O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), disse que não há acordo para pautar o projeto de anistia aos envolvidos nos atos de 8 de Janeiro.
Após dois dias de tensão e a ocupação da Mesa Diretora por parlamentares, Motta disse que a negociação para voltar à normalidade não estava ligada ao projeto:
"A presidência da Câmara é inegociável. A negociação feita para retomar os trabalhos não foi vinculada a nenhuma pauta. O presidente da Câmara não negocia prerrogativas, nem com a oposição, nem com o governo", declarou.
No entanto, o portal Poder 360º afirma que Motta estaria disposto a pautar a anistia caso a maioria do Colégio de Líderes da Câmara estivesse de acordo.
O órgão reúne os líderes dos partidos para articular as pautas da semana com o presidente da Câmara.
Deputados da oposição afirmam que a pauta teria apoio dentro do órgão, como disse Maurício Marcon (Podemos-RS) em um vídeo divulgado no X:
“Em parte, quem decide o que vai ser pautado é o colégio de líderes, composto por partidos de centro como União Brasil, Progressistas e PSD, que concordaram em pautar a anistia e o fim do foro privilegiado."
O líder do PL na Câmara, deputado Sóstenes Cavalcante, deixou claro que não houve acordo com Motta e confirmou as negociações com partidos de centro:
“O presidente Hugo Motta não foi chantageado por nós. Ele não assumiu compromisso de pauta nenhuma conosco. Há um compromisso dos líderes dos partidos que eu anunciei. E nós, líderes dos partidos, que compomos a maioria desta casa, vamos pautar, sim, o fim do foro privilegiado e a anistia.”
Sóstenes também pediu “perdão” ao presidente da Câmara e disse que os parlamentares devem buscar reconciliação:
"Nossa atividade é muito maior do que a prisão de um homem inocente como o presidente Bolsonaro. Precisamos de reconciliação nesta Casa."
A tensão começou na terça-feira (5), quando deputados da oposição ocuparam a Mesa Diretora, impedindo o início das sessões.
A ocupação só foi encerrada após um acordo costurado com a ajuda do ex-presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL).
Os parlamentares envolvidos também receberam avisos de que poderiam ter seus mandatos suspensos por até seis meses.
Lideranças do PL e do Novo ainda pressionam pela votação da anistia e da PEC do fim do foro privilegiado, mas cabe ao colégio de líderes decidir os próximos passos.
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