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Um homem culto com longas barbas brancas apaixonado pelas ciências, assim que muitos se lembram de Dom Pedro II, o imperador que liderou o país por quase 50 anos.
Pedro nasceu no dia 2 de dezembro de 1825, no Palácio de São Cristóvão. O quarto filho de Dom Pedro I com a imperatriz Maria Leopoldina, ele herdou o trono por conta da morte de seus irmãos mais velhos.
Sua mãe faleceu em 1826, quando ele tinha apenas um ano. Quatro anos depois, seu pai deixou o Brasil em meio à turbulência política e retornou a Portugal, onde lutou em uma guerra civil contra o próprio irmão.
Dom Pedro II passou a ser tutorado por José Bonifácio, que foi afastado em 1833 em meio a articulações políticas. Ele foi substituído por Manuel Inácio de Andrade Souto Maior, o Marquês de Itanhaém.
Na época o Brasil era governado por regentes escolhidos por Dom Pedro I enquanto seu filho não alcançasse idade suficiente para assumir o posto de imperador.
Ascensão política e o golpe da maioridade
Coroação de Pedro II. Imagem: Politize!
A época, que ficou conhecida como Período Regencial, foi marcada por instabilidades políticas e disputas de poder nas elites. As principais revoltas foram:
Cabanagem (Pará);
Balaiada (Maranhão);
Revolta dos Malês (Bahia);
Sabinada (Bahia); e
Revolução Farroupilha (Rio Grande do Sul)
Para restaurar a ordem, as elites políticas associadas ao que se tornaria o partido Liberal sua chegada ao trono.
Com apenas 14 anos, ele foi coroado imperador em um evento que ficou conhecido como o “Golpe da Maioridade”.
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Um imperador das artes, das ciências e do progresso
Gravura de Dom Pedro II observando o planeta Vênus na luneta de 24 cm do Observatório de Juvisy, na França. Imagem: Sociedade Astronômica da França
Dom Pedro II construiu uma imagem muito além do poder político: foi, sobretudo, um intelectual e patrono das artes e das ciências.
Culto e curioso, mantinha correspondência com cientistas e pensadores europeus, participando de feiras de inovações.
Durante seu reinado, foram realizadas transformações importantes na economia e na infraestrutura, como estradas de ferro, telefone, instalação de gás nas ruas, expansão da agricultura e do comércio.
Além disso, o imperador promoveu o país para o exterior. Falante de mais de 20 idiomas, o monarca manteve contato com personalidades internacionais e buscando tornar o Brasil parte do mundo moderno.
A luta pela abolição da escravidão
Embora o regime escravocrata persistisse durante boa parte de seu governo, Dom Pedro II conviveu com o movimento escravagista.
Segundo o historiador Paulo Rezzutti para o portal Aventuras na História, o imperador defendia uma abolição gradual, uma vez que temia perder o trono para a elite escravocrata.
Leis importantes para impossibilitar a escravidão de forma lenta marcam esse período, como:
a Lei Eusébio de Queirós, 1850 (proibição do tráfico negreiro);
a Lei do Ventre Livre (1871); e
a Lei dos Sexagenários (1885).
Ele também explicou que sua ausência na assiantura da Lei Áurea, que acabou com a escravidão, fazia parte de uma estratégia para dar mais protagonismo a sua filha, a princesa Isabel.
O fim da monarquia: exílio e morte
Gravura retratando o funeral de Dom Pedro II. Imagem: Aventuras na História.
Com o desgaste político, o ideal republicano ganhou força política. Em 15 de novembro de 1889, a monarquia foi derrubada e proclamada a República.
No dia seguinte, Dom Pedro II e sua família foram expulsos do país. Dom Pedro morou em Paris, cultivando seu amor por livros, estudos e cultura.
Em 5 de dezembro de 1891, aos 66 anos, Dom Pedro II faleceu vítima de pneumonia. Seus restos mortais só retornaram ao Brasil em 1921, após a revogação das leis de banimento.
Ele foi enterrado junto com um saco de terra brasileira, que foi encontrado em seus aposentos com a mensagem:
“É terra de meu país. Desejo que seja posta no meu caixão, se eu morrer fora de minha pátria”.
Suas últimas palavras foram: “Deus que me conceda esses últimos desejos, paz e prosperidade ao Brasil”.
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