prosperidade e segurança, sem opressão dos ricos sobre os pobres, sem propriedade privada e sem livre comércio.

É uma teoria de organização econômica, para solucionar o problema da escassez.

Como resolver o problema da escassez?

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O socialismo pretende resolver o problema da pobreza.

Nem todos têm, ao mesmo tempo e na mesma quantidade, o que precisam. Ao contrário do modelo capitalista, o socialista pretende que não haja propriedade privada dos meios de produção.

Nenhuma pessoa em particular pode possuir máquinas, e outros recursos, utilizados na produção de bens de consumo. O proprietário destes recursos, para os socialistas, deve ser a humanidade.

O Estado será responsável por governar o esquema socialista, comandando os meios de produção. Caberá ao povo o governo, escolher os produtos a serem fabricados, a quantidade a ser distribuída a todos e o preço de cada um.

Em tese, a ideia é dividir tudo igualmente, para que não haja injustiça, exploração, opressão ou mesmo ricos e pobres.

O socialismo não funcionou justamente porque esta ideia é inaplicável na realidade.

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