A origem de Jerusalém
Jerusalém tornou-se o centro do Reino Unido de Israel e Judá em 1010 a.C., quando o rei Davi tomou a cidade dos Jebuseus e teve seu palácio construído por Hiram, rei de Tiro, como narrado no Segundo Livro de Samuel.
“O rei Davi firmou então com eles, em Hebron, uma aliança diante do Senhor, e eles ungiram Davi rei sobre Israel. O rei foi, então, com seus homens a Jerusalém, para enfrentar os jebuseus que habitavam a região. (...) Davi foi morar na fortaleza e chamou-a cidade de Davi. Davi fortificou a área em redor, do aterro para dentro, Davi ia crescendo em poder, e o Senhor, Deus dos exércitos, estava com ele” (2Sm 5, 3.9-10).
A importância de Jerusalém para as religiões abraâmicas
A cidade conquistada pelo rei Davi é um marco para todas as religiões com raízes abraâmicas, que descendem do patriarca Abraão.
- Para os judeus, é a cidade sagrada conquistada pelo rei Davi, onde está o templo construído por Salomão para conectar o povo judeu com Deus.
- Para os cristãos, é o local da crucificação de Jesus Cristo, onde ele trouxe a salvação para todos os homens e realizou todas as profecias do Messias.
- Para os muçulmanos, é o local onde o profeta Muhammad ascendeu aos céus.
ONU transforma Israel em um patrimônio internacional
Quando foi criado o Estado judeu de Israel, em 1948, a ONU decidiu transformar Jerusalém em um Corpus Separatum, tornando a cidade um patrimônio internacional, para não ceder a nenhuma das religiões.
Logo em seguida, houve um conflito entre israelenses e árabes. Com o fim da guerra árabe-israelense, em março de 1949, a Organização das Nações Unidas decidiu dividir Jerusalém em duas: uma parte oriental e outra ocidental.
- A parte oriental passou a ser governada pelo Estado de Israel.
- A parte ocidental ficou sob domínio árabe.
Em 1967, uma nova guerra ocorreu no Oriente Médio, quando Israel entrou novamente em conflito contra o Egito, a Síria e a Jordânia. Israel saiu vitorioso no confronto, que ficou conhecido como a Guerra dos Seis Dias.
A Capital de Israel para os Israelitas e seus aliados
Com a vitória, Israel passou a controlar a Faixa de Gaza, a Península do Sinai, a Cisjordânia e Jerusalém Oriental, assumindo o controle total da cidade e transferindo suas sedes governamentais e militares para Jerusalém, considerando-a sua capital.
Em 2017, o então presidente dos EUA, Donald Trump, por meio de um documento oficial, reconheceu Jerusalém como a capital de Israel. O ex-governante também transferiu a embaixada americana de Tel Aviv para Jerusalém. O presidente americano declarou:
"Hoje finalmente reconhecemos o óbvio: que Jerusalém é a capital de Israel. Isso é nada mais nada menos do que o reconhecimento da realidade. Também é a coisa certa a fazer. É algo que tem que ser feito".
A decisão do presidente dos EUA foi reconhecida pelo primeiro-ministro israelense Benjamin Netanyahu como “uma decisão valente e justa” e também como um “marco histórico”.
Por outro lado, países como França, Turquia, Egito, Jordânia e Irã rejeitaram a decisão do ex-presidente dos Estados Unidos. O então presidente do Brasil, Jair Messias Bolsonaro, elogiou e apoiou a decisão de Trump.
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