CPI das Bets e a Epidemia Silenciosa das Apostas Online
A CPI das Bets tem um motivo claro para se preocupar com a ludopatia. A facilidade de acesso a plataformas de apostas online através de smartphones é um fator. Some-se a isso o marketing agressivo, muitas vezes envolvendo influenciadores digitais. Cria-se um ambiente propício ao desenvolvimento do vício.
Depoimentos na CPI, como o da influenciadora Virginia Fonseca, revelaram práticas questionáveis na publicidade desses jogos. A falta de uma regulamentação mais rígida e de mecanismos eficazes de controle e prevenção é outro ponto de atenção. A comissão investiga a responsabilidade das empresas de apostas.
Busca também formas de mitigar os danos sociais, como a disseminação da ludopatia. O crescimento exponencial das apostas online pode estar alimentando uma epidemia silenciosa de viciados.
Os Sinais de Alerta: Como Identificar o Vício em Jogo
Reconhecer os sinais da ludopatia é o primeiro passo para buscar ajuda. Alguns comportamentos podem indicar que o jogo deixou de ser um entretenimento e se tornou um problema:
- Preocupação excessiva com o jogo: Pensar constantemente em apostas, planejar a próxima jogada ou como conseguir dinheiro para jogar.
- Necessidade de aumentar o valor das apostas para sentir a mesma emoção.
- Irritabilidade ou inquietação ao tentar reduzir ou parar de jogar.
- Usar o jogo como fuga de problemas, ansiedade ou depressão.
- "Correr atrás do prejuízo": Tentar recuperar perdas com mais apostas.
- Mentir para familiares e amigos sobre o envolvimento com o jogo.
- Perder relacionamentos, oportunidades de trabalho ou estudo por causa do jogo.
- Recorrer a empréstimos ou mesmo atos ilegais para financiar o vício.
Prevenção e Tratamento: Buscando Caminhos para a Recuperação
A prevenção da ludopatia envolve educação sobre os riscos do jogo. Exige também a implementação de políticas de jogo responsável pelas plataformas de apostas. Limites de depósito, autoexclusão e alertas sobre tempo de jogo são exemplos. A regulamentação da publicidade é igualmente crucial. É preciso evitar que ela seja enganosa ou direcionada a públicos vulneráveis.
Para quem já desenvolveu o transtorno, o tratamento existe. Ele geralmente combina psicoterapia (especialmente a Terapia Cognitivo-Comportamental) com grupos de apoio, como os Jogadores Anônimos (JA).
Em alguns casos, medicações podem ser indicadas para tratar comorbidades como ansiedade e depressão. É fundamental buscar ajuda profissional e o apoio da família.