Especial de Natal 2025

Dia 15 de dezembro, garanta seu lugar

Cadastro gratuito
Guerra Oculta - Estreia exclusiva
Evento de lançamento começa em
00
D
00
H
00
M
00
S
December 2, 2025
Ative o lembrete
This is some text inside of a div block.
3
min de leitura

Heading

Lorem ipsum dolor sit amet, consectetur adipiscing elit. Suspendisse varius enim in eros elementum tristique. Duis cursus, mi quis viverra ornare, eros dolor interdum nulla, ut commodo diam libero vitae erat. Aenean faucibus nibh et justo cursus id rutrum lorem imperdiet. Nunc ut sem vitae risus tristique posuere.

Por
This is some text inside of a div block.
Publicado em
This is some text inside of a div block.
This is some text inside of a div block.
Atualidades
3
min de leitura

Quem é Luciano Moreira? Cientista brasileiro entre os 10 mais influentes do mundo

“Mosquitos antidengue” agem como uma das estratégias mais promissoras e duradouras de controle da dengue no mundo.

Por
Publicado em
10/12/2025 16:17
Peter Ilicciev/WMP Brasil/Fiocruz / Forbes Brasil

Por mais de uma década, um cientista brasileiro se empenhou para criar uma solução diferente para o combate à dengue: uma bactéria natural que poderia reduzir drasticamente a capacidade de transmissão dos mosquitos portadores da doença.

Hoje, a implementação de seu método em algumas cidades no Brasil já reduziu casos de dengue em 70%, fazendo de Luciano Moreira um dos 10 cientistas mais influentes do mundo.

Gostaria de receber as principais notícias do dia diretamente em seu E-mail, todos os dias e de graça? Assine o Resumo BP, a newsletter de jornalismo da Brasil Paralelo. Clique aqui e aproveite

Quem é o Luciano Moreira?

O engenheiro-agrônomo e entomologista Luciano Andrade Moreira ganhou projeção internacional em 2025 ao ser incluído na lista Nature’s 10: seleção anual dos dez cientistas cuja atuação mais influenciou a ciência global naquele ano.

Moreira lidera no Brasil o projeto do World Mosquito Program (WMP), uma organização internacional da área da saúde que utiliza uma abordagem inovadora para combater doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti: a dengue, zika e chikungunya.

Sua trajetória inclui mais de uma década de pesquisa dedicada à implementação de um método natural, escalável e sustentável de prevenção de doenças infecciosas transmitidas principalmente por mosquitos no Brasil e no mundo.

O que é o método e como atuam os “mosquitos do bem”

A ideia foi infectar populações de mosquitos Aedes com a bactéria Wolbachia e, então, liberá-los em ambientes urbanos.

A Wolbachia é uma bactéria intracelular que, uma vez dentro desses mosquitos, gera um inibidor natural da transmissão de doenças como a dengue.

Ao se reproduzirem, transmitem a bactéria para suas crias, que assim terão uma probabilidade muito menor de acumular e transmitir vírus como dengue, zika e chikungunya.

A hipótese é de que a bactéria “competiria” com o vírus no interior do mosquito ou estimularia a produção de proteínas antivirais.

Desde 2014, o método tem sido testado em diversos países, inclusive no Brasil. Hoje existe uma biofábrica sob coordenação de Moreira, em Curitiba, que produz milhões de ovos de mosquitos com Wolbachia semanalmente, visando abastecer operações em larga escala de controle das doenças transmissíveis.

Redução de 70% dos casos de dengue

As experiências com o método no Brasil e no exterior já indicam reduções expressivas no número de infecções nas áreas cobertas:

Após implementar o programa, a cidade de Niterói conseguiu reduzir os casos de dengue em cerca de 70%.

Além disso, há casos em locais com liberação consistente dos mosquitos infectados que, cerca de oito anos depois, mais de 90% deles continuam portando o “antiviral”. Isso torna o efeito de proteção duradouro e autossustentável.

Impacto econômico e resultados de longo prazo

Em termos de saúde pública, isso representa não apenas menos casos de doenças, mas também uma significativa economia em tratamento de hospitalização e medidas de contenção.

No lugar de reagir às doenças, o que chama a atenção na estratégia é sua característica preventiva e de longo prazo.

Para pesquisadores ligados ao WMP, o sucesso da abordagem pode reconfigurar como o mundo lida com arboviroses (doenças causadas por vírus transmitidos por artrópodes: geralmente mosquitos e outros insetos):

Deixando de depender apenas de vacinas ou medidas de contenção tradicionais, e adotando um método ambiental, preventivo e de baixo custo relativo.

Moreira, além de cientista, atuou convencendo governantes, gestores de saúde e populações locais da viabilidade do método e mobilizando apoio para sua implementação em larga escala.

O jornalismo da Brasil Paralelo existe graças aos nossos membros

Como um veículo independente, não aceitamos dinheiro público. O que financia nossa estrutura são as assinaturas de cada pessoa que acredita em nossa causa. 

Quanto mais pessoas tivermos conosco nesta missão, mais longe iremos. Por isso, agradecemos o apoio de todos. 

Seja também um membro da Brasil Paralelo e nos ajude a expandir nosso jornalismo. 

Clique aqui.

Relacionadas

Todas

Exclusivo para membros

Ver mais