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J.R.R. Tolkien – o pai da literatura fantástica

Conheça a biografia e a obra de J.R.R. Tolkien. O criador da saga O Senhor dos Anéis já participou até de confrontos da Primeira Guerra Mundial.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
12/9/2022 13:02
Tolkien em sua sala

J.R.R. Tolkien, o pai da Terra Média, foi responsável por criar histórias, universos completos, mitologias e até línguas com alfabeto e escrita. Suas obras se eternizaram com icônicos personagens e o autor é tido como o pai da literatura fantástica. Conheça sua vida e biografia.

O que você vai encontrar neste artigo?

Infância

Em 1892 nasceu J.R.R. Tolkien, a sigla abrevia o nome John Ronald Reuel Tolkien. O premiado escritor, professor e filólogo nasceu em Bloemfontein, um território no continente africano pertencente ao Império Britânico.

Tolkien viveu seus primeiros anos de vida num território no interior da atual África do Sul. Seu pai tinha negócios na região.

Aos três anos passou férias em Birmingham com sua mãe e irmão, em 1895. Em dezembro daquele ano, Tolkien se divertiu ao ver pela primeira vez uma árvore de Natal. Em fevereiro do ano seguinte ditou uma carta a seu pai:

“Querido, papai
Estou tão contente de voltar para vê-lo, faz tanto tempo que nos afastamos do senhor. Espero que o navio nos leve todos de volta para o senhor, mamãe e o bebê e eu. Sei que vai ficar muito contente de receber uma carta de seu pequeno Ronald [...] Mamãe diz que o senhor não vai reconhecer o bebê ou a mim, ficamos homens grandes; temos tantos presentes de Natal para lhe mostrar [...]”

A carta não foi enviada. Pouco tempo depois de escrevê-la, Ronald recebeu a notícia do falecimento de seu pai.

Sua mãe, Mabel Tolkien, nunca mais voltou para a África do Sul. A família se mudou para uma casa cercada por florestas naturais no interior da Inglaterra, em Birmingham. Tolkien no futuro confessou que estes foram os anos mais felizes de sua infância.

“Na verdade, não sei por que, sempre fui muito atraído por árvores. Todas as minhas obras são repletas de árvores. Na verdade, acho que gostaria de conversar com uma árvore para descobrir o que ela acha das coisas”. J.R.R. Tolkien

Mabel Tolkien recebia ajuda financeira de sua família para sustentar seus filhos. Ela também cuidava da educação deles, lendo livros clássicos e dando-lhes formação religiosa.

Mabel passou a levar os filhos a uma igreja católica de sua cidade. O restante da família reprovou a atitude da mãe e parou de mandar dinheiro.

Quem passou a ajudar a mãe com seus dois filhos pequenos foi o padre jesuíta Francis Xavier Morgan. Sua ajuda foi crucial para a vida de Tolkien, em 1904 Mabel faleceu.

Além de tutor, o padre se tornou responsável pelos irmãos. Tolkien declarou em uma entrevista que o ensino rígido do sacerdote o livrou das garras do liberalismo.

Com apenas 16 anos, John se apaixonou por Edith Bratt, com quem manteve um relacionamento escondido por um breve período, mas logo o padre Morgan o proibiu de namorá-la até completar 21 anos.

Início da carreira

No ano de 1910, J.R.R. Tolkien é admitido na Universidade de Oxford. Seus estudos contemplam temas como filologia, mitologia nórdica, literatura clássica e a língua alemã. Outro tema que despertou seu interesse foi o período medieval.

Nesse mesmo ano, tentou reatar laços com sua antiga amada. Ela estava noiva de outra pessoa. Isso não desanimou Tolkien, ele enviou cartas declarando seu amor e Edith admitiu ainda amá-lo.

O amor da juventude de ambos foi concretizado em março de 1916, quando Edith e Tolkien se casaram.

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Foto de J.R.R. Tolkien e Edith Bratt.

Em 1915, Tolkien foi convocado para lutar na guerra pelo exército britânico. A primeira grande guerra foi um período prolongado de horror, carnificina e colapso civilizacional. Essa experiência marcou profundamente a vida de J.R.R. Tolkien.

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Ele dividiu as trincheiras com alguns amigos de um círculo literário que frequentava na universidade. Todos os horrores da guerra abriram os olhos de Tolkien para o valor da amizade.

Durante os combates, John Ronald perdeu muitos amigos. Tudo isso se tornou um motivacional para a escrita de suas obras.

Com o fim da Primeira Guerra, Tolkien iniciou sua carreira acadêmica. Com apenas 33 anos, conquistou uma cadeira em Oxford. Era considerado um dos maiores filólogos do seu tempo.

Tolkien defendeu o estudo do inglês clássico, para ele, a língua possui um poder que é poder dizer como as coisas realmente são.

Seu interesse por mitos e pelo mundo medieval também marcaram sua obra e sua filosofia. A simbologia de seus escritos teve profundas influências desses campos que estudou.

Influências de Tolkien

Um dos pensadores mais influentes para a biografia de Tolkien foi G.K. Chesterton. Suas obras literárias e filosóficas contribuíram para os escritos do criador de O Senhor dos Anéis. Em seu escrito Sobre Estórias de Fadas, Tolkien explica que a obra de fantasia de Chesterton é um caminho para a Verdade. Suas obras seguiram esse mesmo caminho.

Em 1926, Tolkien conheceu C.S. Lewis. O autor de O Hobbit e de O Senhor dos Anéis ajudou o criador das Crônicas de Nárnia a encontrar a fé.

Lewis se tornou um grande incentivador da obra de Tolkien. Juntos, estudaram como os mitos são importantes na criação das sociedades.

Esses estudos contribuíram para Tolkien criar seu mundo mitológico.

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