Barack Obama criticou a declaração de Trump sobre o uso de Tylenol durante a gravidez ser uma das causas do aumento de diagnósticos de autismo nos EUA.
Segundo o ex-presidente, as afirmações de seu sucessor não se baseiam na ciência e teriam sido “continuamente desmentidas”.
A declaração aconteceu enquanto ele respondia algumas perguntas em um evento no O2 Arena em Londres.
Ele afirmou que o anúncio está causando problemas para a saúde pública e e mal-estar na sociedade:
“O grau em que isso atrapalhe a saúde pública, o grau em que isso pode causar mal a mulheres que estão presas, o grau em que isso cria ansiedade para parentes que têm filhos autistas”
Outro ponto levantado por Obama foi que os diagnósticos de autismo teriam aumentado nos EUA por causa do aprimoramento da classificação:
“[Autismo] está sujeito a um espectro e muito do que tem sido falado sobre esse crescimento massivo na verdade tem a ver com o aperfeiçoamento do espectro autista, para que as pessoas possam conseguir serviços e ajuda”
O ex-presidente também classificou as falas de Trump como uma “violência contra a verdade”.
Trump afirmou que o uso de Tylenol durante a gravidez pode estar associado a um aumento no risco de autismo.
Ele comentou que houve um aumento generalizado no número de pessoas diagnosticadas com autismo nos EUA e destacou que não se trata de um fenômeno natural
Em seguida, o presidente comentou que comunidades que não tomam vacinas ou remédios tem uma incidência menor de autismo:
"Posso dizer que há certos grupos de pessoas que não tomam vacinas e não tomam nenhum remédio, e não têm autismo... os amish, por exemplo, eles essencialmente não têm autismo."
Segundo o presidente, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) passará a recomendar que gestantes evitem tomar o remédio durante a gravidez.
O uso do medicamento passará a ser restrito a apenas casos extremos, como por exemplo febres fora de controle:
“Eles estão recomendando fortemente que as mulheres limitem o uso de Tylenol durante a gravidez, a menos que seja clinicamente necessário. Por exemplo, em casos de febre extremamente alta”.
Em 2017, a própria Tylenol chegou a fazer uma publicação afirmando que não recomenda o uso de seus medicamentos por grávidas, apesar de não falar sobre a questão do autismo:
"Na verdade, não recomendamos o uso de nenhum dos nossos produtos durante a gravidez. Obrigado por dedicar seu tempo para compartilhar suas preocupações hoje."
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