Biografia
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O caso real da menina que viveu sendo enganada que estava doente e terminou matando a própria mãe

Após deixar o namorado esfaquear 17 vezes à própria mãe, ela ainda disse se sentir “mais livre” na cadeia.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
12/11/2025 13:36
Divulgação/Polícia do Condado de Greene

Gypsy Rose Blanchard passou quase toda a infância e juventude em uma cadeira de rodas, cercada por tubos, remédios e diagnósticos graves: todos falsos

Sua mãe, Dee Dee Blanchard, convencia médicos, vizinhos e instituições de que a filha sofria de dezenas de enfermidades: leucemia, distrofia muscular, apneia, asma, atraso mental. Por duas décadas, a farsa se manteve pelos grandes esforços da mãe.

Gypsy cresceu acreditando estar condenada à morte, quando, na verdade, era vítima de um distúrbio chamado Síndrome de Munchausen por Procuração, uma condição em que o cuidador provoca ou simula doenças na pessoa sob seus cuidados para atrair atenção e compaixão.

O que você vai encontrar neste artigo?

Por que Gypsy Rose matou à própria mãe?

Durante duas décadas, Dee Dee fez o mundo acreditar que a filha estava gravemente doente. Gypsy foi mantida em cadeira de rodas sem necessidade, alimentada por sonda, submetida a cirurgias e medicada à força. 

A mãe também controlava documentos, agenda médica, amizades e até a idade real da jovem. Até que na adolescência, a Gypsy percebeu que podia andar e que não tinha atraso intelectual. 

Nessa mesma época, conheceu o Nicholas Godejohn na internet, através de sites de citas e no Facebook. Inicialmente a distância, Gypsy Rose disse que, uma vez que eles se conheceram pessoalmente, entenderam que deviam “tomar medidas extremas”.

Em 9 de junho de 2015, ela abriu a porta de casa e entregou uma faca para Nicholas, que matou Dee Dee com 17 facadas enquanto a mãe dormia. O casal fugiu e foi preso dias depois.

Gypsy confessou envolvimento e recebeu 10 anos por homicídio em segundo grau; Nicholas cumpre prisão perpétua. 

Ainda na prisão, ela dizia sentir-se “mais livre” do que sob o domínio materno

Gypsy Rose e Suzane von Richthofen: duas histórias de crime contra os pais

À primeira vista, Gypsy Rose Blanchard e Suzane von Richthofen parecem ter pouco em comum. Uma americana criada sob abuso psicológico extremo; a outra, uma jovem de classe alta paulista, responsável pela morte dos próprios pais em 2002. 

Contudo, ambas as histórias têm a figura de um namorado cúmplice, envolvido direta ou indiretamente no crime; Nicholas Godejohn, no caso americano, e os irmãos Cravinhos, no brasileiro.

Por outra parte, enquanto a Gypsy matou para escapar de um ciclo de tortura psicológica, Suzane, planejou o assassinato dos pais buscando ganho pessoal, sem apresentar sinais de coerção ou abuso parental.

Suas histórias, embora opostas em origem e moralidade, expõem um fenômeno em comum: a fragilidade dos laços familiares.

Por exemplo, no Brasil, as famílias estão ficando cada vez mais enxutas, segundo um censo de 2022. A média de moradores por domicílio é de 2,74. Sobre a quantidade de divórcios, dados de 2023 revelam que chega a 440 mil.

Por outra parte, mais de 250.000 casos de violência doméstica foram registrados no Brasil em 2023.

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