Sobrou para o Luciano
A restrição teria atingido também Luciano Camargo, que lançava seu projeto gospel no mesmo período.
De acordo com a fonte citada, o álbum foi recusado pelos editores do Spotify, apesar da relevância do mercado religioso na plataforma. “Luciano sofreu censura por ser irmão de Zezé”, relatou a fonte.
A política interna de curadoria teria se tornado mais ideológica do que artística, excluindo artistas com posicionamentos considerados “polêmicos” pelos gestores.
Suspeitas de viés e reação nos bastidores
A denúncia afirma que o Spotify mantém uma imagem pública de pluralidade e diversidade, mas que nem todos os funcionários seguem esse princípio.
Um colaborador de alto escalão teria sido visto no escritório com camiseta de cunho político, o que alimentou críticas sobre a falta de neutralidade.
Fontes próximas aos artistas defendem que Daniel Ek, CEO global da empresa, deveria rever as práticas locais.
“Zezé e Luciano são recordistas de vendas e donos de um catálogo avaliado em R$ 300 milhões. Não faz sentido ignorar uma carreira desse porte”, disse um produtor musical ouvido pela coluna.
O Spotify Brasil não se pronunciou oficialmente sobre o caso até o momento.
Zezé vence ação contra o Facebook
O episódio surge pouco depois de Zezé Di Camargo vencer um processo judicial contra o Facebook por uso indevido de imagem com inteligência artificial.
Em setembro, perfis no Instagram publicaram um vídeo manipulado por IA em que o cantor aparecia apoiando um impeachment falso do ministro Alexandre de Moraes.
A Justiça reconheceu o dano à imagem do artista e determinou que o Facebook removesse o conteúdo e revelasse os dados dos responsáveis pelas publicações, incluindo telefone, e-mail e localização.
Seus advogados, Matheus Pupo e João Mazzieiro, celebraram a vitória e reforçaram que o cantor continuará combatendo o uso indevido de sua imagem:
“O uso de inteligência artificial para manipular voz e imagem de artistas é conduta ilícita e será sempre combatida”, afirmaram.
Enquanto Zezé Di Camargo obteve vitória na Justiça contra o uso indevido de sua imagem, a denúncia sobre o Spotify adiciona um novo capítulo à relação entre artistas, plataformas digitais e liberdade de expressão. O caso segue sem posicionamento oficial da empresa.