O Irã foi uma monarquia autoritária liderada pelo Xá Reza Pahlavi até a década de 1970, quando o sistema opressivo e as reformas liberais impostas pelo rei levaram a um movimento popular revolucionário liderado pelos Aiatolás, sábios muçulmanos xiitas.
Após a revolução, o país persa deixou de ser um importante aliado americano na região e se tornou uma República Islâmica governada pelo Aiatolá Ruhollah Khomeini.
O chefe do governo revolucionário elaborou um sistema político muito distinto, no qual há divisão entre poder Executivo, Legislativo e Judiciário, porém estes são controlados por instituições encarregadas de manter o carater islâmico do Estado.
O nome dessa forma de governo é Velayat e Faqih, expressão que indica uma relação de tutela representada pelos poderes religiosos frente às instituições seculares.
Diferentemente do Brasil, em que não há distinção entre chefe de governo e de Estado, no Irã estes papéis estão bem delimitados pela Constituição.
O chefe do poder Executivo no país persa é o presidente, reconhecido como a segunda figura oficial mais importante. Dentre suas responsabilidades se destacam:
O presidente é eleito por meio de um plebiscito direto a cada quatro anos, podendo se reeleger apenas uma vez.
Há muitas peculiaridades dentro do processo eleitoral iraniano, para concorrer ao cargo o candidato deve possuir valores e habilidades como:
Todos esses fatores devem ser atestados por um órgão teocrático chamado de Conselho dos Guardiões.
O poder Legislativo é estabelecido pela Assembleia Consultiva Islâmica, um parlamento composto por mais de duzentos e setenta membros eleitos a cada quatro anos por voto direto.
Há um assento garantido para representantes de grupos minoritários como os cristãos armênios, judeus, zoroastras, assírios e cristãos caldeus.
A Assembleia tem capacidade de:
As propostas de leis aprovadas e o processo eleitoral também são monitorados e controlados pelo Conselho dos Guardiões.
O órgão é formado por seis clérigos islâmicos, indicados pelo Líder do país, e por seis juristas, indicados pelo chefe do poder judiciário.
O objetivo maior do Conselho é assegurar a constitucionalidade e o caráter religioso do governo.
São prerrogativas desse órgão de poder teocrático:
O Judiciário iraniano possui uma certa independência, apesar do chefe do poder ser indicado pela figura teológica do Líder da nação, e os deveres estabelecidos para o poder são:
O cargo de maior importância dentro do sistema político iraniano é o Líder, assim chamado pela constituição, mas comumente conhecido por “Líder supremo” ou “Aiatolá supremo” nos círculos midiáticos.
O cargo de Líder é ocupado após uma reunião da Assembleia dos Especialistas, instituição formada por 88 membros eleitos diretamente pelo povo com a supervisão do Conselho dos Guardiões.
A posição é vitalícia, ao menos em caso de cassação do mandato decidida pela Assembleia dos Especialistas.
O papel de Líder foi exercido por duas pessoas desde a fundação da República Islâmica em 1979. Apenas o Aiatolá Ruhollah Khomeini e seu sucessor o Aiatolá Ali Khamenei, atual líder do país, já ocuparam o cargo.
Assim como nas outras posições, para alguém assumir o papel de de Líder da República Islâmica é necessário ter valores e habilidades como:
Fatores observados e confirmados pelo Conselho dos Guardiões e pela Assembleia dos Especialistas.
Os poderes do Líder estão determinados no artigo 10 da constituição, eles são:
A revolução levou o Irã a derrubar uma monarquia ditatorial para estabelecer uma República Islâmica autoritária, em um sistema no qual o voto popular e as instituições seculares estão limitadas ao controle de um rígido poder teocrático.
Cupom aplicado 37% OFF
Cupom aplicado 62% OFF
MAIOR DESCONTO
Cupom aplicado 54% OFF
Assine e tenha 12 meses de acesso a todo o catálogo e aos próximos lançamentos da BP