Relator da investigação sobre as fraudes financeiras do Banco Master, Dias Toffoli decidiu retirar o caso da Justiça Federal e levar o inquérito para o STF.
Em um despacho de poucas páginas, determinou o sigilo máximo, impedindo o acesso ao andamento do processo e às decisões adotadas.
Segundo o ministro, a investigação envolveria pessoas com foro privilegiado, no caso o deputado João Carlos Bacelar (PL-BA).
Na última semana de novembro, Toffoli viajou para Lima, no Peru, onde assistiu a final da Libertadores entre Palmeiras e Flamengo.
O voo foi feito em um jatinho privado, ao lado de um advogado que atua diretamente na defesa de um dos investigados no caso do Banco Master.
A viagem ocorreu no dia 28 de novembro. Dois dias depois, o ministro impôs sigilo ao inquérito sobre o banco.
Desde então, todas as medidas judiciais relacionadas ao caso só podem ser realizadas com autorização da Suprema Corte.
No avião estavam presentes o advogado Augusto Arruda Botelho, ex-secretário nacional de Justiça do governo Lula e debatedor na CNN, e defensor de Luiz Antonio Bull, ex-diretor de compliance do Banco Master.
Bull havia sido preso e posteriormente foi solto no mesmo processo que atingiu o banqueiro Daniel Vorcaro. A aeronave pertence ao ex-senador e empresário Luiz Oswaldo Pastore (MDB).
A viagem causou questionamentos sobre a isenção do ministro no processo e alimentou críticas às ações de Tóffoli no caso.
O jurista André Marsiglia, especialista em liberdade de expressão, destacou que o sigilo de Toffoli oculta aspectos como o nome dos advogados e alguma nova decisão do ministro:
“Você percebe a gravidade? É uma caixa-preta. O caso navega no escuro completo nas mãos do Toffoli daqui para frente”
Segundo a CNN, Toffoli alegou a interlocutores que é amigo de Pastore há anos e não é próximo de Botelho.
Além disso, ele diz que o caso ainda não havia chegado formalmente ao seu gabinete no momento da viagem e que o tema do voo foi exclusivamente futebol.



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