O ministro Luís Roberto Barroso anunciou sua aposentadoria antecipada do Supremo Tribunal Federal (STF). 

Como tem 67 anos, ele poderia permanecer até os 75, mas decidiu encerrar o ciclo após 12 anos e 3 meses na Corte. 

“Sinto que agora é hora de seguir outros rumos... gostaria de viver um pouco mais da vida que me resta sem a exposição pública, as obrigações e exigências do cargo”.

Agora Lula deverá indicar um substituto, que precisará ser aprovado pelo Senado após sabatina.

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Quatro nomes aparecem como as escolhas mais prováveis. Veja quem são abaixo:

Jorge Messias

Procurador da Fazenda Nacional desde 2007, construiu uma trajetória no serviço público, passando por cargos de destaque como:

• Procurador da Fazenda Nacional; 
• subchefe para Assuntos Jurídicos da Presidência; 
• atuou no MEC e no MCTI; e
• tomou posse na AGU em 2023.

Formado em Direito pela UFPE, é mestre e doutor pela UnB, e tomou posse na Advocacia-Geral da União em 2023.

No campo político, é visto como um nome de confiança de Lula, com quem mantém proximidade desde o governo Dilma Rousseff. 

Além disso, o fato de ser evangélico é considerado um elemento que pode reduzir resistências durante a sabatina.

Rodrigo Pacheco

Advogado criminalista de formação, é deputado federal e já atuou como presidente do Senado entre 2021 e 2025.

Ele conta com o apoio de Davi Alcolumbre e tem boa receptividade entre ministros do STF próximos ao Planalto. 

Pacheco já comentou sobre a possibilidade de ser indicado ao STF, afirmando que encararia a proposta “com muita honra”.

No entanto, Lula já chegou a comentar que gostaria de vê-lo candidato ao governo de Minas Gerais em 2026.

Bruno Dantas

Nascido em Salvador, tem pós-doutorado pela UERJ, além de doutorado e mestrado pela PUC-SP. 

Sua carreira no serviço público inclui passagens pelo Tribunal de Justiça do Distrito Federal e pela consultoria do Senado, além de ter atuado também como integrante do Conselho Nacional do Ministério Público e do Conselho Nacional de Justiça. 

Em 2014, foi indicado para o Tribunal de Contas da União, consolidando sua trajetória de perfil técnico.

No campo político, mantém boa interlocução tanto com o Senado quanto com ministros do Supremo, sendo frequentemente descrito como discreto e técnico.

Vinicius de Carvalho

Professor da USP e formado na mesma universidade, Vinícius foi indicado por Lula em janeiro de 2023 para ser ministro da Controladoria-Geral da União (CGU).

Antes disso, ele já ocupou outros cargos públicos relevantes, como:

• secretário de Direito Econômico; 
• conselheiro do Conselho Administrativo de Defesa Econômica (CADE); e 
• chefe de gabinete da Secretaria Especial dos Direitos Humanos.

Caso seja indicado ao STF, seria visto como parte da “tropa de choque” de Lula na Corte, embora menos ideológico que Jorge Messias.

Daniela Teixeira

Atuou como dirigente da OAB-DF antes de ser indicada por Lula para o Superior Tribunal de Justiça (STJ).

No cenário político, é considerada um nome de confiança do presidente e seria uma opção para agradar movimentos sociais que pressionam pela indicação de uma mulher para a vaga.

Mesmo que não seja escolhida neste momento, seu nome permanece bem posicionado para futuras indicações, em especial para a vaga de Cármen Lúcia, prevista até 2029.

Maria Elizabeth Teixeira Rocha

Presidente do Superior Tribunal Militar (STM), seu nome ganha força em meio à pressão por maior representatividade feminina na Corte, que hoje tem apenas a ministra Cármen Lúcia.

Doutora em Direito Constitucional pela UFMG, está no STM desde 2007 e já foi vice-presidente entre 2013 e 2015. 

Antes, atuou como advogada, procuradora da AGU e assessora jurídica em órgãos como o TSE, TRT-RJ e Câmara dos Deputados. 

Maria também liderou a Subchefia de Assuntos Jurídicos da Casa Civil no primeiro governo Lula.