Trump afirmou que o uso de Tylenol durante a gravidez pode estar associado a um aumento no risco de autismo.
Ele comentou que houve um aumento generalizado no número de pessoas diagnosticadas com autismo nos EUA e destacou que não se trata de um fenômeno natural:
Em seguida, o presidente comentou que comunidades que não tomam vacinas ou remédios tem uma incidência menor de autismo:
"Posso dizer que há certos grupos de pessoas que não tomam vacinas e não tomam nenhum remédio, e não têm autismo... os amish, por exemplo, eles essencialmente não têm autismo."
Segundo o presidente, a Administração de Alimentos e Medicamentos (FDA) passará a recomendar que gestantes evitem tomar o remédio durante a gravidez.
O uso do medicamento passará a ser restrito a apenas casos extremos, como por exemplo febres fora de controle:
“Eles estão recomendando fortemente que as mulheres limitem o uso de Tylenol durante a gravidez, a menos que seja clinicamente necessário. Por exemplo, em casos de febre extremamente alta”.
Em 2017, a própria Tylenol chegou a fazer uma publicação afirmando que não recomenda o uso de seus medicamentos para grávidas, apesar de não falar sobre a questão do autismo:
"Na verdade, não recomendamos o uso de nenhum dos nossos produtos durante a gravidez. Obrigado por dedicar seu tempo para compartilhar suas preocupações hoje."
Um estudo realizado pelo departamento de saúde pública de Harvard aponta para a possibilidade de correlação entre o uso do medicamento e transtornos como autismo e TDAH.
O estudo recomenda que gestantes evitem o consumo do medicamento durante a gravides, porém não é conclusivo sobre a correlação entre o medicamento e o transtorno.
No entanto, o meio científico ficou dividido pelo anúncio do presidente americano.
A Agência Europeia de Medicamentos (EMA) afirmou que não há provas que apontam para a correlação entre o Tylenol e o transtorno:
“As evidências disponíveis não encontraram nenhuma ligação entre o uso de paracetamol durante a gravidez e o autismo”.
O comunicado segue afirmando que o remédio pode ser utilizado em menor dose e frequência durante a gravidez.
O porta-voz da ONS, Tarik Jašarević, também afirmou que “as evidências permanecem inconsistentes”.
Cientistas não podem realizar ensaios clínicos para ver os impactos do medicamento nos fetos humanos, pois seria antiético.
Isso faz com que as pesquisas sejam realizadas em ambientes não controlados, principalmente porque Tylenol é um remédio de venda livre amplamente difundido.
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