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Política
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O que é Liberalismo? Entenda a corrente política que defende um Estado mínimo

O Liberalismo foi um dos principais responsáveis pelo fim das tradições antigas e o início da era moderna. Veja a importância dessa corrente de pensamento.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
6/9/2021 10:16

O Liberalismo é uma doutrina que valoriza a liberdade individual acima de tudo, em todas as esferas da vida humana. Seu surgimento se dá no período da ascensão da burguesia na modernidade, combatendo ideias associadas ao Antigo Regime.

O Liberalismo possui ideias econômicas e políticas que podem apresentar diversas tendências. Sua doutrina não é fechada e se mostrou adaptável às necessidades de cada tempo, como será explicado.

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O que você vai encontrar neste artigo?

O que é Liberalismo?

O Liberalismo, segundo seus principais teóricos, é uma doutrina que luta pela liberdade e pelos direitos individuais, pela igualdade perante a lei, pela proteção da propriedade privada e pelo livre comércio, afirma o dicionário Oxford Languages. Seu surgimento é consequência do desejo de alguns grupos de limitar a ação do Estado na vida de cada cidadão e na economia.

“A forma como pretendo tratar o Liberalismo é como uma corrente de pensamento político. O Liberalismo é uma corrente política, uma ideologia se preferir, um conjunto de máximas e preferências para a organização e atuação do Estado. (…) Não é uma teoria da moral, embora ele tenha aspectos éticos e morais. E ele não é uma teoria econômica, a economia é uma ciência que estuda fenômenos na sociedade. A economia pode estar certa ou errada, a economia não é liberal, nem conservadora, nem comunista, nem socialista, a economia é certa ou errada. É claro que, a partir de ensinamentos econômicos, nós vamos fazer adequações no nosso pensamento político”, disse Ricardo Gomes, advogado e vice-prefeito de Porto Alegre.

Essa vontade era intimamente ligada às lutas da burguesia na Inglaterra do século XIII e é por isso que por muitas vezes o liberalismo foi e ainda é associado a esse grupo social.

A ideia do Estado Mínimo, portanto, é uma das máximas do Liberalismo, afirma John Dunn, professor de ciências sociais da Universidade de Cambridge. Outro ponto importante é a ideia do mérito. Cada indivíduo pode possuir mais ou menos bens e realizações com base no seu esforço individual para alcançar seus objetivos.

No campo moral, há a valorização da liberdade individual, portanto há uma oposição à moral preconizada pelos conservadores, afirma o cientista político Roger Scruton.

Existem diferentes correntes políticas e econômicas dentro do Liberalismo, sem que haja um conjunto de ideias fechadas. É possível, por exemplo, ser conservador quanto à moral e liberal quanto à economia.

Desenvolvimento histórico do Liberalismo

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O Liberalismo e sua doutrina estão intimamente conectados às ideias dos pensadores iluministas do século XVIII. Os ditos  filósofos das luzes acreditavam no progresso da humanidade a partir da livre concorrência das forças sociais. Eram contrários às forças que conduziam as decisões dos indivíduos, sejam elas religiosas ou estatais.

As bases do liberalismo político foram lançadas pelo filósofo inglês John Locke (1632-1704), em sua obra “Segundo Tratado do Governo Civil”.

Nela, o autor mostra-se contra a origem divina do poder e defende que os cidadãos têm direito natural à liberdade, à propriedade privada e à resistência contra governos tiranos.

Segundo Locke, a soberania do poder provém do povo, e não de Deus. Por isso, ele propôs a substituição do absolutismo por uma relação de contrato entre governadores e governados, devendo as bases desse relacionamento serem estabelecidas por um conjunto de leis escritas, uma constituição.

O liberalismo econômico foi sistematizado pelo economista escocês Adam Smith (1723-1790).

Em sua obra “A Riqueza das Nações”, ele mostra a divisão do trabalho como elemento essencial para o crescimento da produção e do mercado.

Esse modelo depende da livre concorrência, que força o empresariado a ampliar a produção, buscando novas técnicas, aumentando a qualidade do produto e baixando ao máximo os custos da produção.

significado-do-liberalismo

Isso favorece a lei natural da oferta e da procura, viabilizando o sucesso econômico geral e a prosperidade de todos. Neste processo, o Estado não deve intervir, deixando o mercado se regular de forma natural.

As primeiras grandes expressões do Liberalismo foram a Independência Norte-Americana e a Revolução Francesa.

  • Saiba mais sobre a Revolução Francesa com essa linha do tempo que lista seus principais eventos em ordem cronológica.

Os movimentos de libertação colonial do século XIX também foram influenciados por essa doutrina.

O que o Liberalismo defende?

O Liberalismo defende que certos direitos são naturais ao ser humano, o chamado Jusnaturalismo, e que nisto o Estado não pode intervir. Quais sejam:

  1. a liberdade individual;
  2. os direitos individuais;
  3. a igualdade perante a lei;
  4. a segurança;
  5. a felicidade;
  6. a liberdade religiosa;
  7. a liberdade de imprensa.

Portanto, o governo não pode intervir nestas esferas, cuja ação se limita no plano legal a partir de leis, e no plano individual em razão desse conjunto de direitos naturais.

O Estado atuaria, então, para fornecer as condições mínimas necessárias para o livre desenvolvimento de cada cidadão, defende John Locke, um dos principais teóricos do liberalismo.

Os liberais são contra o paternalismo do Estado, ou qualquer forma de assistencialismo que ponha o governo como tutor da vida do indivíduo. Esta restrição também abrange a esfera econômica, conforme o pensamento do economista liberal David Ricardo.

Como é, portanto, uma economia liberal?

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