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História
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Quando o governo russo matou reféns com arma química durante um atentado terrorista

Cerca de 130 reféns morreram após ação das forças especiais russas contra jihadistas.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
18/11/2025 15:28
Gordon Belray

Os olhos do mundo se voltavam para Moscou em outubro de 2002, quando 40 terroristas islâmicos fizeram mais de 900 reféns em um teatro na capital russa

O ataque ao Teatro Dubrovka foi um dos episódios mais marcantes na história das operações especiais.

Terroristas ameaçaram explodir o prédio com reféns dentro

Em 23 de outubro de 2002, 912 pessoas estavam assistindo ao segundo ato do musical A operação das forças especiais de Putin utilizou uma arma química secreta e chocou por causar mais de 100 mortes, uma das peças mais populares do país, no Teatro Dubrovka. 

O espetáculo foi interrompido por mais de 40 militantes chechenos invadiram o edifício

Os terroristas estavam armados com fuzis e coletes bombas. Explosivos foram posicionados por todo o teatro e eles ameaçavam destruir o prédio com todos dentro. 

A construção era um antigo edifício da era soviética e se transformou na prisão perfeita com poucas saídas facilmente controláveis.

Nas primeiras horas do sequestro, os invasores libertaram um grupo de reféns vulneráveis, principalmente crianças, mulheres grávidas e estrangeiros.

Em meio ao caos, uma comerciante chamada Olga Romanova entrou no teatro e instigou os reféns a se rebelarem, sendo executada pelos terroristas

Após 48 horas, um dos líderes do atentado disse que começaria a executar os reféns se as exigências não fossem atendidas.

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Jihadistas pediam o fim da guerra na Chechênia

Eles exigiam a retirada imediata das tropas na Chechênia. A região vivia uma guerra entre separatistas islâmicos e o governo russo.

O conflito havia durado de 1994 e 1996 e voltará à atividade em 1999, no que ficou conhecido como Segunda Guerra da Chechênia.

Operação russa utilizou armas químicas e causou a morte de 130 reféns

Para ganhar tempo e atrasar as negociações, o governo russo colocou o general responsável pelas movimentações na Chechênia no telefone com o líder terrorista.

A estratégia evitou o derramamento de sangue enquanto as forças especiais russas antiterroristas, os Spetsnaz Alfa, preparavam uma operação sem precedentes.

Com o aval do presidente Vladimir Putin, os comandos lançaram um gás no sistema de ventilação do teatro

O composto, cuja fórmula nunca foi oficialmente revelada, era um derivado do fentanil, opioide sintético extremamente potente.

Após os jihadistas que estavam na área dos reféns apagarem, as tropas invadiram o prédio e eliminaram os terroristas restantes em menos de 10 minutos.

Terroristas apagadas pelo gás durante a operação. Imagem: Radio Free Europe.

Ao menos 130 reféns morreram por causa do gás. Muitos dos sobreviventes sofreram sequelas permanentes. 

Os serviços médicos não foram informados sobre o tipo de gás usado, dificultando o tratamento das vítimas. 

Ambulâncias demoraram a chegar por conta de ruas obstruídas e a operação de resgate foi marcada por improviso.

O governo russo classificou a operação como uma vitória contra o terrorismo. Putin pediu desculpas em rede nacional por não conseguir salvar todos os reféns, mas reforçou que a Rússia não negociaria com terroristas.

Putin visitando reféns internados. Imagem: Reprodução.

A tragédia foi usada como justificativa para aprovar leis antiterrorismo mais duras e aumentar o controle sobre a imprensa

Em 2004, o padrão se repetiria com outro ataque a uma escola em Beslan, que deixou mais de 300 mortos.

Reação das famílias é dividia

Muitos dos parentes de vítimas da tragédia acusam a operação de ter sido irresponsável com a vida dos reféns.

A diretora da organização Nord-Ost, Tatiana Kárpova, questionou como dos terroristas conseguirem articular uma ação deste tamanho na capital em um evento memorial:

"Como foi permitida a entrada em Moscou de um grupo armado até os dentes, com fuzis e cintos de explosivos? Como foi possível entrarem na cidade sem que as patrulhas policiais percebessem?"

No entanto, sobreviventes como Modest Silin chegaram a declarar seu apoio a Putin e defender a ação das forças especiais:

Morreram 140, mas, se não tivesse havido resgate, teriam morrido todos os 900 reféns… Todos os terroristas precisam ser aniquilados fisicamente através da ação militar”, chegou a afirmar à BBC.

O presidente russo governa o país desde o início do século XXI, deixando o cargo de presidente apenas entre 2008 e 2012.

A Brasil Paralelo investigou a trajetória de um dos nomes mais polêmicos da política mundial em um especial de Face oculta. Assista completo abaixo:

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