A Real Academia Sueca concedeu o Prêmio Nobel de Ciências Econômicas de 2025 a três pesquisadores que destacaram a importância da tecnologia para o desenvolvimento.
O trabalho deles demonstra como a ciência e a competição são diretamente responsáveis por promover avanços e desenvolvimento.
Metade do prêmio estimado em R$6,4 milhões vai para o historiador econômico Joel Mokyr. A outra metade será dividida pelos teóricos Philippe Aghion e Peter Howitt.
Aghion & Howitt: a mecânica de mercado da “destruição criativa”
Em 1992, Philippe Aghion e Peter Howitt criaram um modelo para explicar como o crescimento econômico acontece a partir do que chamaram de “destruição criativa”.
Os economistas destacam que é preciso que existam condições de concorrência para permitir que inovações surjam. Não basta apenas investimento em Pesquisa e Desenvolvimento.
Caso contrário, o sistema se acomoda e o crescimento trava. O modelo explica ainda que os incentivos mudam com o tempo.
Uma empresa busca inovar para conquistar espaço no mercado, mas tende a se proteger e parar de inovar quando se torna dominante.
Por isso, a concorrência e políticas que favorecem o surgimento de novos competidores são essenciais para que haja crescimento e inovação.
O economista Ufuk Akcigit, da Universidade de Chicago, explicou o processo em entrevista para a Revista Nature:
“Quando surge um novo empreendedor, ele tem todo o incentivo para criar uma tecnologia radicalmente nova. Assim que se torna incumbente, seu incentivo desaparece”.
A publicação explica que o modelo proposto pelos economistas reconhece as limitações dos incentivos dados pelo mercado e defende que o Estado subsidie pesquisas estratégicas.



.jpg)

.jpg)

.jpg)






