O governador de São Paulo, Tarcísio de Freitas, afirmou que seu primeiro ato como presidente seria conceder um indulto a Jair Bolsonaro.
“Na hora. Primeiro ato. Porque eu acho que tudo isso que está acontecendo é absolutamente desarrazoado”, disse Tarcísio ao ser questionado sobre a possibilidade de conceder perdão ao ex-presidente.
Que será julgado no Supremo Tribunal Federal por tentativa de golpe a partir da próxima terça-feira (2).
Apesar da fala, Tarcísio voltou a negar intenção de disputar a presidência em 2026.
“Eu não sou candidato. Todo governador de São Paulo é presidenciável, pelo tamanho do estado. Mas vamos pegar na história recente: o último governador de São Paulo a se tornar presidente foi Jânio Quadros, e antes dele Washington Luís”, declarou.
O governador também disse que não confia na Justiça: “Não acredito em elementos para ele ser condenado, mas infelizmente hoje eu não posso falar que confio na Justiça, por tudo que a gente tem visto”, afirmou.
Tarcísio defendeu ainda uma anistia para os condenados por tentativa de golpe. Segundo ele, a medida deve ser construída pelo Congresso como uma “solução política”.
“Essa solução não é novidade, esteve presente em outros momentos do Brasil”, disse, citando desde revoltas do período colonial até o movimento de 1964.
Na entrevista, Tarcísio também cobrou que o presidente da Câmara, Hugo Motta (Republicanos-PB), paute a votação sobre a anistia.
“Os presidentes da Casa têm que submeter isso à vontade do plenário, e não pode ter interferência de outro Poder”, afirmou.
No entanto Motta disse que não há acordo para pautar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.
"A presidência da Câmara é inegociável. A negociação feita para retomar os trabalhos não foi vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo", declarou.
A Primeira Turma do STF começa o julgamento nesta terça-feira (2), às 9h. A denúncia da Procuradoria-Geral da República (PGR) acusa o ex-presidente Jair Bolsonaro e mais sete pessoas.
Segundo a PGR, Bolsonaro foi o “principal articulador, maior beneficiário e autor” das ações para anular as eleições e convocar outras. Ele e os demais réus respondem por:
Se condenado por todas as acusações, Bolsonaro pode pegar até 43 anos de prisão.
Além de Bolsonaro, serão julgados:
O grupo é classificado pela Procuradoria-Geral da República como “núcleo 1”, apontado como o mais importante da suposta organização criminosa.
O relator, ministro Alexandre de Moraes, abrirá a votação. Depois, a PGR terá até duas horas para apresentar seu parecer. Em seguida, a defesa de cada réu terá uma hora para se manifestar.
Após as sustentações, irão votar os ministros Flávio Dino, Luiz Fux, Cármen Lúcia e, por último, Zanin. A ordem, no entanto, pode ser alterada.
Nos bastidores, advogados de Bolsonaro acreditam que Luiz Fux possa pedir vista, o que interromperia o julgamento e adiaria uma decisão final.
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