No BPCast Ideologia e Religião, o Padre José Eduardo foi questionado sobre o crescimento de manifestações ideológicas por parte de cristãos. Segundo o sacerdote, mesmo as ideologias sendo contrárias ao Cristianismo, muitos cristãos foram convencidos a aceitar doutrinas contrárias à religião.
Nesse momento, ele narra como ocorreu o surgimento e a disseminação da teologia da libertação.
A origem da Teologia da Libertação
Segundo o Padre José Eduardo, a primeira descoberta da infiltração revolucionária partiu de um rabino americano. No livro To Eliminate The Opiate, dividido em 2 volumes, o rabino Marvin Antelman afirma que tudo começou após a Revolução Francesa.
Os revolucionários franceses jacobinos buscaram eliminar as religiões tradicionais através da violência.
"O homem só será livre quando o último rei for enforcado nas tripas do último padre”, afirmaram Jean Meslier e Denis Diderot, pensadores influentes no desenvolvimento da Revolução Francesa.
Porém, mesmo assassinando religiosos, tendo conseguido chegar ao poder e legislado contra a liberdade das religiões tradicionais, os franceses voltaram a buscar suas crenças.
Segundo o Rabino Marvin Antelman, os revolucionários observaram isso e mudaram o método de destruição das religiões: eles não usariam a violência, mas se infiltrariam dentro das religiões e minariam os mecanismos de defesa de suas crenças. O judaísmo e o cristianismo eram os alvos principais.
No século XIX, os revolucionários tiveram sucesso na conquista de alguns segmentos de judeus e protestantes, partindo em direção ao catolicismo. Nesse período, surge o modernismo, um grupo de católicos que aderiram a "teoria crítica", afirma o Padre José Eduardo.
Modernismo teológico
A proposta foi barrada pelo papa Pio X através de condenações formais e Encíclicas que buscavam mostrar os erros dessa teoria, como a Pascendi Dominici Gregis, mas em meados do século XX essa linha de pensamento ganhou força nos seminários católicos, sendo denominada de Nouvelle Théologie.
A teologia crítica adentrou no Vaticano a partir do Concílio Vaticano II, quando Karl Rahner, Yves Congar, Henri de Lubac e outros teólogos da Nouvelle Théologie foram convidados para serem peritos do Concílio e assumirem cargos na Cúria Romana, afirma o pesquisador Michael Treharne Davis.
Segundo o Padre José Augusto, essa linha de pensamento da teologia crítica busca assimilar problemas modernos dentro da teologia. Pautas identitárias como o feminismo são assimiladas dentro da teologia.
"Esse tipo de defeito imunológico foi construído ao longo de muitos séculos", disse o Padre José Augusto.
Fim da transcendência e preconização da política
Nesse contexto de união entre teologia e teorias revolucionárias, o teólogo alemão Johann Baptist Metz desenvolveu uma teologia política a partir das obras de Martin Heidegger e de Karl Rahner, seu professor de teologia.
Karl Rahner preconizava uma teologia que afirmasse que a revelação de Deus acontece aos poucos e segundo o espírito do tempo, levando a doutrina religiosa a mudar constantemente.
Yohan decidiu aplicar o pensamento de seu mestre no mundo político e social, escrevendo o livro Teologia Política. A partir dessa obra, o teólogo Gustavo Gutiérrez escreveu o livro Teologia de La Liberación, uma aplicação da teoria de Yohan Metz na realidade da América Latina.
Em seu livro, Gustavo Gutierrez defende que a teologia da libertação deve analisar as bases da revelação divina de forma crítica, assim como defendia a Escola de Frankfurt, especialmente Max Horkheimer. O livro defende que a Igreja se redefina a partir das crenças do mundo moderno.
"Muitas pessoas pensam que a teologia da libertação é a união do marxismo com a teologia, mas não é bem isso, é um novo modo de pensar a teologia. Segundo esse pensamento, todo discurso religioso que não analise as bases de seu argumento de forma política e econômica é ingênuo. A finalidade dessa análise é trazer para a Igreja as crenças do mundo", disse o Padre José Augusto.
Confira o podcast na íntegra:
Fé no Cinema
Grandes obras primas do cinema buscaram retratar as batalhas e os maiores exemplos da vida religiosa. Agora, o público brasileiro pode conferir muitas dessas obras primas na plataforma de assinantes da Brasil Paralelo. São filmes como:
- A Maior História de Todos os Tempos: um épico do cinema que narra a vida de Jesus do nascimento até a paixão e ressurreição;
- Paulo, apóstolo de Cristo, com Jim Caviezel interpretando Lucas, o Evangelista;
- Ben-Hur: um filme épico que conta a saga de um nobre judeu e seu inimigo romano nos tempos de Jesus.
- Silêncio: um filme do premiado diretor Martin Scorsese que mostra a emocionante missão de dois Padres Jesuítas no Japão;
- Ressurreição: a aventura de dois soldados romanos que precisam achar o corpo de Jesus
- e muitos outros.







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