A Cemig, uma das maiores empresas de energia do Brasil, anunciou uma parceria estratégica com a Huawei, a gigante chinesa de tecnologia.
O acordo busca usar a expertise da Huawei em inteligência artificial (IA) e redes inteligentes para modernizar o sistema elétrico de Minas Gerais.
No entanto, a empresa é alvo de acusações de espionagem por diversos governos ocidentais.
O acordo de cooperação tecnológica se concentra em três áreas principais:
Para o presidente da Cemig, Reynaldo Passanezi Filho, o acordo reforça o compromisso da estatal com a transição energética:
“A parceria com um dos maiores players globais em tecnologia reforça nosso posicionamento em prol da inovação e o compromisso com a transição energética e a melhora da qualidade da energia para os nossos clientes”
Eduardo Marques, diretor da Huawei Enterprise Brasil, disse que a empresa quer contribuir com a transformação do setor elétrico para enfrentar desafios como perdas de energia e a integração de fontes renováveis:
“A Huawei tem o compromisso de contribuir com a transformação digital do setor elétrico, por meio de tecnologias como IA, internet das coisas, redes ópticas e automação. Essas soluções formam um conjunto poderoso para enfrentar desafios como perdas energéticas, falhas operacionais, dispersão geográfica e a integração de fontes renováveis.”
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Apesar do otimismo das empresas com o novo acordo, governos de potências ocidentais suspeitam que a Huawei possa ser utilizada como um instrumento de espionagem pela China. Em setembro de 2022, o FBI concluiu que os equipamentos da Huwei poderiam ser utilizados para interceptar o Departamento de Defesa dos Estados Unidos.
Segundo as investigações, equipamentos de telecomunicações da empresa, como os usados para as redes de 5G, teriam backdoors que permitiriam a Pequim acesso a dados sensíveis.
O governo americano impôs uma série de sanções à Huawei. Em 2022, a Comissão Federal de Comunicações (FCC) proibiu a importação e venda de equipamentos da Huawei por considerá-los um risco à segurança nacional.
Em 2020, o Departamento de Justiça dos EUA já havia acusado a Huawei de conspirar para roubar segredos comerciais de empresas concorrentes.
A Comissão Europeia também já classificou a Huawei como fornecedora de "alto risco" para as redes 5G.
Além disso, o órgão anunciou que evitaria o uso de seus equipamentos em suas próprias comunicações corporativas, recomendando que os países membros do bloco adotassem medidas semelhantes.
A Huawei nega todas as acusações. Sun Baocheng, CEO da empresa no Brasil, afirmou em uma entrevista à revista Veja:
"A Huawei nunca espionou[...] Já está muito claro quem quer espionar o mundo. Os Estados Unidos fazem muitas acusações e não apresentam provas".
A empresa argumenta que as acusações são parte de uma disputa geopolítica e comercial liderada pelos EUA para frear o avanço tecnológico da China e proteger suas próprias empresas.
A Huawei também garante que não há leis na China que a obriguem a entregar dados de suas operações internacionais ao governo de Pequim e se diz aberta à cooperação com as autoridades dos países onde atua.
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