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Diretor da OMS diz que lockdowns na pandemia não foram impostos pela organização

Tedros Ghebreyesus criticou ações governamentais durante a pandemia.

Covid-19
OMS Divulgação
Redação Brasil Paralelo
Comunicação Brasil Paralelo

O executivo negou que a entidade tenha imposto máscaras e lookdown durante a pandemia de Covid-19. Afirmou também que a entidade não tem “qualquer poder sobre Estados soberanos”. 

Em discurso realizado em fevereiro de 2024, o diretor enfatizou que a organização apenas concedeu “orientações baseadas em evidências, conselhos e, quando necessário, suprimentos, para ajudá-los a proteger sua população”.

“Deixe-me esclarecer: a Organização Mundial de Saúde (OMS) não impôs nada a ninguém durante a pandemia da COVID-19. Nem lockdowns, nem mandatos de máscaras”. 

O discurso foi realizado na Cúpula Mundial dos Governos, em Dubai, mas o vídeo viralizou recentemente. 

Vários usuários criticaram as declarações de Ghebreyesus, alegando que ele estaria “sofrendo de amnésia”. 

As declarações foram pouco comentadas na mídia tradicional. O acesso a jornalismo relevante e de alto nível de credibilidade é mais difícil. Comprometida com um jornalismo focado em fatos e isenção, a Brasil Paralelo criou um projeto de jornalismo independente. 

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Quero notícias que a grande mídia costuma ignorar. 

Veja o que o diretor da OMS disse: 

Diretor da OMS desaconselhou fim dos lockdowns

O discurso vai de encontro com as falas de representantes da OMS em 2020. No dia 30 de março daquele ano, o diretor executivo da OMS, Michael J. Ryan, recomendou quarentena a quem teve contato com pessoas com Covid-19. 

Disse ainda que o ideal seria que esses indivíduos não ficassem em suas casas “para evitar que infectassem a família se adoecessem”.

“Quando isso não é possível, a quarentena em casa é uma opção, desde que a pessoa receba boas orientações de saúde e seja monitorada. 'É difícil fazer isso em lugares onde se tem milhares de casos de Covid-19 por dia. Nesses casos, a quarentena em casa daqueles que tiveram contato com um doente é aceitável".

Na ocasião, Michael falava com jornalistas sobre como estava a situação e quais eram as recomendações da OMS. Tedros estava ao seu lado. 

Orientações semelhantes continuaram sendo compartilhadas pela instituição durante 2020. Em conversa com jornalistas no dia 20 de abril, o diretor desaconselhou o fim dos lockdowns pelo mundo. A entrevista está documentada no site da Organização das Nações Unidas (ONU)

Na ocasião, o diretor da OMS disse: 

"Os lockdowns podem ajudar a dar uma segurada na epidemia, mas não resolvem tudo sozinhos. É importante que se consiga identificar, testar, isolar e cuidar de cada caso, além de rastrear todos”. 

Já no Natal de 2020, o diretor afirmou que “estar com família e amigos nas festas não valeria a pena se os colocasse em risco”. 

Também disse ainda que as pessoas poderiam celebrar apenas com quem moram, evitando estar com quem vive em outra casa. Mas se você estiver com alguém de fora da sua casa, mantenha distância e use máscara”. 

Recomendou ainda que aqueles que fossem viajar usassem máscaras em aeroportos, aviões, ônibus e estações de trem. No entanto, desencorajou as pessoas isso: 

“A primeira pergunta que você deve se fazer é se realmente precisa viajar no final de ano”. 

Veja o vídeo: 

Documentos da OMS recomendaram "fique em casa"

Além disso, um documento publicado pela OMS em 4 de novembro de 2020 lista o que os países deveriam fazer caso o número de doentes estivesse no nível alto.

Segundo o texto, disponível no arquivo da Organização, era preciso: 

  • Ficar em Casa: as pessoas deveriam permanecer em casa e evitar contato social com quem não mora junto;
  • Trabalhadores Essenciais: quem fazia trabalhos essenciais deveria continuar, mas com o máximo de apoio e medidas de segurança.
  • Fechamento de Negócios Não Essenciais: negócios não essenciais poderiam ter de encerrar suas atividades temporariamente ou fechar ou funcionar remotamente;
  • Educação: o ideal seria manter o ensino presencial. Caso não fosse possível, seria preciso limitar o contato pessoal, usando estratégias como ensino híbrido ou remoto. O fechamento de escolas teria de ser a última opção;
  • Cuidados em Instituições: locais como lares de idosos deveriam proibir visitas para reduzir o risco de contágio.

Já em situações onde o número de casos da doença era reduzido, recomendou:

  • Educação: as escolas deveriam continuar abertas, mas com medidas de prevenção e controle de infecções;
  • Negócios: empresas seguiram funcionando, com medidas de segurança, incentivando o trabalho remoto sempre que possível;
  • Cuidados Pessoais:
    • Lavar as mãos frequentemente;
    • Cobrir a boca ao tossir;
    • Ficar em casa se estiver doente;
    • Usar máscara quando necessário;
    • Manter distância das pessoas.
  • Evitar:
    • Lugares fechados;
    • Locais cheios.
    • Contato próximo.
  • Reuniões: os eventos sociais deveriam ser limitados, cancelando-se grandes eventos;
  • Proteção dos Vulneráveis: poderia ser preciso reforçar a proteção dos mais vulneráveis com uso rigoroso de EPIs, monitoramento cuidadoso e gestão de visitas em lares de idosos e outras instituições.

A OMS também afirmou que atrasar tais medidas poderia “levar a mais mortes e à necessidade de regras mais rígidas para retomar o controle". 

O documento detalha: 

“É fundamental fazer de tudo para evitar que a transmissão aumente de 'grupos isolados' para 'transmissão comunitária'. 

Diretor da OMS não é médico

Ghebreyesus assumiu o cargo em 2017 após ser eleito. Ele foi o primeiro a comandar a OMS sem ser formado em medicina. Segundo seu currículo, ele:

  • formou-se em biologia em 1986 na Universidade de Asmara, Eritrea (antiga Etiópia), seu país natal;
  • fez mestrado em Imunologia de Doenças infecciosas em 1992 na Universidade de Londres, Reino Unido;
  • fez doutorado em Filosofia e Saúde Comunitária em 2000 na Universidade de Nottingham, Reino Unido. 
  • fala inglês, amárico (língua oficial da Etiópia) e tigrínia (idioma da Eritreia);
  • foi ministro das Relações Exteriores na Etiópia;
  • foi ministro da Saúde na Etiópia;

Além disso, publicou diversos artigos em revistas renomadas como The Lancet e British Medical Journal.

Mudanças climáticas na saúde

De acordo com seu currículo, suas intenções na direção da OMS eram:

  • Transformar a organização em uma agência mais eficaz e transparente;
  • Promover a cobertura universal de saúde;
  • Fortalecer a segurança da saúde global;
  • Focar na saúde de mulheres, crianças e adolescentes;
  • Abordar os impactos de mudanças climáticas na saúde;

Internautas acusaram Tedros de mentir ao negar recomendações 

A viralização do vídeo gerou um intenso debate nas redes sociais. Por um lado, alguns o acusaram de estar mentindo. Outros viram uma certa honestidade em sua fala. 

Veja alguns comentários: 

Não é uma questão de impor. Todos os países esperam e acreditam nas diretrizes emanadas da OMS, se eles foram falhas e incompletas, assim elas foram implantadas pelos países”, ponderou Franz Reis Novak.
“Agora que secou a fonte de dinheiro eles começam com essas historinhas. Mas na época da pandemia, todas as barbaridades eram "de acordo com orientação da OMS", escreveu Sebastião Júnior no X.
“Dissimulado, falso, mentiroso. Este pária transformou nossas vidas em um inferno. Destruiu a parte da infância mais importante de meu filho, que tinha entre 2 e 4 anos de idade, e foi obrigado a ficar isolado em casa, sem escola, sem vivência com outras crianças”, comentou Fox Mulder.
“Agora é muito tarde para se posicionarem assim. Mas, pelo menos, vale para ficar registrado na próxima pandemia que vocês inventarem…”, opinou Jaqueline. 

Outros acreditam que a declaração tenha sido coerente: 

“Errado ele não está, foram apenas recomendações e quem as implementou foram os TIRANOS que nos governam. Tudo em nome da "$iencia" e quem contestava era "negacionista". NÃO ESQUECEREMOS!”, escreveu Alexis Fernando.

A OMS declarou oficialmente o fim da pandemia de Covid-19  em 2023. 

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