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Atualidades
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Conheça a história do feriado da proclamação da República

Historiadores explicam que a proclamação teve características de golpe de Estado.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
15/11/2023 12:41
Quadro de Henrique Bernadelli retratando o Marcehal Deodoro da Fonseca.

Os historiadores Thomas Giuliano, Rafael Nogueira, Bruno Garschagen e outros estudiosos do tema afirmaram que o feriado conhecido como Proclamação da República foi um movimento impopular.

Segundo eles, os militares proclamaram a República sem um respaldo de grande parte da população e sem possibilidades legais para tomar tal ação.

Entenda agora a história por trás do feriado.

Discursando no Parlamento após manifestações republicanas, meses antes de 15 de novembro de 1889, o deputado Joaquim Nabuco declarou:

"[Ficarei] com o povo defendendo a monarquia, porque não há na república lugar para os analfabetos, para os pequenos, para os pobres. O partido republicano é tanto um partido de classe como os dois partidos monárquicos”.

Os historiadores citados dizem que os militares se reuniram, proclamaram a República e decretaram a expulsão de Dom Pedro II de forma imediata, sem o povo saber o que estava acontecendo.

O Imperador estava em Petrópolis quando recebeu a notícia. Os republicanos lhe deram apenas 24 horas para que deixasse o país. Mesmo assim, temendo o apoio do povo, seu embarque foi antecipado.

A família real retornou a Portugal de madrugada. E assim se tem a queda da monarquia no Brasil.

A Proclamação da República nasceu sem grande apoio do povo brasileiro. Um jornalista da época, Aristídes Lobo, retrata o sentimento da população no momento:

“Rio de Janeiro, 15 de novembro de 1889.

Eu quisera poder dar a esta data a denominação seguinte: 15 de novembro, primeiro ano de República; mas não posso infelizmente fazê-lo. O que se fez é um degrau, talvez nem tanto, para o advento da grande era.

Em todo o caso, o que está feito, pode ser muito, se os homens que vão tomar a responsabilidade do poder tiverem juízo, patriotismo e sincero amor à liberdade. Como trabalho de saneamento, a obra é edificante. 

Por ora, a cor do Governo é puramente militar, e deverá ser assim. O fato foi deles, deles só, porque a colaboração do elemento civil foi quase nula.

O povo assistiu àquilo bestializado, atônito, surpreso, sem conhecer o que significava. Muitos acreditaram seriamente estar vendo uma parada. Era um fenômeno digno de ver-se. 

O entusiasmo veio depois, veio mesmo lentamente, quebrando o enleio dos espíritos. Pude ver a sangue-frio tudo aquilo. Mas voltemos ao fato da ação ou do papel governamental. Estamos em presença de um esboço, rude, incompleto, completamente amorfo.

Bom, não posso ir além; estou fatigadíssimo, e só lhe posso dizer estas quatro palavras, que já são históricas.

Acaba de me dizer o Glycerio que esta carta foi escrita, na palestra com ele e com outro correligionário, o Benjamim de Vallonga.

E no meio desse verdadeiro turbilhão que me arrebata, há uma dor que punge e exige o seu lugar – a necessidade de deixar temporariamente, eu o espero, o Diário Popular.

Mas o que fazer? O Diário que me perdoe; não fui eu; foram os acontecimentos violentos que nos separaram de momento.

Adeus.

Aristides Lobo”

Desde que a República brasileira começou, em menos de 100 anos já foram 37 governos e 6 constituições diferentes.

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