Horas depois de firmar um cessar-fogo com o Irã, o governo de Israel ordenou novos ataques à Faixa de Gaza. Pelo menos 40 palestinos morreram nesta terça-feira (24), segundo autoridades locais.
A informação é da agência Reuters.
Entre as vítimas, estão civis que esperavam comida em um centro de distribuição de ajuda.
No hospital Al-Awda, em Nuseirat, médicos confirmaram que 19 pessoas morreram e 146 ficaram feridas ao tentar acessar mantimentos oferecidos por uma fundação ligada aos Estados Unidos e protegida por Israel.
Outras mortes ocorreram após bombardeios aéreos na Cidade de Gaza e na região sul de Khan Younis.
As Forças de Defesa de Israel disseram que investigam o caso, mas justificaram que combatentes do Hamas usam áreas residenciais para esconder armamentos. O grupo palestino nega.
A ONU criticou o sistema atual de entrega de ajuda em Gaza, comandado por Israel e intermediado pela Gaza Humanitarian Foundation (GHF).
Para o chefe da agência humanitária da ONU para a Palestina, Philippe Lazzarini, o modelo é uma “abominação” e coloca civis em risco.
Mesmo assim, Israel continua distribuindo panfletos em bairros do norte de Gaza, ordenando que os moradores abandonem suas casas e se dirijam ao sul. A movimentação pode indicar novos ataques.
O cessar-fogo entre Israel e Irã foi anunciado por Donald Trump na segunda-feira (23). A medida gerou esperança entre os palestinos, que esperavam que Gaza também fosse incluída no acordo.
Enquanto isso, fontes próximas ao Hamas dizem que há novas tentativas de negociar um cessar-fogo direto com Israel. O grupo islâmico afirmou que aceita libertar os reféns restantes se houver acordo para encerrar a guerra e retirada total de tropas israelenses.
Tel Aviv, no entanto, exige o desarmamento completo do Hamas,condição que o grupo recusa.
A guerra no oriente médio não se limita aos campos de batalha, ela também se desenrola no terreno das narrativas.
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