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Para o Islã, Jesus não é Deus, mas um importante profeta. Os muçulmanos enxergam Ele como o penúltimo mensageiro de Allah, uma figura que anuncia a vinda de Maomé.
“Jesus impôs aos seus discípulos que estes aceitem Ahmad (um dos nomes do Profeta)... Os verdadeiros cristãos aceitaram-no.” Está escrito no Alcorão, o livro sagrado dos muçulmanos.
No entanto, a forma como eles o enxergam mantém algumas semelhanças com a maneira como os cristãos entendem.
Na grande maioria das vertentes cristãs, Jesus é parte de uma Trindade formada por ele, pelo Pai e pelo Espírito Santo.
A tradição afirma que este é um mistério revelado e, por tanto, não pode ser plenamente compreendido.
Santo Atanásio descrevia a Trindade em seu credo, afirmando que “a fé católica consiste em adorar um só Deus em três Pessoas e três Pessoas em um só Deus. Sem confundir as pessoas nem separar a substância.”
"O Pai é Deus, o Filho é Deus, o Espírito Santo é Deus. Contudo, não há três deuses;
há apenas um Deus", continua o santo.

O Islã rejeita o conceito, afirmando que seria uma forma de equiparar Jesus a Deus, ou até uma espécie de politeísmo.
Além disso, há uma passagem no Corão na qual Allah fala questiona Cristo sobre a adoração a sua figura:
“E recordar-te de quando Deus disse: Ó Jesus, filho de Maria! Foste tu quem disseste aos homens: Tomai a mim e a minha mãe por duas divindades, em vez de Deus? Respondeu: Glorificado sejas! É inconcebível que eu tenha dito o que por direito não me corresponde. Se tivesse dito, tê-lo-ias sabido, porque Tu conheces a natureza da minha mente, ao passo que ignoro o que encerra a Tua. Somente Tu és Conhecedor do incognoscível.”
Jesus segue afirmando que mandou seus seguidores adoraram apenas a Deus e destacou que suas palavras vão na contramão dos que o adoram:
“Não lhes disse, senão o que me ordenaste: Adorai a Deus, meu Senhor e vosso! E enquanto permaneci entre eles, fui testemunha contra eles; e quando quiseste encerrar os meus dias na terra, foste Tu o seu Único observador, porque és Testemunha de tudo”
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Os muçulmanos acreditam que Maria deu à luz a Jesus sendo virgem, da mesma forma que o cristianismo prega.
Um trecho do Corão retrata o encontro dela com o arcanjo Gabriel, tradicionalmente reconhecido como mensageiro de Deus. Na passagem, Maria estava sozinha quando ele apareceu personificado como um “homem perfeito”.
Ela se assusta e pede para o anjo se afastar, porém Gabrie se revela e conta a natureza de sua missão:
“Sou tão-somente o mensageiro do teu Senhor, para agraciar-te com um filho imaculado.”
Maria questiona a possibilidade de engravidar mesmo sem ser tocada por nenhum homem, ao que o anjo respondeu:
“Como poderei ter um filho, se nenhum homem me tocou e jamais deixei de ser casta? Disse-lhe: Assim será, porque teu Senhor disse: Isso Me é fácil! E faremos disso um sinal para os homens, e será uma prova de Nossa misericórdia”.
Em outro trecho do Alcorão sobre o anúncio a Maria, Jesus é tratado como o “Verbo” de Deus:
“E quando os anjos disseram: Ó Maria, por certo que Deus te anuncia o Seu Verbo, cujo nome será o Messias, Jesus, filho de Maria, nobre neste mundo e no outro, e que se contará entre os diletos de Deus.”
Na Bíblia também existem referências a Jesus como o Verbo divino, em especial o Evangelho segundo João, que começa com a seguinte passagem:
“No princípio era o Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus. Ele estava no princípio com Deus. Todas as coisas foram feitas por ele, e sem ele nada do que foi feito se fez… E o Verbo se fez carne, e habitou entre nós, e vimos a sua glória, como a glória do unigênito do Pai, cheio de graça e de verdade.”
Ao longo do Corão existem várias referências a milagres realizados por Jesus. Alguns deles mencionados na Bíblia e outros em textos que ficaram de fora, conhecidos como apócrifos.
Entre os principais listados no livro do islã estão curas milagrosas, a ressuscitação de mortos e até transformar aves de barro em animais reais.
Em um trecho do livro sagrado dos muçulamnos há uma lista das realizações dele e as separa entre as apócrifas e canônicas:
“Este milagre dos pássaros de barro é encontrado em alguns Evangelhos apócrifos; os da cura dos cegos e dos leprosos, e o da ressurreição dos mortos, encontram-se nos Evangelhos canônicos.”
Os cristãos acreditam que Jesus morreu na cruz para salvar a humanidade do pecado. O islã, por outro lado, não acredita que Jesus tenha morrido.
Um trecho do Corão afirma que os fariseus se enganam ao acreditar que crucificaram Cristo e isso teria sido uma simulação:
“E por dizerem: Matamos o Messias, Jesus, filho de Maria, o Mensageiro de Deus, embora não sendo, na realidade, certo que o mataram, nem o crucificaram, senão que isso lhes foi simulado.”
Para o islã, Jesus foi levado antes da crucificação, como está escrito no livro sagrado:
“Outrossim, Deus fê-lo ascender até Ele, porque é Poderoso, Prudentíssimo”.
Não é certo o que aconteceu na crucificação. Segundo o Grupo de Estudos Islâmicos da Universidade de Berkeley, a maioria dos muçulmanos acreditam que Ele foi substituído:
“Entre os muçulmanos, o primeiro modelo é o mais popular. Alguns, como Ibn Iṣḥāq, Mujāhid, Qutāda e Ṭabarī, afirmaram que ou um inimigo de Jesus Cristo foi crucificado como punição, ou um apóstolo se ofereceu para ser martirizado no lugar de Jesus.”
Assim como os cristãos, os muçulmanos acreditam em uma segunda vinda de Cristo para participar do juízo final:
“Nenhum dos adeptos do Livro deixará de acreditar nele (Jesus), antes da sua morte, que, no Dia da Ressurreição, testemunhará contra eles.”
Segundo o site Religion of Islam, os muçulmanos acreditam que Jesus voltará para “provar sua mortalidade e refutar as falsas crenças que as pessoas mantêm”.
Assim, Jesus viverá uma vida normal, casará e morrerá como um ser humano comum. Ele também derrotará o anticristo e levará o mundo para uma era de paz e fidelidade a um só Deus.
Algumas interpretações apontam que o anticristo será derrotado por uma outra figura conhecida como Mahdi.
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