Guga Chacra atribuiu o cessar-fogo entre Israel e Hamas ao presidente-eleito dos EUA, Donald Trump e disse que Joe Biden “não tem mérito na negociação”. Os terroristas também aceitaram liberar pessoas sequestradas nos ataques de 7 de outubro de 2023. 

Durante o programa Estúdio i, Chacra explicou que a negociação foi conduzida por Steve Wittkoff, enviado por Trump ao Oriente Médio, que pressionou o primeiro-ministro israelense, Benjamin Netanyahu. 

“Era a equipe do Trump que estava negociando, e a imprensa israelense deixou claro: foi a pressão do enviado do Trump sobre Netanyahu que o fez ceder. Netanyahu aceitou o acordo que vinha rejeitado há meses, porque Trump deixou claro: não tem conversa. Ele não queria herdar o conflito na Faixa de Gaza quando assumisse o poder”. 

O jornalista destacou as ameaças de Trump aos terroristas do Hamas no início do mês. Trump disse que o Oriente Médio seria “um inferno” caso os reféns dos ataques de 7 de outubro não fossem soltos. 

Naquele dia, o Hamas fez o maior ataque contra civis em Israel. Mais de mil pessoas foram mortas e milhares permanecem sequestradas desde então. Quem viveu aquele dia conta que penso que “morreria como um judeu no holocausto”. 

Alguns desses depoimentos estão em From the River to The Sea, filme da Brasil Paralelo que mostra sob uma ótica nunca antes vista o que as pessoas vivem na zona de guerra. 

Assista gratuitamente: 

Guga Chacra vê Biden como alguém “melancólico”

Chacra caracterizou o atual presidente dos EUA, Joe Biden, como uma figura melancólica. Para ele, o Hamas “não tinha medo de Biden”, o vendo como “um aliado incondicional de Netanyahu”. 

“Biden não é respeitado por Netanyahu, que o trata como café com leite. Biden e o seu secretário de Estado, Antony Blinken, são figuras irrelevantes”.

Ele também apontou que Trump deve negociar um novo governo no Líbano, onde parte do conflito se intensificou nos últimos meses. 

“O Trump chega em um momento de raro otimismo no Oriente Médio”, concluiu. 

Segundo a CNN internacional, o acordo foi confirmado nesta quarta-feira (15/01) por Bassem Naim, um alto membro da organização terrorista. 

Em nota, o grupo afirmou que “lidou com esta questão com total responsabilidade e positividade, decorrente de seu dever para com nosso povo firme e resiliente na Faixa de Gaza, de parar a agressão sionista contra eles e pôr fim aos massacres e genocídios que eles estão enfrentando.”

Durante as negociações, o ministro das Relações Exteriores de Israel, Gideon Sa'ar, interrompeu sua visita oficial à Europa. Ele estava em visita oficial à Itália e retornou a Israel para participar das conversas.

A data da liberação dos reféns ainda será divulgada.