O Irã é uma República Islâmica. O país é regido pelos princípios e valores do islã xiita. Há divisão entre poder Executivo, Legislativo e Judiciário, tal qual no Brasil e na ampla maioria dos países ocidentais. No entanto, os três poderes são controlados por instituições encarregadas de manter o carater islâmico do Estado.
Por esse motivo, o nome dessa forma de governo é Velayat e Faqih, expressão que indica uma relação de tutela representada pelos poderes religiosos frente às instituições seculares.
A presidência do Irã é colocada na Constituição como o segundo posto oficial mais importante. Dentre as responsabilidades do presidente se destacam:
O ocupante do cargo é eleito por meio de um plebiscito direto a cada quatro anos, podendo se reeleger apenas uma vez.
Para concorrer ao cargo, o candidato deve possuir:
O judiciário iraniano, assim como o Executivo e o Legislativo, opera sob a supervisão da liderança religiosa, tendo o seu chefe indicado pelo Líder da nação.
Os deveres estabelecidos para o judiciário são:
O poder Legislativo é estabelecido pela Assembleia Consultiva Islâmica, um parlamento composto por mais de duzentos e setenta membros eleitos a cada quatro anos por voto direto.
Há um assento garantido para representantes de grupos minoritários como os cristãos armênios, judeus, zoroastras, assírios e cristãos caldeus.
A Assembleia tem capacidade de:
O Conselho dos Guardiões é formado por seis clérigos islâmicos, indicados pelo Líder do país, e por seis juristas, indicados pelo chefe do poder judiciário.
O objetivo maior do Conselho é assegurar a constitucionalidade e o caráter religioso do governo.
São prerrogativas desse órgão de poder teocrático:
O cargo de maior importância dentro do sistema político iraniano é o Líder, assim chamado pela constituição, mas comumente conhecido por “Líder supremo” ou “Aiatolá supremo” nos círculos midiáticos.
O cargo de Líder é ocupado após uma reunião da Assembleia dos Especialistas, instituição formada por 88 membros eleitos diretamente pelo povo com a supervisão do Conselho dos Guardiões.
O cargo de líder é vitalício ao menos em caso de cassação do mandato, cenário de responsabilidade da Assembleia dos Especialistas.
O papel de Líder foi exercido por duas pessoas desde a fundação da República Islâmica em 1979. Apenas o Aiatolá Ruhollah Khomeini e seu sucessor o Aiatolá Ali Khamenei, atual líder do país, já ocuparam o cargo.
Para preencher o cargo de Líder da República Islâmica é necessário ter:
Os poderes do Líder são determinados no artigo 10 e são:
Para saber mais sobre as notícias recentes no país dos persas acesse os links: Hezbollah no Brasil e aliança com Irã e Aliados pressionam Israel a não responder os ataques do Irã.
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