Os Estados Unidos podem aplicar tarifas de até 100% contra países que continuarem comprando petróleo da Rússia. A declaração foi feita pelo senador norte-americano Lindsey Graham (Partido Republicano – Carolina do Sul) em entrevista nesta segunda-feira, 21 de julho: O Brasil foi citado nominalmente como um dos alvos.
Graham acusou Brasil, China e Índia de ajudarem a sustentar a “máquina de guerra” de Vladimir Putin.
“China, Índia e Brasil compram 80% do petróleo russo barato, e é assim que a máquina de guerra de Putin continua funcionando”, afirmou.
Segundo o senador, se os três países mantiverem essa postura, os EUA devem impor tarifas punitivas, que poderiam chegar a 100%.
Ele declarou que essa medida seria uma forma de pressionar os governos a “escolher entre a economia americana e a ajuda a Putin”.
“Se vocês continuarem comprando petróleo barato da Rússia para permitir que essa guerra continue, vamos impor tarifas que vão esmagar sua economia”, ameaçou.
Desde a invasão da Ucrânia em 2022, os EUA e a União Europeia impuseram sanções contra a economia russa, incluindo restrições severas ao setor energético.
No entanto, a Rússia tem mantido sua receita exportando petróleo a preços reduzidos para países que não aderiram às sanções ocidentais.
De acordo com Graham, essas vendas ajudam a financiar a guerra. Por isso, ele defende que Washington use barreiras econômicas para dissuadir os parceiros comerciais da Rússia, mesmo que sejam países estratégicos como o Brasil.
“Putin pode sobreviver às sanções. Mas China, Índia e Brasil terão que escolher entre a economia americana e o apoio ao Kremlin”, declarou.
O senador também afirmou que os EUA seguirão fornecendo armas à Ucrânia para resistir aos ataques russos.
A ameaça de Lindsey Graham ocorre poucos dias após Donald Trump anunciar uma tarifa de 50% sobre todos os produtos importados do Brasil.
Na prática, a eventual tarifa de 100% sugerida por Graham poderia ser aplicada em conjunto com essa medida de Trump, elevando ainda mais os custos de exportação para o mercado americano.
Se isso acontecer, o Brasil corre o risco de ver seus produtos ficarem até 150% mais caros para os consumidores dos Estados Unidos.
A declaração do senador mostra que a política de sanções comerciais dos EUA pode se tornar mais agressiva nos próximos meses, especialmente contra países que mantêm relações comerciais estratégicas com a Rússia.
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