A ativista sueca Greta Thunberg e outros 11 passageiros da embarcação Madleen serão forçados, pelo governo Israelense, a assistir ao vídeo do massacre promovido pelo Hamas em 7 de outubro de 2023.
A informação foi divulgada pelo ministro israelense Israel Katz, que justificou a medida como uma “lição visual” para ativistas que, segundo ele, “atuam como apoiadores da organização terrorista”.
A bordo estavam nomes como o brasileiro Thiago Ávila e a parlamentar europeia Rima Hassan, além de Greta. Todos foram detidos no domingo (8), quando o navio foi interceptado pelas Forças de Defesa de Israel (IDF) ao se aproximar da costa de Gaza.
A embarcação fazia parte do projeto Freedom Flotilla Coalition, que tenta romper o bloqueio israelense ao enclave palestino sob o pretexto de levar ajuda humanitária.
A interceptação teve forte repercussão nas redes sociais, especialmente após a divulgação de um vídeo gravado por Greta Thunberg sob custódia israelense, onde a ativista, com aparência serena, faz um apelo por sua libertação e a dos demais tripulantes.
O vídeo viralizou e gerou reações irônicas. Uma delas veio do influenciador Firmino, que comentou o caso com uma crítica direta ao ativismo seletivo de Greta:
“Greta, menina, você estava sumida, hein! Ó, o desmatamento aumentou 92% em maio, você não quer dar uma passada por aqui? (…) Se você tivesse sido interceptada pelo Hamas, aí sim você ia ver o amor. A paz. O carinho que é o negócio lá. Como eles tratam bem as mulheres, viu?”
Firmino ironizou ainda o uso de tecnologia por ativistas que protestam contra o “capitalismo ocidental” enquanto utilizam celulares de última geração e participam de projetos financiados por ONGs internacionais.
Segundo o ministro da defesa de Israel, o vídeo que será exibido aos ativistas mostra os horrores da ofensiva do Hamas em 7 de outubro, incluindo o sequestro de 251 civis e o assassinato de 1.200 pessoas, a maioria durante um festival de música eletrônica.
Os ativistas serão encaminhados ao porto de Ashdod, em território israelense, e deverão prestar depoimento às autoridades de imigração.
A operação ocorreu semanas após o governo de Benjamin Netanyahu suspender o bloqueio total de ajuda humanitária a Gaza, imposto como forma de pressão sobre o Hamas.
A medida gerou forte repercussão global e acentuou a crise humanitária na região, com escassez de alimentos, medicamentos e combustível.
A Freedom Flotilla Coalition já realizou tentativas anteriores de romper bloqueios em Gaza, mas todas foram interceptadas por Israel.
O grupo alega atuar de forma pacífica, mas autoridades israelenses apontam que a ação é uma forma de propaganda política alinhada com o discurso pró-Hamas.
Não é fácil compreender um conflito com camadas históricas, religiosas, territoriais e políticas.
A maioria dos especialistas do Oriente Médio tem um consenso sobre o conflito entre Israel e Palestina: o ocidente possui uma visão nebulosa sobre o que acontece no Oriente Médio.
A relação entre as sociedades dessa região é complexa e não cabe nas simplificações políticas que são adotadas na visão de franceses, brasileiros ou americanos.
Para analisar o Oriente Médio, é preciso ajustar a lente para a lógica da região. Por esse motivo, a Brasil Paralelo mobilizou a sua equipe para ir até o local e ouvir as pessoas que de fato vivem essa realidade, produzindo o filme From The River To The Sea, entenda a Guerra em Israel.
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