O Vaticano publicou o seu primeiro Relatório Anual sobre Políticas e Procedimentos de Proteção na Igreja.
O documento que expõe deficiências estruturais, desafios culturais e lacunas jurídicas no enfrentamento aos abusos sexuais cometidos por sacerdotes.
O texto, preparado pela Pontifícia Comissão para a Proteção de Menores, representa um marco na tentativa da Santa Sé de restaurar a credibilidade institucional e oferecer um caminho de conversão real.
"Se não houver progresso, os fiéis continuarão a perder a confiança nos seus pastores, tornando cada vez mais difícil a proclamação e o testemunho do Evangelho", advertiu o Papa Francisco em mensagem que introduz o documento.
O Relatório é fruto de uma consulta sinodal a diversas igrejas locais e institutos religiosos.
Com base na análise de cerca de 20 dioceses e instituições, o texto reconhece que há uma ausência de padronização, transparência e celeridade nos processos canônicos, o que tem causado re-traumatização em vítimas e sobreviventes de abuso.
Entre os sete pontos críticos destacados pela Comissão, estão:
"A resposta da Igreja aos abusos não pode reproduzir os mesmos erros do passado. Precisamos de um compromisso com a verdade, a justiça e a reparação", diz um trecho do relatório.
Outro destaque é a insistência na profissionalização das equipes de proteção e no oferecimento de formação formal em diversas partes do mundo, onde a Igreja ainda enfrenta barreiras culturais e resistências locais.
"Este relatório é um instrumento de conversão… Não apenas documenta o que precisa melhorar, mas também oferece caminhos concretos para avançar.", afirma a Comissão.
A publicação também sublinha a urgência de estabelecer políticas claras de indenização e de garantir “medidas que impeçam a reincidência”.
“A Comissão está convencida de que, para a Igreja, proteger os mais vulneráveis não é opcional, mas parte essencial de sua missão evangélica”, conclui o documento.
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