

Nas últimas semanas, o país assistiu a uma das maiores operações policiais da história do estado, uma guerra urbana entre o poder público e o crime organizado.
121 morreram, dezenas de policiais foram feridos e o governador Cláudio Castro declarou que o Rio está “sozinho nessa guerra”.
Uma pergunta surge em meio às balas e o sangue: por que chegou até esse ponto?
No Brasil, cresce a sensação de que o Estado brasileiro é forte contra o cidadão e fraco contra o crime.
Essa quase-distopia em que se impõe a perseguição contra o inocente e a complacência com o criminoso tem nome. Três décadas atrás, o filósofo americano Samuel T. Francis a chamou de “anarcotirania”.
O termo foi cunhado por Sam Francis em 1993, em uma série de ensaios publicados na revista Chronicles. Ele descreveu um novo tipo de regime político:
“Uma combinação de opressão estatal sobre os inocentes e a incapacidade grotesca de punir os verdadeiros criminosos".
Francis contou o caso de um cidadão comum multado por não usar cinto de segurança, em uma ação de publicidade do governador da Carolina do Norte. Enquanto isso, criminosos violentos eram libertados por falta de vagas no sistema prisional.
Para Francis, esse contraste revelava uma mutação do Estado moderno: um poder burocrático que criminaliza os justos e liberta os culpados.
“Anarco”, porque o governo deixa de cumprir sua função básica de garantir ordem e segurança. “Tirania”, porque esse mesmo governo volta sua força contra quem obedece às leis.
O resultado, segundo Francis, é uma sociedade onde as grandes leis perdem valor, e não cumprir às leis é melhor.
No Brasil, o Rio de Janeiro pode ser um exemplo vivo da teoria que o autor explica.
De um lado, o crime organizado comanda bairros inteiros e impõe seu terror como lei.
O Estado, por outro lado, não consegue garantir a segurança dos cidadãos, nem mesmo dos seus próprios policiais.
Para Francis, o poder estatal perde sua legitimidade quando abandona o cumprimento das leis.
No Rio, essa crise de autoridade pode ser um reflexo da teoria do Francis: governos trocam acusações, o Judiciário impede operações, e as polícias são deixadas sozinhas em batalhas que lembram conflitos armados do Oriente Médio.
Neste momento, integrantes do governo Lula realizam uma visita no Complexo da Penha e chamam a operação contra o crime organizado, responsável por milhares de mortes no país, de “chacina”.
Enquanto isso, as instituições que deveriam proteger a população usam sua energia para regular a vida dos cidadãos, e promovem vícios como a ludopatia, diretamente vinculados ao crime organizado nacional e internacional.
Entender a anarcotirania do Rio de Janeiro é importante pois é um dos maiores problemas para o Brasil. Por isso, a Brasil Paralelo foi até o Rio de Janeiro entrevistar especialistas, moradores, ex-criminosos e policiais para entender o que acontece na cidade. Tudo deu origem ao documentário “Rio de Janeiro: Paraíso em Chamas”. Torne-se membro para assistir:
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