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Política
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Lula pode mandar espião russo preso no Brasil de volta para seu país

Ministro do STF determinou que apenas o presidente pode dar autorização para extraditar o agente.

Por
Rafael Lorenzo M. Barretti
Publicado em
26/12/2025 13:34
Rádio Pampa

Sergey Vladimirovich Cherkasov foi preso pela Polícia Federal em São Paulo no final de 2022, durante uma investigação que descobriu espiões russos no Brasil

Após receber informações da CIA, a PF montou uma vigilância intensa enquanto Cherkasov se hospedava em um hotel em São Paulo. 

Dias depois, com um mandado em mãos, ele foi preso pela acusação de usar documentos fraudulentos

Cherkasov foi descrito como arrogante nos interrogatórios e insistiu em sua identidade brasileira.

Seus documentos eram todos genuínos. "Não havia ligação entre ele e a grande Mãe Rússia", comentou um investigador da PF ao New York Times.

Atualmente ele está detido no Presídio Federal de Brasília, onde Marcola e outros líderes do PCC cumprem pena.

Com os processos criminais no Brasil encerrados, sua extradição agora depende de uma decisão política

O STF já autorizou a entrega de Cherkasov à Rússia, o país alega que ele é traficante de drogas

Os EUA também solicitaram sua extradição, alegando que ele atuou ilegalmente em solo americano, mas o pedido do governo russo já estava homologado.

O impasse agora está no Planalto. De acordo com decisão do ministro Edson Fachin, apenas Lula pode autorizar a entrega de Cherkasov antes do fim de sua pena.

Brasil se tornou centro de treinamento de espiões

O esquema montado pelo Kremlin se baseava em criar identidades falsas para que seus agentes pudessem se infiltrar em outros países sem levantar suspeitas.

Cherkasov se apresentava como Victor Muller Ferreira. Ele tinha documentos brasileiros autênticos, pós-graduação nos EUA e tentava trabalhar no Tribunal Penal Internacional.

Os espiões se aproveitaram de uma brecha legal. Até 2012, a certidão de nascimento podia ser emitida sem a Declaração de Nascido Vivo (DNV). 

Além disso, os cartórios brasileiros operavam de maneira descentralizada e não compartilhavam informações até 2014.

Esse sistema descentralizado e vulnerável à corrupção virou porta de entrada para a criação de identidades falsas. 

Com a certidão de nascimento, o caminho para obter documentos como o título de eleitor, certificado de reservista e passaporte estava aberto.

A partir do caso Cherkasov, a Polícia Federal criou a Operação Leste para caçar o que chamaram de "fantasmas": indivíduos com certidões de nascimento legítimas, mas sem qualquer registro de vida até a idade adulta. 

Esse trabalho envolveu a análise minuciosa de milhões de registros, um esforço que combinou tecnologia e investigação manual.

A PF encontrou ao menos 9 agentes com identidades brasileiras

A investigação da PF, apelidada de "Operação Leste", já identificou pelo menos nove agentes russos operando sob identidades brasileiras

De todos os identificados, o único que foi capturado pelas autoridades brasileiras foi Sergey Cherkasov

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