This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Entenda a Operação Venire, da Polícia Federal, que deflagra prisões, buscas e apreensões, incluindo o ex-presidente Bolsonaro

A operação faz parte do inquérito das “milícias digitais”, comandado pelo Ministro Alexandre de Moraes. Investiga a inserção de dados falsos de vacinação no sistema de Saúde.

Por
Redação Brasil Paralelo
Publicado em
3/5/2023 19:42
Programa Pânico ao vivo na Jovem Pan

Venire é o nome da operação da Polícia Federal que ocorre no âmbito do inquérito 4874 que tramita no Supremo Tribunal Federal, conhecido como o inquérito das “milícias digitais”, cujo relator é o ministro Alexandre de Moraes.

O nome da operação deriva do princípio “Venire contra factum proprium”, que significa “vir contra seus próprios atos”, “ninguém pode comportar-se contra seus próprios atos”. É um princípio base do Direito Civil e do Direito Internacional, que veda comportamentos contraditórios de uma pessoa.

Em nota oficial no site do governo, a operação investiga a inserção de dados falsos de vacinação contra a Covid-19 nos sistemas SI-PNI e RNDS do  Ministério da Saúde.

Suspeita-se que entre novembro de 2021 e dezembro de 2022, houve alteração da verdade dos fatos sobre a condição de imunizado contra a Covid-19 dos beneficiários. Essa vantagem teria sido usada para usar falsos certificados de vacinação a fim de burlar as restrições sanitárias vigentes no período, destinadas a impedir a propagação do vírus.

No site, a Coordenação-Geral de Comunicação Social informa que

“A apuração indica que o objetivo do grupo seria manter coeso o elemento identitário em relação a suas pautas ideológicas, no caso, sustentar o discurso voltado aos ataques à vacinação contra a Covid-19.”

Os fatos investigados configuram em tese os crimes de infração de medida sanitária preventiva, associação criminosa, inserção de dados falsos em sistemas de informação e corrupção de menores.

Mandados de busca e apreensão e de prisão

Os policiais federais cumprem 16 mandados de busca e apreensão e 6 de prisão preventiva, em Brasília e no Rio de Janeiro, além de análise do material apreendido durante as buscas e realização de oitivas de pessoas que detenham informações a respeito dos fatos.

Como reporta o G1, as prisões foram efetuadas contra:

  1. O tenente-coronel Mauro Cid barbosa, ex-ajudante de ordens de Bolsonaro; 
  2. O ex-major do Exército Ailton Gonçalves Moraes Barros, ex-segurança de Bolsonaro;
  3. O policial militar Max Guilherme, ex-segurança de Bolsonaro;
  4. O militar do Exército Sérgio Cordeiro, ex-segurança de Bolsonaro;
  5. O sargento Luís Marcos dos Reis, que era da equipe de Mauro Cid na Presidência da República;
  6. O secretário de governo da prefeitura de Duque de Caxias (RJ), João Carlos de Sousa Brecha.

Um dos alvos da operação foi o ex-presidente Jair Messias Bolsonaro. Ele não foi detido, mas o seu celular foi apreendido.

Por volta das 18h de hoje, o Ministro Alexandre de Moraes determinou a apreensão do passaporte de Bolsonaro e dos demais investigados.

Entrevista de Bolsonaro para o Programa Pânico

O ex-presidente Jair Bolsonaro, concedeu uma entrevista ao Programa Pânico na tarde desta quarta-feira,3, comentando as ações da Polícia Federal em sua casa. Afirmou que nenhum país para o qual viajou de depois do início da pandemia de covid-19 exigiu comprovante de vacina.

“Das vezes que viajei pelo mundo, uma vez foi para a Itália, se não me engano, perguntei para a assessoria se era exigida a vacina. Eles falaram ‘sim’. Daí eu falei: ‘Se é sim, eu não viajo’. Daí veio a resposta oficial de que eu estava dispensado da vacina.”

E acrescentou:

“O tratamento dispensado a chefes de Estado é diferente do de cidadão comum. Tudo é acertado antecipadamente, e as minhas idas aos EUA, em nenhum momento foi exigido o cartão vacinal. Não existe fraude da minha parte.”

Bolsonaro reportou que os agentes da Polícia Federal tiraram fotos dos cartões de vacinação, dele e de sua esposa, Michelle. 

“Fizeram uma varredura na casa,buscando documentos, mídias sociais. Pegaram meu telefone, perguntaram a senha e falei que nunca tive senha no meu telefone. Assim foi feita a busca a apreensão.Motivo principal: ‘fraude na carteira de vacina’. 

Até respondi, não precisava,num ambiente bastante cordial, não me perguntaram também, falei que não havia tomado a vacina, em especial depois que eu li o que chamo de bula da Pfizer.Quando li lá atrás, [disse] não posso tomar esse negócio aqui, isso é problema meu, resolvi não tomar. 

Acharam o cartão de vacina da minha esposa, a Michelle...é... tiraram a fotografia, a suspeita era de fraude. Ela foi vacinada em 2021 nos Estados Unidos”.

Ainda em sua entrevista ao Programa Pânico, na Jovem Pan, Bolsonaro comentou como foi a abordagem dos policiais federais. Segundo disse, foram corteses e não houve abuso ou exagero por parte dos agentes.

O Jornal Gazeta do Povo relata que entrou em contato com a assessoria de imprensa da embaixada americana no Brasil para saber se o ex-presidente apresentou comprovante de vacinação durante sua estadia nos EUA, mas ainda não obteve resposta.

Michelle Bolsonaro usou as redes sociais para se manifestar

A ex-primeira dama informou em suas redes sociais:

“Hoje a PF fez uma busca e apreensão na nossa casa. Não sabemos o motivo e nem o nosso advogado teve acesso aos autos”, escreveu.
“Apenas o celular do meu marido foi apreendido. Ficamos sabendo pela imprensa que o motivo seria ‘falsificação de cartão de vacina’ do meu marido e de nossa filha Laura. Na minha família apenas eu fui vacinada”, reiterou.

De acordo com a Revista Oeste, a operação na casa do ex-presidente durou aproximadamente três horas.

Comentários de parlamentares

Alguns parlamentares conhecidos pela oposição ao ex-presidente usaram suas redes sociais para comentar o caso.

Guilherme Boulos (Psol-SP) disse que, agora, “é questão de tempo para o golpista responder por seus crimes na cadeia”.

Orlando Silva (PCdoB-SP) ironizou a apreensão do smartphone de Bolsonaro. “Pessoal, alguém tem um celular para emprestar aí?“, perguntou, no Twitter. “Tem gente precisando.”

Lindbergh Farias (PT-RJ) comentou: “Tic tac, só falta o chefe”.

O senador Humberto Costa (PT-PE) associou a operação que prendeu Mauro Cid ao caso Marielle Franco. “Suspeito de relação com a morte da vereadora Marielle Franco é investigado por participação na fraude dos dados de vacinação de Bolsonaro e de sua filha”, afirmou. “O cerco está se fechando.”

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais