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O governo brasileiro está desenvolvendo sua própria moeda digital, o Drex. A promessa do Banco Central é modernizar o sistema financeiro e simplificar transações financeiras.
O gerente de Inovação do banco BV, João Gianvecchio, vê a evolução do Drex como um "ajuste” do Banco Central, refletindo o avanço do mercado de ativos digitais:
"O mercado cripto, de tokenização, de blockchain como infraestrutura, amadureceu muito nos dois últimos anos, e não só com o Drex, com os testes todos que foram feitos" disse ele à Exame.
Gianvecchio acredita que o BCsegue priorizando o Drex e que o setor "vai seguir nessa velocidade" de desenvolvimento.
Moeda será controlada pelo governo federal
A criação de uma moeda digital do governo brasileiro é mais um sinal de que os Estados já não podem ignorar as transformações pelas quais o dinheiro vem passando.
Apesar disso, o Drex será emitido e controlado pelo Banco Central, diferentemente do Bitcoin e outras criptomoedas descentralizadas.
Por isso críticos estão questionando se a medida não abre caminho para um controle sem precedentes do governo sobre o dinheiro dos cidadãos.
O cientista político Adriano Gianturco alertou no programa Cartas na Mesa que o Drex pode dar ao governo o poder de monitorar todos os gastos dos cidadãos:
"Se após alguns anos, estados digitalizarem suas moedas bloquearem contas bancárias por razões legais ou arbitrárias, não podemos nos surpreender [...] é o controle total dos recursos que sustentam sua família e garantem liberdade e autonomia."
A deputada Júlia Zanatta (PL-SC) também destacou os perigos que o Drex pode representar durante o programa.
Ela teme que a moeda possa permitir que o governo defina como e quando o dinheiro pode ser gasto, algo semelhante ao sistema de crédito social chinês:
"Eles podem controlar o seu dinheiro. Você tem um mês para gastar. [...] Isso pode acontecer porque vai ficar a cargo, a critério da criatividade do governo, de te taxar, de te perseguir."
Criptomoedas como o Bitcoin foram criadas justamente para criar alternativas ao dinheiro estatal.
Para além de ferramentas para fugir de questões econômicas como inflação, elas são usadas como ferramenta para resistir à censura e opressão em Estados autoritários.
O diretor de estratégia da ONG internacional Human Righst Foundation, Alex Gladstein, chegou a afirmar que “não vê poderes ditatoriais indo bem em um padrão bitcoin".
Ele acrescentou que ditaduras precisam controlar o recurso de seus cidadãos para dominar sua população:
“É disso que a China e a Rússia precisam para sobreviver, precisam de censura, precisam fechar mercados de capitais e precisam de confisco. O bitcoin torna muito difícil para os governos impor essas coisas ao seu povo”.
Aprender sobre o mundo das criptomoedas é importante, já que além de serem investimentos rentáveis, elas podem ser usadas para burlar regimes opressores.
Para explicar com clareza, a Brasil Paralelo preparou uma aula gratuita com o economista Fernando Ulrich.
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