O prêmio Nobel de Medicina deste ano será entregue a três médicos que fizeram descobertas sobre a tolerância imune periférica, o “freio” que impede o sistema imunológico de atacar o próprio corpo.
Mary E. Brunkow, Fred Ramsdell e Shimon Sakaguchi foram os três pesquisadores escolhidos para receber o prêmio.
O prêmio será entregue em 10 de dezembro, em Estocolmo, com medalha, diploma e a divisão de 11 milhões de coroas suecas, o equivalente a cerca de R$6.27 milhões entre os três.
O trabalho do trio consolidou um novo paradigma na imunologia. Em 1995, Shimon Sakaguchi identificou as células T reguladoras, que atuam fora do timo controlando reações autoimunes.
Seis anos depois, Mary Brunkow e Fred Ramsdell ligaram mutações no gene FOXP3 a uma síndrome autoimune rara e fatal (IPEX) e mostraram que o gene é essencial para a formação das Tregs.
Em 2003, Sakaguchi demonstrou que o FOXP3 controla justamente esse tipo celular, unindo definitivamente as peças do mecanismo.
Segundo o comitê, os trabalhos foram decisivos para entender por que a maioria das pessoas não desenvolve doenças autoimunes graves.
A descoberta de como o corpo distingue o “eu” do “invasor”, abriu caminho para terapias que estimulam Tregs em doenças autoimunes e em transplantes.
Além disso, o estudo possibilitou estratégias que bloqueiam Tregs em câncer, já que alguns tumores se protegem atrás desse “freio”.
O comitê destaca que essa base científica pode beneficiar milhões de pacientes.



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