O Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA) confirmou que investiga seis casos suspeitos de gripe aviária.
Os alertas mais importantes foram contra duas granjas comerciais nos municípios de Aguiarnópolis (TO) e Ipumirim (SC).
Caso confirmadas, existirão três focos da doença em unidades comerciais, já que o vírus foi encontrado em uma granja de aves reprodutoras em Montenegro, no Rio Grande do Sul.
No caso, 35 aves morreram e as 17 mil restantes foram sacrificadas como medida de contenção.
As outras quatro investigações observam aves em produções domésticas de subsistência nos estados do Ceará, Mato Grosso, Rio Grande do Sul e Sergipe.
Embora o vírus H5N1 já circulasse no Brasil desde 2023, sua chegada às granjas comerciais acende um sinal vermelho para um dos maiores importadores de frango no mundo.
Seguindo protocolos sanitários internacionais, diversos países importadores anunciaram a suspensão da compra do frango brasileiro.
A lista de restrições é extensa e atinge importantes mercados consumidores:
Diante da crise, o governo brasileiro acionou um plano de contingência. Na granja de Montenegro (RS), todas as aves foram sacrificadas, a propriedade foi isolada e a região está em estado de emergência sanitária por 60 dias.
O MAPA está rastreando e destruindo todos os ovos fornecidos pela unidade com foco nos últimos dias, que tinham como destino incubatórios em Minas Gerais, Paraná e Rio Grande do Sul.
O governo mineiro já confirmou o descarte de 450 toneladas de ovos fecundados como medida preventiva.
Barreiras sanitárias foram instaladas em um raio de 10 km do foco gaúcho, com desinfecção de todos os veículos que passam pela área, e centenas de outras propriedades no entorno estão sendo inspecionadas.
As medidas incluem ainda a restrição total de movimentação de aves e produtos na zona afetada e desinfecção das instalações.
Apesar da gravidade da situação e do impacto econômico imediato, o ministro da Agricultura e Pecuária, Carlos Fávaro, buscou transmitir uma mensagem de confiança.
Ele defendeu a eficiência do sistema de vigilância sanitária brasileiro, ressaltando que o país conseguiu evitar a entrada do vírus em granjas comerciais, enquanto outros grandes produtores já haviam sido afetados:
"Com a robustez do sistema brasileiro, tenho certeza que a gente rapidamente voltará a um status de normalidade", afirmou Fávaro.
O ministério estima um prazo de 28 dias para acabar com os focos, período que corresponde ao ciclo do vírus.
A expectativa é que após esse período, os países importadores retomem as compras gradualmente, embora as granjas específicas possam enfrentar restrições por mais tempo.
O governo também trabalha para atualizar acordos comerciais com grandes importadores, buscando modelos que permitam restrições apenas ao município ou estado afetado, e não a todo o país.
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