Entrou em vigor nesta quarta-feira (6) a nova tarifa de importação dos Estados Unidos contra o Brasil. A alíquota subiu para 50% sobre a maioria dos produtos brasileiros, o dobro do que era aplicado anteriormente.
A medida foi determinada pelo presidente Donald Trump, que justificou a decisão com argumentos políticos.
Trump alegou uma “emergência nacional” diante de ações do governo Lula. Segundo ele, essas ações prejudicam empresas americanas, ferem a liberdade de expressão e perseguem o ex-presidente Jair Bolsonaro.
A nova tarifa é a mais alta aplicada pelo governo americano no pacote de sanções contra países exportadores.
O impacto já começou a ser sentido por empresas brasileiras. No Paraná, uma fábrica de painéis de madeira demitiu quase metade dos funcionários após a suspensão de vendas aos EUA.
“A paralisação das exportações nos obrigou a cortar a produção. Se as tarifas forem revertidas nas próximas semanas, vamos tentar recontratar”, disse Paulo Bot, dono da empresa Depinus, que exportava 90% de sua produção para os americanos.
Cenários como esse devem se repetir em outros setores, especialmente entre pequenos e médios exportadores com baixa capacidade de adaptação.
Cerca de 45% dos produtos exportados pelo Brasil foram poupados da nova tarifa. Produtos como petróleo, suco de laranja, celulose e aviões seguem com a taxa de 10%.
Segundo o decreto americano, os seguintes produtos brasileiros continuarão entrando nos EUA sem a tarifa adicional:
Mesmo assim, o governo federal calcula que o impacto pode atingir o crescimento do PIB e já trabalha em um plano de contingência.
A ministra Simone Tebet e o ministro Fernando Haddad prometeram medidas emergenciais, como linhas de crédito e compras públicas para setores mais afetados.
A Confederação Nacional da Indústria (CNI) entregou ao vice-presidente Geraldo Alckmin uma lista com propostas, incluindo crédito com juros baixos, adiamento de impostos e reativação de programas trabalhistas emergenciais.
O ministro Luiz Marinho também afirmou que medidas para auxiliar setores afetados serão anunciadas após esta quarta-feira.
Diante da crise, o presidente Lula anunciou que o governo deve recorrer à Organização Mundial do Comércio (OMC), embora especialistas considerem o gesto mais simbólico do que prático, já que Trump tem histórico de ignorar decisões do órgão.
Nos bastidores, a equipe econômica tenta evitar que os gastos emergenciais com o tarifaço virem despesas permanentes e comprometam o arcabouço fiscal.
Enquanto isso, as empresas pressionam por agilidade e alertam para o risco de demissões em massa, paralisações produtivas e perda de mercados consolidados.
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