Em 1534, a Igreja Anglicana se separou de Roma após decisão do rei Henrique VIII. Desde então, nenhum monarca britânico jamais participou em um evento religioso com o papa.
O rei Charles III rompeu com essa regra pela primeira vez em quase 500 anos, ao rezar com Leão XIV em uma cerimônia ecumênica.
O tema da celebração foi a proteção do meio ambiente, causa defendida há décadas por Charles. Os corais da Capela Sistina e da Capela de São Jorge, do Castelo de Windsor, cantaram juntos sob os afrescos de Michelangelo.
Como sinal de comunhão espiritual, o rei foi nomeado “Confrade Real” na Basílica de São Paulo Extramuros. O monarca retribuiu com um título honorário ao papa: “Confrade Papal da Capela de São Jorge”.
O professor de História Eclesiástica de Oxford, William Gibson, destacou a importância histórica do encontro em entrevista para a AFP:
"É um evento histórico… De 1536 a 1914, não houve relações diplomáticas oficiais entre o Reino Unido e a Santa Sé".
O professor também salientou que o rei é obrigado a ser protestante pela lei inglesa. Houve uma leve flexibilização em 2013, quando foi autorizado que membros da família real pudessem se casar com católicos e manter seu lugar na linha de sucessão.



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