A capital da Ucrânia amanheceu coberta por fumaça nesta sexta-feira (4) após um dos maiores ataques aéreos já registrados desde o início da guerra.
Segundo as autoridades ucranianas, a Rússia lançou 539 drones e 11 mísseis contra Kiev e outras cidades do país ao longo da madrugada.
O bombardeio ocorreu poucas horas após uma conversa entre o ex-presidente dos EUA, Donald Trump, e o presidente russo, Vladimir Putin. De acordo com Trump, o telefonema "não teve progresso" na busca por uma solução para o conflito.
De acordo com a Força Aérea da Ucrânia, este foi o maior ataque coordenado desde o início da invasão russa. O recorde anterior foi de 29 de junho, quando 537 alvos aéreos foram identificados em uma única ofensiva.
A investida desta sexta-feira durou cerca de 13 horas e deixou pelo menos 20 feridos.
As forças russas utilizaram uma combinação de drones explosivos, mísseis de cruzeiro, mísseis balísticos e iscas eletrônicas, estratégia que visa confundir os sistemas de defesa aérea ucranianos.
O presidente ucraniano, Volodymyr Zelensky, classificou o ataque como “deliberadamente massivo e cínico” e reforçou o apelo por mais sanções contra a Rússia.
Sem pressão em larga escala, a Rússia não mudará seu comportamento destrutivo”, afirmou em publicação nas redes sociais.
O ataque também marca a primeira grande ofensiva russa desde que os Estados Unidos suspenderam temporariamente o envio de mísseis de defesa aérea Patriot para a Ucrânia.
O governo americano justificou a decisão alegando a necessidade de reavaliar suas reservas de armamentos.
Apesar da suspensão, as defesas aéreas da Ucrânia conseguiram interceptar a maior parte dos alvos.
Segundo o comando militar ucraniano, 478 drones e mísseis foram neutralizados, mas outros 72 conseguiram atingir seus alvos um número acima da média dos últimos meses.
Entre os armamentos utilizados, estavam o míssil hipersônico Kinzhal e seis mísseis balísticos Iskander-M, além de possíveis variantes de origem norte-coreana (KN-23).
O ministro das Relações Exteriores da Ucrânia, Andrii Sybiha, descreveu a madrugada como uma das “piores noites até agora” desde o início do conflito.
O ataque intensificou o clima de tensão em Kiev e reacendeu os pedidos por mais apoio militar e econômico ao país.
Enquanto isso, a escalada nos ataques levanta dúvidas sobre os próximos passos dos Estados Unidos, especialmente diante da retomada de protagonismo internacional de Donald Trump.
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