Na manhã de 11 de junho de 1865, o destino da maior guerra já travada na América do Sul foi decidido nas águas do rio Paraná.
Naquele dia, o Brasil venceu a Batalha do Riachuelo, impedindo o Paraguai de acessar o mar e garantindo a vitória da Tríplice Aliança.
A esquadra foi comandada por Francisco Manuel Barroso, que seguia a estratégia de bloqueio naval do Almirante Joaquim Marques Lisboa, comandante das Forças Navais Brasileiras.
A vitória sobre as tropas de Solano Lopez levou o Império a reconhecer o trabalho do almirante, que foi empossado como marquês de Tamandaré.
Em 1925, ele se tornou oficialmente patrono da Marinha brasileira e o dia de seu nascimento, 13 de dezembro, passou a ser celebrado como o Dia do Marinheiro.
Marquês de Tamandaré: uma trajetória que se mistura à história do Brasil
Tamandaré dedicou quase 60 anos à Armada Imperial. Nascido em 1807 no Rio Grande do Sul, entrou para a Marinha com apenas 15 anos, durante a Guerra da Independência.
Sua atuação se estendeu por toda a formação do Brasil como Estado nacional. No Período Regencial, participou da pacificação de revoltas em diferentes regiões do país.
Em setembro de 1859 foi nomeado o comandante de divisão que acompanharia a família real em sua visita pelo Nordeste. Após a viagem, foi empossado como barão de Tamandaré.
Cinco anos depois, se tornou chefe das forças navais em operações no rio da Prata e comandou a intervenção brasileira na guerra civil uruguaia.
Sua atuação durante o conflito fez com que ele liderasse as Forças navais brasileiras durante o conflito que se seguiu contra o Paraguai. Ele deixou o comando em 1866, por questões de saúde.
Após a guerra, assumiu cargos importantes dentro e fora das forças armadas do império, como:
- ajudante de campo do Imperador;
- gentil-homem da Imperial Câmara;
- ministro do Supremo Tribunal Militar; e
- membro do Conselho Superior Militar.
Marquês tentou resistir à proclamação da República
Fiel ao império, Tamandaré chegou a pedir autorização para que Dom Pedro II o deixasse mobilizar à armada imperial contra a República. O imperador negou e foi exilado na Europa, onde morreu anos depois.
Insatisfeito com o novo regime, o almirante deixou as Forças Armadas e repousou em sua casa, falecendo em março de 1897. Em seu testamento, pediu um enterro humilde e reafirmou sua lealdade à família real.
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