O regime comunista chinês prendeu mais de 30 pastores da Zion Church, uma das igrejas evangélicas não registradas mais influentes no país.
As prisões aconteceram após ações coordenadas em diversas províncias, incluindo Pequim, Guangxi, Zhejiang e Shandong.
O fundador da igreja, o pastor Ezra Jin Mingri, está entre os detidos. Ele foi preso em sua casa na cidade de Beihai, no sul do país.
Segundo a agência Reuters, as acusações contra os religiosos se baseiam no crime de “uso ilegal de redes de informação”, o que pode render uma pena de até 7 anos em prisão.
O pastor Sean Long Fei, porta-voz da Zion Church que vive nos EUA, comentou que já havia conversado com Mingri sobre a possibilidade dele ser preso:
“Recentemente, perguntei ao meu pastor principal, Ezra: ‘E se eles também o prenderem e colocarem sob controle todos os nossos cerca de 50 ministros e funcionários?’ Em vez de ‘De jeito nenhum!’, não esperava que a primeira palavra a sair da boca dele fosse ‘ALELUIA!” Ele disse: “Seguir-se-á uma nova onda de AVIVAMENTO!”
Segundo Long, ao menos 150 fiéis passaram por interrogatórios com as autoridades chinesas.
O secretário de Estado dos EUA, Marco Rubio, criticou as prisões e exigiu a libertação do pastor:
“Os Estados Unidos condenam a recente detenção, pelo Partido Comunista Chinês, de dezenas de líderes da Igreja Zion não registrada na China, incluindo o proeminente pastor Mingri “Ezra” Jin. Pedimos a sua libertação imediata.”
O líder do Comitê de relações Exteriores do Congresso Americano também se manifestou favorável à libertação dos detidos:
“A China deve libertar imediatamente Ezra Mingri Jin, juntamente com outros líderes da Igreja Zion. As pessoas na China devem ser livres para praticar sua religião sem medo da interferência do governo.”
Essa é a maior operação de repressão contra um grupo religioso na China desde 2018, quando as regras para o compartilhamento de mensagens religiosas se tornaram mais duras.
Chats online que tenham mensagens cristãs são fechados, no mesmo ano, o governo proibiu as atividades da Zion Church.
Na época, a igreja havia se recusado a autorizar câmeras de vigilância em sua sede na capital Pequim.
A igreja foi fundada em 2007 pelo pastor Mingri. Atualmente conta com mais de 5 mil fiéis espalhados em 40 cidades.
No país as igrejas podem existir, desde que cumpram regras rígidas estabelecidas pelo governo.
Atualmente, o Partido Comunista Chinês reconhece e autoriza apenas 5 religiões:
Todas são obrigadas a ensinar doutrinas estabelecidas pelo governo. Religiosos que não aceitam podem ser aprisionados e enviados a “campos de reeducação”.
O Ministério de Assuntos Religiosos da China também obriga igrejas locais a exibirem placas pró-comunismo em frente aos templos.
Os textos incluem slogans como “Ame o Partido Comunista, ame o país e ame a religião”. Ao mesmo tempo, autoridades proíbem cruzes nos telhados alegando “riscos à segurança".
Entenda como a China foi dominada pelo Partido Comunista com o último episódio do épico História do Comunismo. Assista ao primeiro episódio da série abaixo:
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