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Adolf Hitler tinha grande admiração por Benito Mussolini, e via no regime do ditador italiano um caminho a ser seguido pela Alemanha.
É consenso que o nazismo é uma ideologia inspirada pelo movimento e visão de mundo fascista.
O historiador Richard Evans, autor da Trilogia do Terceiro Reich e um dos entrevistados para o épico História do Fascismo, destaca que os dois regimes tiveram pontos semelhantes, como:
ênfase no militarismo;
nos uniformes;
na disciplina;
retórica semelhante;
ataques à democracia; e
nacionalismo extremo.
No entanto, ele destaca que os dois movimentos tem algumas diferenças políticas e ideológicas, especialmente em questões como:
antissemitismo;
visão racial; e
proximidade com a Igreja Católica.
Entenda algumas das principais diferenças entre essas duas ideologias:
Antissemitismo
Pôster nazista colocando o judeu como “figura oculta” por trás do comunismo e dos EUA. Imagem: Holocaust Encyclopedia.
Uma das principais crenças do nazismo era a visão de que a comunidade judaica era um inimigo do regime.
Essa visão se baseia em teorias da conspiração que afirmam um plano dos judeus para dominar o mundo, controlando o movimento comunista e o grande capital.
Por esse motivo, o regime nazista estabeleceu uma série de políticas contra os judeus, como proibições a casamentos, apreenção de propriedades e até o extermínio em massa.
O regime italiano, por outro lado, não olhava para os judeus como inimigos do Estado e só passou a adotar políticas contra essa população por influência alemã.
Visão racial
Alemão medindo a cabeça de uma mulher, na época o tamanho do crânio era usado para afirmar a superioridade racial. Imagem: Revista Pesquisa Fapesp.
Especialistas como Richard Evans destacam que ambas as ideologias tinham visões de mundo racistas.
Durante entrevista para a Brasil Paralelo, Evans destaca a forma como o fascismo inferioriza os africanos, em especial os etíopes.
No entanto, a pseudociência e os conceitos de eugenia eram fundamentais para a ideologia nazista.
O nacionalismo étnico é um dos principais pontos da visão de mundo defendida por Adolf Hitler e seus seguidores.
Eles acreditavam na superioridade da raça ariana, um antigo grupo étnico indo-europeu que teria dado origem aos alemães.
Assim que chegaram ao poder, os nazistas criaram um rígido quadro de leis para a segregação, conhecido como Leis de Nuremberg.
O fascismo italiano não está centrado na ideia de raça, mas sim em conceitos como nação e Estado.
Durante uma entrevista com Emil Ludwig em 1932, Mussolini chegou a dizer que a ideia de raça é “uma ilusão”:
“Já declarei, ao longo de uma destas conversas, que não existe uma raça pura! A crença de que ela existe é uma ilusão da mente, um sentimento.”
Apesar da fala, a Itália também adotou leis segregacionistas em 1938, como um reflexo da aproximação com o regime nazista.
Relação com a Igreja Católica
Mussolini com autoridades da Igreja Católica. Imagem: Brindes University.
Em suas raízes, o fascismo era crítico à Igreja Católica, o movimento chegou a exigir “a apreensão de todos os bens das congregações religiosas e a abolição das mesas episcopais”.
No entanto, Mussolini se aproximou do clero à medida em que buscou se consolidar no poder.
Ele chegou a assinar o tratado de Latrão, em 1929, reconhecendo a independência do Vaticano e concordando em pagar indenizações para a Igreja.
O ditador chegou a tornar o ensino religioso obrigatório nas escolas, adotar feriados religiosos e instalar crucifixos em locais públicos.
Evans destaca a importância dessa aliança para o regime fascista e os motivos para esse arranjo:
“O fascismo italiano era muito próximo da Igreja Católica, afinal o papa morava em Roma e quase todos os italianos são católicos, então Mussolini não poderia ofender os católicos”.
O nazismo, por outro lado, não era influenciado pela Igreja, conseguindo estabelecer políticas contrárias à visão da instituição, como a esterilização forçada.
Essas são algumas das diferenças mais marcantes entre os dois regimes. Entenda melhor o que foi o fascismo com o épico História do Fascismo.
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